Disfunções
terça-feira, janeiro 25, 2005
António Guterres conseguiu ontem provar duas vezes que é um homem com uma deficiente leitura dos momentos políticos.
Quando podia e devia ter pedido maioria absoluta torceu-se, hesitou, temeu uma derrota nas urnas e pediu uma coisa parecida como quem pedia sem pedir.
O povo português respondeu nas urnas com um inusitado resultado que partia o parlamento - rigorosamente - ao meio.
Agora, num gesto de grande coragem pessoal, quando o pescoço não é o próprio, vem falar na necessidade de maiorias abolutas.
Precisamente no momento em que isso pode custar muito voto útil ao PS e assustar indecisos que têm medo - e percebe-se , crescentemente, porquê - de dar a José Sócrates carta branca.
Se era para isto, podia bem ter feito de Cavaco e olhado antes pela carreira académica.
Publicado por irreflexoes 11:26:00