bastava mesmo uma pitada de bom senso...
segunda-feira, maio 16, 2005
Manifestamente o que Luis Delgado tem a mais em lambebotismo falta-lhe em inteligência e clarividência. Na sua última prosa no DN pode ler-se...
1. "O Crime de Influência dos Sobreiros", que só atinge uns, e não outros, parece saído de um filme de Quentin Tarantino. Chega-se lá, no fim, mas com grande surpresa, porque nunca é o que parece, no início. Vamos ver. Numa coisa Vicente Jorge Silva, ontem, no DN, tinha indiscutível razão "... evitar as generalizações demagógicas e as campanhas populistas de moralismo justiceiro que fazem pesar sobre toda a actividade política a sombra da suspeição - como se a política estivesse condena-da a ser um território clandestino de tráficos inconfessáveis."
Em resumo, por agora investigue-se, sim, mas todos os Governos, e na última década, por exemplo.
E cuidado com o falso moralismo, sempre episódico desprestigia tanto a classe política, como judicial, como os media.
Basta uma pitada de bom senso.
Lancinante. Parece que o catavento do regime, ontem santanista, hoje rendido aos encantos da era socrática, ainda não entendeu o básico. E o básico é que se no caso do sobreiros houve crime este é-o independentemente de tudo o que se passou ou deixou de passar a montante e a juzante, e como tal deve ser julgado. A pior maneira que há de se proclamar a inocência é bradar contra justiças selectivas, que alegadamente investigam uns e não outros. As coisas ou se passaram ou não se passaram.
Por outro lado, e embora isto seja manifestamente demasiado complicado para a carroça do ainda administrador da Lusomundo, não há, na presente conjuntura, nenhum lado que esteja a cair, ou pelo menos a tremer, e outro a rir-se. A partir de certo patamar, se cair ou tremer um, há sempre o risco real de cairem todos. Note-se, desde já, a menção aqui de um amigo, e compagnon, de peito de Sócrates (Jorge Patrão) e atente-se com muita atenção, e só como aperitivo, na composição do gabinete do actual Ministro do Ambiente, isto para não falar nas filiações para-políticas do Venerável Abel Pinheiro ou no nervosismo bem patente de Jorge Coelho...
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Publicado por Manuel 00:14:00
2 Comments:
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É para mim chocante que, tráficos de influências à parte, um governo em gestão (este ou outro qualquer) decida resolver casos desta complexidade para os quais não tem legitimidade nenhuma.
Voltando ao Luis Delgado, ele não passa de uma versão local do cómico Aly: negando o que está à vista de toda a gente.
e ministro, no buraco da fundação do transito).
Afinal isto não passa de um alberque espanhol, onde eles se alojam, comem, dormem e combinam os seus golpes.........