Podia ser outra coisa qualquer, mas é apenas uma «hipótese de trabalho»...


O procurador-geral da República (PGR), Souto Moura, classificou hoje como "uma hipótese de trabalho" a proposta do Governo que prevê a possibilidade de o procurador ser ouvido regularmente nas comissões parlamentares.

"É uma hipótese de trabalho", afirmou Souto Moura quando questionado pelos jornalistas no final da cerimónia de tomada de posse dos directores-adjuntos do Centro de Estudos Judiciários.



Na sexta-feira, o ministro da Justiça, José Aguiar-Branco, anunciou que o Governo vai propor alterações à forma de relacionamento dos órgãos de justiça com a Assembleia da República, nomeadamente a possibilidade do procurador-geral da República ser ouvido regularmente nas comissões parlamentares.

Segundo Aguiar-Branco, a "responsabilidade parlamentar, via relatórios ou presenças do procurador-geral da República e dos presidentes ou vice-presidentes dos Conselhos Superiores em comissões" é uma das propostas que o Governo tem na agenda para discutir no âmbito do pacto de regime para a Justiça.

Hoje, Souto Moura não adiantou se concorda com esta proposta, comentando apenas que se trata de uma "hipótese de trabalho".

da Lusa

Publicado por Carlos 14:58:00  

2 Comments:

  1. Anónimo said...
    A única hipótese séria de trabalho para o PGR e Ministro da Justiça é este deslocar-se à PGR pedindo o que quiser para se informar, como diz o artigo 32 do ESTATUTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. Ao admitir sujeitar-se a comissões parlamentares, com todo o respeito que é devido à AR, como coração da democracia, o PGR, mais uma vez demonstra não entender a dimensão política e jurídica do cargo que exerce. O pGR não é um comentador político, nem um administrador da CGD, nem um ministro, nem o presidente do Banco de Portugal. É o representante máximo do MP, magistratura que deve defender a legalidade democrática e exercer a acção penal. Só é sindicável nos tribunais, enquanto tiver o apoio do Governo e do PR. Ou o presidente do STJ também lá vai?Não depende da Ar, enquanto a Constituição estiver em vigor.
    Anónimo said...
    Ao Sr. MINISTRO DA JUSTIÇA, que é um ilustre advogado e distinto jurista, pergunto se tem em mente nova revisão constitucional. Só assim, o seu "PACTO DA JUSTIÇA", que vai elaborando sozinho, lhe permite chamar, por D.L, o PGR e outras entidades judiciárias de ALTA REPRESENTAÇÃO À AR. O SR.MINISTRO NÂO DEVE TER REPARADO NA SEPARAÇÃO DE PODERES QUE A CONSTITUIÇÃO CONSAGRA. QUE REPARE.

Post a Comment