A dura realidade
sexta-feira, julho 08, 2005
O índice de intensidade do investimento em investigação e desenvolvimento em Portugal é de 0,85. Na média europeia é de quase 2. E em países como a Suécia é de qualquer coisa como 4.
Publicado por irreflexoes 17:39:00
14 Comments:
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Há algum indicador que meça o retorno desse investimento? Tipo: nº de patentes por unidade monetária investida, ou nº de comunicações em revistas de topo por unidade monetária investida...
Como não tenho esses dados não os posso mencionar. Se os tem agradeço que mande vir. Eu acrescentarei no post.
lucklucky
http://www.mapinov.net/
Imagine-se que o Livro Verde da Inovação da Cresson partia do principio que existe um Paradoxo Europeu - o da ciência mais barata do planeta que é incapaz de traduzir no mercado o saber desenvolvido com ziliões gastos em I&DT...
não obstante, a relação não linear pode ser interessante e os modelos do Brian Arthur e de outros em Santa Fé chegaram mais longe
continuamos contudo em Science Policy numa optica de supply side economics que só se tem traduzido na UE em bullshit...
era o problema dos ciclos de kondratiev e que variaveis causais estavam na base dos evidentes ciclos de grande crescimento que irrompiam
a teoria do schumpeter sobre inovação sugeria que era um choque (na altura dizia-se exogeno porque não se considerava a ciencia e a tecnologia uma variavel de politica economica , e, em certo sentido os mais liberais ainda hoje negam a existência de tal "variável") e portanto "aparecia" do "exterior" do sistema economico algo (materiais como aço e energias como o vapor petroleo ou electricidade) que alteravam tudo (praticas sociais e economicas modos de vida) naquilo que o Schumpeter chamava gales of creative destruction...
a ideia defendida pelos neo schumpeterianos como Chris Freeman Pavitt e outros era que estes "input" chave provavam o modelo linear de inovação de schumpeter (a ciencia avançava e as empresas apropriavam-se do conhecimento transformando-o em valor no mercado)
pelo meio havia o problema dos monopolios baseados em patente o papel da invenção e do empreendedor individual
se a tecnologia gerava desemprego ou não
qual seria a origem das inovaçãoes etc....
até chegarmos agora a conceitos de rendimentos crescentes (uma verdadeira heresia em Economia clássica mas que deve dar o premio Noble ao Brian) e às dificuldades em medir uma nova economia que já não é mais baseada em revoluções provocadas por inputs chave materiais ou energéticos
portanto a tal economia do conhecimento para a qual nos faltam unidades de medida que nos permitam operações de adição e de causalidade linear...
a big mess
Em Portugal o sistema funciona ao contrário dá-se formação profissional porque é politicamente correcto, ou porque existem subsidios, ou porque o curso está disponível no mercado, ou porque alguma chefia indicou/aprovou/sancionou, ou porque a lei obriga a dar x horas de formação... quando a formação devia ser vista como um instrumento para chegar a algum lado. Devia ser a necessidade a solicitar a formação, devia ser a procura a gerar o desenho da formação e não a oferta a disponibilizar opções para escolha pelos formandos e suas chefias.
diogenes
O nº de patentes por UMI não é um bom indicador, pois, felizmente, nem todo o resultado da investigação é patenteável.