comunicado da gerência

Segundo o recém eleito Grão Mestre da Grande Loja Regular de Portugal, Alberto Trovão do Rosário, em declarações ao Público as principais lojas maçónicas portuguesas fizeram pacto para evitar um novo "período de escândalos e acusações de partidarização das lojas, de que a cisão da Casa do Sino e as negociatas na Universidade Moderna foram casos extremos escândalos" (sic). Os grãos-mestres das duas principais lojas maçónicas portuguesas fizeram um pacto de não agressão (para quando outro, de regime, com a Obra do Senhor ?...) e de controlo de eventuais transgressores da ética maçónica. O objectivo é evitar eventuais escândalos como o da Universidade Moderna.

Lamentamos informar que esta Venerável Loja não assinou qualquer acordo.

Aproveitamos ainda para parabenizar o Público por este naco de prosa que se cita de seguida e que é, temos a certeza, absolutamente premonitório do que se há-de vir a passar cá, no rectângulo...

O Conselho Superior da Magistratura francesa propôs, em Outubro passado, que ao juiz Jean-Paul Renard, 54 anos, fosse aplicada a pena máxima que o Código prevê, ou seja o afastamento da carreira da magistratura. Aceitou como provada a má conduta deste juiz, vice-decano do Tribunal de Nice, sublinhando as "tortuosas" relações que mantinha com gente acusada de escroqueria, de chantagem, tráfico de influência, tráfico de drogas e outros crimes do mesmo tipo, toda ela tendo em comum o facto de pertencer à Grande Loja Nacional de França, tal como o juiz Renard.

O caso foi pouco divulgado em Portugal, mas em França representou a vitória de uma nova geração de magistrados sem amarras maçónicas sobre uma outra que sempre se viu como herdeira das luzes que saíam das lojas. A Grande Loja Nacional de França foi também atingida por não ter separado o trigo do joio.

O Conselho Superior de Magistratura (CSM) considerou que "não era possível" que a conduta do juiz Renard tivesse escapado "à vigilância" da hierarquia do Tribunal da Relação e que esta só viesse a exercer-se em 2004, quando o CSM concluía o seu processo de averiguações. O processo começou a ser instruído em 1999, face a uma denúncia do procurador do Ministério Público, Eric de Montgolfier, que foi desautorizado pelo seu superior, o procurador-geral, Gabriel Bestard e acabou por ser afastado de Nice. Na sua deliberação, o CSM sublinha que todos estes magistrados tinham em comum o facto de pertencerem àquela Grande Loja.


Publicado por Carlos 18:54:00  

3 Comments:

  1. Anónimo said...
    Mas devia, Veneráveis Irmãos...
    ... uma prancha já .'.
    Anónimo said...
    Pois é. Como está bem de ver juízes com obediências extra profissão, como maçónica, opusdeísticas, opusgayísticas, inevitavelmente, não têm sempre a independência que é exigível para que haja imparcialidade.
    Uma pergunta técnica: assiste o direito, a um das partes num processo judicial, não aceitar a intervenção de um determinado juiz sobre o qual se sabe ter uma filiação daquele tipo ? Ou melhor ainda: mesmo que tal filiação não seja conhecida, ainda assim, pode uma das partes exigir que o juiz declare, preto no branco, que não pertence a nenhuma das "seitas" secretas que referi ?
    X
    Anónimo said...
    "Segundo o recém eleito Grão Mestre da Grande Loja Regular de Portugal, Alberto Trovão do Rosário, em declarações".
    Apenas um pequena correcção: é Grande Loja LEGAL de Portugal e não Grande Loja Regular de Portugal .'. Fiat Lux

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