Mais um perigoso fascista fascizóide

O deputado socialista António Vitorino defendeu ontem a concretização de "políticas pró-activas" para inverter a quebra da taxa de natalidade em Portugal e na Europa. Falando numa conferência na Universidade Católica, o ex-comissário europeu para os Assuntos de Justiça e Administração Interna deu como exemplos dessas medidas a criação de creches por parte do Governo e o prolongamento das licenças pós-parto para acabar com a tendência clara de envelhecimento da sociedade europeia. De acordo com os números que apresentou, em 2050, se nada for feito, a população com mais de 65 anos será superior à população activa (18 aos 65 anos).

Ao contrário do que alguns investigadores e responsáveis políticos têm argumentado, António Vitorino entende que a entrada de imigrantes oriundos de países de fora da União Europeia não é uma solução sustentada para o problema.

A solução passa, portanto, na perspectiva do deputado, pela ajuda às famílias e pelo incentivo à natalidade, que combatam o modelo "egoísta" e "consumista" que faz com que os casais portugueses e europeus, actualmente, prefiram não ter filhos e assim falhar na responsabilidade de garantirem a manutenção da espécie humana.

No seu entender, foram políticas de apoio às famílias, como as que avançou, que permitiram que se estagnasse um ciclo de quebra acentuada da natalidade, ocorrido há alguns anos nos países nórdicos. Medidas semelhantes, sobretudo relacionadas com o subsídio estatal a mulheres que decidem ficar a cuidar dos seus filhos, foram também tomadas no Reino Unido recentemente.

Outro dos factores que poderiam levar a que os casais tivessem mais filhos seria a garantia de estabilidade no emprego para as mães, que muitas vezes sofrem represálias por engravidarem.

in Público

Publicado por Nino 07:14:00  

12 Comments:

  1. Anónimo said...
    vai-me desculpar,mas o fascismo não está não sugestão - que me parece interessante como política pública, mas sim no obrigar as mulheres a terem os filhos que não desejam, com a ameaça de cadeia caso optem por abortar. Aqui é que está o verdadeiro fascimo.

    Capisce?
    Anónimo said...
    Fascismo é aceitar a morte de uma criança por comodidade.
    Capisce?

    lucklucky
    Anónimo said...
    não desconverse
    um feto não é uma criança.
    Anónimo said...
    não? porquê? só por se ter cortado o cordão umbilical é que se passa a criança? acha que é comparável a uma unha ou um cabelo que se corta quando se quer?

    lucklucky
    Anónimo said...
    vocês são homens não são? Os problemas realmente não vos interessam...ou não vos atingem...ou não vos incomodam...a troca de palavras como se isto fosse só um jogo para ver quem tem as melhores tiradas.
    A esquerda a tentar ignorar o evidente: um aborto é uma morte... a direita a tentar ignorar o evidente: ás vezes não resta mais nada do que a morte... de qualquer maneira todos confortaveis, na vossa grande sabedoria. Merda.

    Maria Ferreira
    Anónimo said...
    E já agora se o Vitorino quer criancinhas que as vá fazer, e sacrificar a sua carreira para que estas tenham o que as criancinhas precisam: pais presentes e intervenientes na vida delas, não na vida dos outros.

    Maria Ferreira
    Anónimo said...
    A Maria pensa que o aborto resolve o problema às mulheres? Se sim, está muito enganada, o aborto legal desresponsabiliza o macho, quem fica com o problema é a desgraçada da mulher sujeita a chantagem do namorado, marido, companheiro ou patrão... E olhe que isso de ter filhos não é coisa de mulheres, parece que ainda é preciso um pai, quer dizer, o 'problema' é dos dois, capisce? Um pai não 'sacrifica a carreira'? E que é isso de sacrificar a carreira? Um disparate tremendo.
    Anónimo said...
    Novament a julgar o que não se conhece. A aritemética é no entanto facil. Sem filhos: disponibilidade para trabalhar e estudar 12 a 16 horas por dia, e para faze-lo em qualquer lado. Com filhos: já é difícil arranjar 8 horas por dias para trabalhar, quanto mais estudar e não se aceitam trabalhos fora. Claro que eu conheço as soluções para este problema, já as vi: creches 24 horas por dia, atarax á noite, as crianças a passarem o dia e a noite com as amas ou com as avós.
    Quando se escolhe ter filhos (para serem criados por nós, com o nosso melhor) deve-se saber que outras portas se fecham. E é necessário faze-lo de olhos bem abertos. Quero evitar que isto seja pessoal, mas só para que fique registado, eu escolhi ter filhos sabendo tudo isto. Agora o que é inaceitavel é que alguem tenha a presunção de varrer tudo com um "disparate". É mais uma vez a retórica a substituir-se á realidade.
    E claro que isto não tem nada a ver com o aborto (por isso é que eram dois posts diferentes). E já agora onde é que eu disse que um aborto resolve qualquer problema? E quando é que eu disse que um pai não sacrifica nada? Quando levanto a hipotese dos posts anteriores serem de homens é por causa da maldita retórica. De preferirem olhar só para uma parte da realidade. Claro que a minha é comezinha e domestica...desculpem os grandes pensadores

    Maria Ferreira
    Anónimo said...
    Discovering Daniel 02/16/2005

    Twenty-seven years after handing his baby boy over for adoption, Tony Abbott received the phone call that changed his life forever. By Julie-Anne Davies.

    Tony Abbott was driving to Boxing Day Mass two months ago when he took a call from Kathy, a girlfriend from decades prior. The pair have remained friends, but this call was more than just a friendly chat.

    Kathy had news.

    The son she had given up for adoption 27 years earlier had phoned, out of the blue, on Christmas Eve. It was a friendly, emotional reconnection between mother and son, the first contact since teenager Kathy spent five days with the infant she called John following his birth. Now Abbott, who fathered the boy at 19, would have to make a phone call himself.

    He drove home from church, discussed events with his wife, Margie (the couple have three daughters), composed himself, and dialled.

    The young man who answered was born at five minutes to midnight on July 26, 1977, at North Sydney’s Mater Hospital. Kathy Donnelly recalls a midwife bundling her baby quickly and heading for the door, the newborn in her arms. Kathy called out to the nurse and begged for a glimpse of her son. A green hospital sheet was pulled back from the baby’s face for just a second.

    That was the way of the times; it was believed in the best interests of relinquishing mothers to have no contact with their baby once the umbilical cord was cut. But Kathy had yet to sign the adoption papers, so was granted five precious days with her child before surrendering him – one of 3867 Australian babies adopted out that year.

    “I was very aware that those five days were going to be my lifetime with my baby,” says Donnelly, who has four children with husband Russ. “I didn’t expect to ever see him again.”

    Until Christmas Eve, when her son, now named Daniel and living in Canberra, called Kathy at her home in Western Australia. Many calls followed, covering subjects from the deepest and most sensitive to happy trivia about shared traits (both Kathy and Daniel dislike, for example, mushrooms). It was during their very first chat, after only a few minutes, that Kathy asked if Daniel knew the identity of his father.

    No, he replied. The file he’d been given by the adoption agency only had his mother’s full name, not the father’s. On learning that his father was one of the nation’s more controversial politicians, Daniel didn’t react with immediate delight, although Abbott enjoys telling the story: apparently Daniel couldn’t stop swearing.

    Abbott spent some brief moments with his son after the birth but has only vague, half-recalled memories of the experience. “In retrospect I am appalled at how callow I was,” he says, with calm honesty. “But you know, that’s the way it was.

    "I went to the hospital, the nurses gave me Daniel and I held him for a while. I was psychologically unready for parenthood – that is the sad truth about me at that time. I just wasn’t ready for it.”

    Twenty-seven years later, on Boxing Day 2004, Abbott is ready. He dials Daniel’s number.

    “Hi, is that Daniel? This is Tony Abbott.”

    Daniel answers with four words that take Abbott’s breath away.

    “Thanks for having me.”


    Anthony Abbott é o Ministro da Saúde Australiano.


    lucklucky
    Anónimo said...
    O problema da Maria é a retórica: não preceber que essa realidade que descreve, que é uma obviedade que vale a pena discutir como a pressão atmosférica, é igual para mulheres e homens. Por isso o tom queixoso é um 'disparate tremendo', como é uim disparate tremendo 'achar que bom, bom é estudar ou trabalhar 16 horas por dia... Sei do que falo, Maria, trabalho essas horas que diz quando posso e criei 6 filhos... Não me queixo, pelo contrário, dou graças a... Deus!
    Anónimo said...
    Não me queixo. Já disse que escolhi sabendo quais eram os custos. Já agora, quanto tempo dedicava diáriamente aos filhos? E ás outras tarefas de casa? E isto só é uma questão de sexo, porque de facto, em geral, diáriamente, o tempo que as mulheres dedicam aos filhos e á casa é o triplo ou bastante mais do que os homens. E já agora, para não aproveitar para fazer leituras pessoais, na nossa família este tempo é dividido, naturalmente, sem regras nem horas marcadas, a meias. Será que é possível compreender que esta questão não é pessoal, porque eu tenho condições que a maioria das mulheres nem põem a hipótese de puderem existir (claro, não estou a falar em mulheres que ainda conseguem roubar algum tempo para polemizar com desconhecidos em bloggs)? A minha questão é "os custos existem, e são regra geral pagos pela mulheres". E a esquerda prefere criar a ilusão que tudo é possível, e não é, é preciso fazer escolhas e estas devem ser bem informadas. A direita acha que necessáriamente as mulheres ficarão felizes por pagar esse custos. Exemplo conhecido: docente universitária com dois filhos pequeninos; tem de apresentar o doutoramento; para poder trabalhar, á noite, dá atarax ás crianças; e nem se apercebe da gravidade da situação, porque é ela que conta a história; e onde está o pai das crianças? Ou sabe disto e acha bem, ou então está completamente alheado da vida dos filhos. Quem paga aqui os custos?Também para que mais uma vez isto não seja interpretado pessoalmente, eu gostava de ter mais filhos, se tiver condições para tanto e se claro, o pai dos filhos também o desejar (já que o estou a chamar para numa discussão a que é alheio).

    Maria Ferreira
    Anónimo said...
    A reposta para quem paga os custos é (é obvio, mas antes que achem que eu acho o absurdo)...as crianças.

    MF

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