Dar de novo ou mudar de jogo?

Num post que a voracidade do blogoesfera já vai empurrando lá para baixo e que aqui recupero, o António abre o seu texto com a seguinte frase

O governo decidiu aumentar o rácio da dívida pública face ao PIB, no exacto valor da dívida total do sector dos transportes.


Sejamos sérios, o governo decidiu muito pouco, pois muito pouco lhe restava decidir. Que alternativas haveria, António?

Parece-me que uma frase destas fragiliza desnecessariamente os teus argumentos que se centram principalmente (se bem percebi) no carácter estatal (entenda-se, mal administrado) do provimento do serviço público de transportes colectivos, apreciações com que aliás estou largamente de acordo.

Quanto à pompa e circunstância de que falas, volvidas que estão tantas greves neste sector, nas quais se percebeu que no cerne dos sucessivos braços de ferro entre sindicatos e administrações tem estado a situação ultra-deficitária das empresas e o interesse particular/poder desproporcionado dos profissionais, não hão-de ser muitos os portugueses iludidos com a eventual fanfarra mediática.

Um último ponto, pergunto-te como se começa uma reestruturação financeira? Não será, antes de mais nada, assumindo a dívida e os seus encargos? Até para eventualmente partires para uma privatização parcial do sector - que não faço ideia se estará nos planos deste governo - me parece indispensável uma acção deste género.

Devo depreender que a tua alternativa seria a declaração de falência das empresas, respondendo cada uma pelas dívidas contraídas? Onde ficaria o rating da República se o Estado recusasse a responsabilidade pelos avales do passado?

Publicado por Rui MCB 23:50:00  

1 Comment:

  1. Dr. Assur said...
    Francisco Louçã resolveu realizar uma reunião de emergência do Bloco de Esquerda. Irritado com as várias versões contraditórias proferidas em público pelos seus acólitos, resolveu colocar um ponto final no assunto.

    Efectivamente depois de Ana Drago ter dito na Assembleia que não houve arrastão em Carcavelos, muito menos roubos mas sim uma violenta e desnecessária carga policial e de Daniel de Oliveira ter afirmado que somente trinta a quarenta participaram no Arrastão e começaram a roubar depois de uma rixa e no meio da confusão, surge Adriana Andringa a dizer que os tais 30 a 40 só provocaram desacatos.

    Refira-se que Adriana é candidata à Câmara da Amadora, aonde vive a esmagadora maioria dos participantes no arrastão.

    Segundo fontes próximas de Louçã, esta declaração terá sido a gota de água que esgotou a paciência de Louça. Durante a reunião surgiram duas propostas:

    1/ Silenciar a comunicação social na versão do Padre Vaz Pinto,

    2/ Negar o arrastão, versão apresentada por vários dos seus participantes.

    Depois de muita discussão, Louçã optou pela última com algumas correcções. Assim o texto final que vai sair em comunicado é:

    "O arrastão trata-se da maior mentira fascizante intentada pela direita visto que nem existe a tão falada praia de Carcavelos."

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