"A propósito do poder"...

... é o título de uma hiperbólica metáfora assinada na edição de hoje do Público por... Luis Nobre Guedes, sim esse mesmo.


Portugal é hoje um país atravessado por alguma desorientação e perplexidade. Reconheça-se que a crise económica, da qual começámos agora a sair, foi um duro golpe para as expectativas de todos. Mas o nosso país sofre também de outros males, e de males que vão muito para além da economia e das finanças públicas. Um país não é apenas a sua economia. Enganam-se tragicamente aqueles que pensam que tudo pode ser feito só com políticas económicas e financeiras.

Portugal tem andado abalado com algumas das suas instituições e poderes; com a política da desconfiança e da ineficácia; com a crise de valores; com uma certa sociedade do medo que começa a ganhar força entre nós. Os países, também, têm os seus ciclos de vida. E Portugal chegou a esta fase, uma fase perigosa, caracterizada pela impotência. Para muitos dos nossos cidadãos, o preferível é deixar tudo como está, o preferível é não nos maçarmos muito, o preferível é não acreditarmos em nada, é, numa palavra, não nos comprometermos. As coisas passar-se-ão por si. A política será feita como tem sido sempre. Mal ou bem, o poder não deixará de ser exercido. Alguém, pelo menos, se encarregará de o exercer. Como uma personalidade que muito admiro se referiu Portugal ou se afirma ou definha.

Porque é que chegámos aqui? Porque é que, hoje dia, alguns estudos de opinião nos dizem que os portugueses prefeririam entregar a política aos especialistas em vez de a entregarem aos políticos? (...)


é mais um sinal, de entre muitos... Depois não venham com ar de espanto ou surpresa. O primeiro-promotor Pedro Santana Lopes volta já e o Benfica vai à frente. Cavaco ainda não falou, não precisa.

Publicado por Manuel 10:17:00  

1 Comment:

  1. Anónimo said...
    “A imparável atracção pelo abismo”

    Como a ME que faz queixa de tudo e de todos, incluindo dos próprios correligionários, vem NG dizer esta insensatez: "A política será feita como tem sido sempre. Mal ou bem, o poder não deixará de ser exercido"...

    Dir-se-á, como neste blog: “A atracção pelo abismo desta gente continua imparável.”

    MJ

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