Dar de novo ou mudar de jogo?
segunda-feira, julho 04, 2005
Num post que a voracidade do blogoesfera já vai empurrando lá para baixo e que aqui recupero, o António abre o seu texto com a seguinte frase
O governo decidiu aumentar o rácio da dívida pública face ao PIB, no exacto valor da dívida total do sector dos transportes.
Sejamos sérios, o governo decidiu muito pouco, pois muito pouco lhe restava decidir. Que alternativas haveria, António?
Parece-me que uma frase destas fragiliza desnecessariamente os teus argumentos que se centram principalmente (se bem percebi) no carácter estatal (entenda-se, mal administrado) do provimento do serviço público de transportes colectivos, apreciações com que aliás estou largamente de acordo.
Quanto à pompa e circunstância de que falas, volvidas que estão tantas greves neste sector, nas quais se percebeu que no cerne dos sucessivos braços de ferro entre sindicatos e administrações tem estado a situação ultra-deficitária das empresas e o interesse particular/poder desproporcionado dos profissionais, não hão-de ser muitos os portugueses iludidos com a eventual fanfarra mediática.
Um último ponto, pergunto-te como se começa uma reestruturação financeira? Não será, antes de mais nada, assumindo a dívida e os seus encargos? Até para eventualmente partires para uma privatização parcial do sector - que não faço ideia se estará nos planos deste governo - me parece indispensável uma acção deste género.
Devo depreender que a tua alternativa seria a declaração de falência das empresas, respondendo cada uma pelas dívidas contraídas? Onde ficaria o rating da República se o Estado recusasse a responsabilidade pelos avales do passado?
Publicado por Rui MCB 23:50:00
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Efectivamente depois de Ana Drago ter dito na Assembleia que não houve arrastão em Carcavelos, muito menos roubos mas sim uma violenta e desnecessária carga policial e de Daniel de Oliveira ter afirmado que somente trinta a quarenta participaram no Arrastão e começaram a roubar depois de uma rixa e no meio da confusão, surge Adriana Andringa a dizer que os tais 30 a 40 só provocaram desacatos.
Refira-se que Adriana é candidata à Câmara da Amadora, aonde vive a esmagadora maioria dos participantes no arrastão.
Segundo fontes próximas de Louçã, esta declaração terá sido a gota de água que esgotou a paciência de Louça. Durante a reunião surgiram duas propostas:
1/ Silenciar a comunicação social na versão do Padre Vaz Pinto,
2/ Negar o arrastão, versão apresentada por vários dos seus participantes.
Depois de muita discussão, Louçã optou pela última com algumas correcções. Assim o texto final que vai sair em comunicado é:
"O arrastão trata-se da maior mentira fascizante intentada pela direita visto que nem existe a tão falada praia de Carcavelos."