reformas a sério.

O Pula Pula Pulga recupera uma prosa antiga do novo titular da pasta das finanças, Luis Campos e Cunha, onde este apela ao ensino do inglês desde o pré-primário. Escreve...

7. Por último, não posso deixar de referir uma medida que me é particularmente cara e que defendo há anos e anos: introduzir o inglês na pré-primária. Já que outra linguagem ninguém ouve, saliente-se que esta é a forma mais barata para o Estado de ensinar inglês. Mas muito mais importante, alteraria a prazo a especialização e as vantagens competitivas na localização da actividade económica, factor essencial no mundo globalizado de mobilidade de capitais. Há muito que se refere uma banalidade: "o modelo português de desenvolvimento está esgotado"! Mas a generalização, desde a pré-primária, do ensino do inglês faria mais pelo desenvolvimento que as dezenas de "pedipes" levadas a cabo nos últimos 20 anos! E mais barato, mais uma vez...

É importante mas não chega. Não basta saber inglês, é importante saber pensar em qualquer língua e para isso é preciso, é fundamental, reformular todo o ensino de português e de matemática. Estas duas disciplinas, a par, porque não do inglês, deviam ser bloqueadoras de progressão, i.e. doa a quem doer não se transita de ciclo sem frequência positiva a todas elas, sem ais, nem meios ais, devendo ser absolutamente obrigatórias nos 12 anos de escolaridade. Isto passa, e obriga, um reavaliar dos meios docentes disponiveis que deverão ser sujeitos a "reciclagem" até atingirem patamares mínimos de sapiência, berrem os sindicatos o que berrarem... É inadmissivel termos, e temos, professores de matemática que pura e simplesmente não sabem a tabuada. É indecorosa a ileteracia funcional que grassa por aí, de uma geração da máquina de calcular, e que resulta em primeiras páginas absolutamente indigentes como as da passada quinta feira, no Público e no DN (onde se escreveu 1/3 quando se quereria falar em... 5%). A competitividade, e a competência, também passam por aqui.
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Publicado por Manuel 19:09:00  

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