Como tinhamos aqui anunciado em primeira mão Miguel Coutinho será o próximo director do DN, no quer será coadjuvado por Raul Vaz, amigo de peito de longa data de Pedro Santana Lopes, confirmou aos jornalistas no final de uma audição na Alta Autoridade para a Comunicação Social, Miguel Horta e Costa, Barão.
Publicado por Manuel 15:36:00
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"MIGUEL Horta e Costa, presidente da Portugal Telecom, foi feito barão por D. Duarte Pio. Segundo disse ao EXPRESSO o gabinete do herdeiro da Coroa portuguesa, D. Duarte autorizou o presidente da PT a utilizar o título «barão Miguel António Horta e Costa», explicando que se tratou de «um caso de excepção, atendendo aos seus méritos e à sua tradição familiar». »
No google, uma pesquisa sobre Horta e Costa dá nisto:
"De acordo com as autoras das 'Memórias', em 1943, D. Sara Seruya era a actual proprietária da 'Quinta da Terrugem', porém, por volta de 1965, quando a comecei a frequentar, a quem pertenceria? Nunca o soube. O que apenas chegou ao meu conhecimento, era que o caseiro se chamava 'Fidelas' e, este, conhecia os três irmãos Pinto Leite (o Vasco, o actual dissidente da direcção de Vale e Azevedo, o António e o Luis), com quem se podia entrar na quinta para jogar grandes 'futeboladas' no 'court' de ténis aí existente e que, por esta data, já não era utilizado para este último desporto. Parece que ainda os estou a ver, todos equipados à Benfica, prontos para jogarem contra a minha equipa, em que todos éramos do 'Glorioso', eu, o meu irmão Guilherme, o António Baptista Fernandes, filho do conhecido cirurgião plástico, o José Manuel Ferreira e o Luis Armando Garcia, filho de Armando Garcia, um dos três fundadores de 'A Voz de Paço de Arcos'. Do outro lado, ainda equipados de encarnado, os irmãos Castro Caldas, o Frederico e o Luis, e, de camisolas listadas verdes com leão ao peito, o João Casal-Ribeiro Cabral, e um tal Carlos Horta e Costa, amigo dos Pinto Leite, que de todos os citados era o único que não habitava em Paço de Arcos, penso que em Caxias, motivo pelo qual, o único contacto que tive com ele, reduziu-se às disputas futebolísticas, perdendo-o completamente de vista, logo que os inesquecíveis anos da feliz adolescência se volatilizaram na grande marcha da vida.
Lembro-me que nenhum de nós queria despir a camisola do clube do seu coração, e assim, para satisfazer os desejos de todos, as duas equipas alternavam, jogando uma de tronco nú e a outra com as peças de roupa que ostentavam os seus símbolos mais queridos.
De tempos a tempos, em Paço de Arcos ou noutro local qualquer, encontro os meus amigos de mocidade e recordamos a felicidade desses momentos. Porém, o caminho do tal rapaz de Caxias nunca mais se cruzou com o meu, até ao dia em que, surpreendido!, o vi na televisão, primeiro atrás de Marcelo Rebelo de Sousa, quando este era presidente do PSD e, depois, como um dos representantes máximos do seu clube de sempre. Foi nesse momento que disse para os meus botões:" Este era o rapaz que jogava futebol comigo na Quinta da Terrugem!".
É irresistível lembrar a tirada de Eça:
"Foge, cão, que te fazem barão! Mas para onde, se me fazem visconde?"
E esta é abaixo de cão, eu sei, mas estou farto de cagões.
em nada a ver um com o outro.
O Carlos H Costa é um expert em recursos humanos, o Miguel nem por isso.
Vejamos:
Enquanto que o Miguel só arranja Fernandos Limas, Migueis Coutinhos e afins
o carlos recruta Manueis da Dores e Gonçalves Pica
E esta hein?
O que me suscitou o exercício de investigação googliana, foi apenas a curiosidade em saber como se concede um título de baronato credenciado, a alguém, só por méritos relevantes advindos da "tradição familiar".
Família, como todos sabem, é pluralidade de indivíduos com traços genéticos e linhagem comuns.
Daí a busca por "família Horta e Costa". Deu no que deu: uma artigo sobre Memórias da Linha, de José Lança COelho em que este anónimo escreve sobre "um tal Carlos Horta e Costa". O outro, nem aparece citado!
Mas o artigo que pode ser lido integralmente neste local- http://www.cm-oeiras.pt/Revista/2000_10/memorias_linha.html- traz outras referências deliciosas e reveladoras da nossa pequenez paroquial e da nossa endogamia que merecia um estudo mais aprofundado de quem tira cursos de sociologia ou antropologia. A tese de doutoramento sobre o assunto, dava um belo livro se viesse a ser escrito com o sentido de humor certo ou a pitada de pimenta qb.
Assim, à míngua de estudos profundos, vai aqui a transcrição de artigos com profundidade analítica, como é o caso do de Adelino Maltez, que seria muito capaz de o fazer, o tal livro, se para isso estivesse virado.
In http://maltez.info/Textos/monarquicos_e_republicanos.htm
leiam, s.f.f.:
"A monarquia não existe se depender da obediência e não do respeito. Só existe monarquia se o rei for tão natural como a família, sem estar dependente dos factores da conjuntura. Por isso é que a existência de partidos que se qualificam como monárquicos continua a ser um dos principais atentados contra a própria ideia monárquica em Portugal.
Do mesmo modo, será impossível qualquer instauracionismo monárquico se persistir na opinião pública a confusão entre a ideia monárquica e o aristocratismo, muito principalmente daquele que continua a ser ostentado por certos aristocretinos da nossa praça, maioritariamente descendendentes da falsa fidalguia do baronato liberal, que usurparam os títulos através da especulação financeira e dos golpes partidocráticos. "
Era a esta cagança que me referia e a este estado deletério em que alguém ganha ânimo para se fazer passar por aquilo que nunca pode ser. Seja lá quem for o tal Horta e Costa!
Aqui há uns tempos, em Ponte de Lima, deparei com um personagem pateticamente simpático e merecedor da minha atenção e respeito: Henrique de Bragança- acho eu que é assim que se costuma chamar, nas revistas consagradas a folhear as coscuvilhices sociais.
O homem é uma lástima, na sua pessoalidade: mal arranjado, notoriamente ausente do lugar onde está, com olhar azul alienado da realidade que o rodeia e atento apenas ao imediato do que lhe desperta a atenção.
Contudo, naquela ponte românica que viu passar muita gente, antes da família dele ser alguém na corte de um rei de Portugal, o homem parecia aquilo que verdadeiramente é: um simples ser humano como os demais, a quem apetece dar a mão e ajudá-lo a encontrar um sítio para melhor espreitar uma simples corrida de cavalos, como era o caso. Ele, sózinho, não parece capaz e não terá culpa disso.
Mas no caso de a monarquia ser regime, um pobre homem como ele, podia muito bem ser o rei.
Talvez seja essa a razão para evitar um tal sistema que faz depender directamente da linha de sangue, a capacidade e legitimidade para assumir posto de comando de um povo.
E sendo assim que sentido pode fazer, pedir a um descendente de reis de um regime deposto que lhe dê um título, habilitando-o a ostentar uma cagança que nem sequer vem dos Braganças e será por isso bastarda?
Vanitas vanitatis? Ridículo!