A capitulação...

Pedro Santana Lopes, réstia de esperança ainda houvesse, capitulou hoje na Assembleia da República, no debate do Programa de Governo, em toda a linha, e em todas as frentes.

No seu primeiro discurso na Assembleia da República, enquanto chefe do Governo, Pedro Santana Lopes lançou o desafio aos partidos da Oposição para o estabelecimento de «consensos políticos» nas questões de regime, como a política externa, defesa, finanças públicas e justiça.

Ora todos sabemos que as reformas não se fazem com consensos, qualquer reforma é sempre contra algo, contra alguma coisa, a começar pelo conservadorismo inerte que mina o nosso aparelho de Estado. Ao contrário de Guterres, e tal como Barroso, Pedro Santana Lopes não depende de ninguém para fazer reformas, tem uma maioria sólida que o sustenta e cuja utilidade primeira devia ser precisamente a de abalizar as reformas de que o país tanto precisa.

Ao apelar
- agora - a patéticos pactos de regime Santana mais não veio dizer que com ele não haverá reformas, ponto final. Claro que será sempre possível chegar a alguns consensos, aqui e ali, é para isso que serve afinal o Bloco Central, mas quanto a reformas daqui por dois anos talvez se volte a falar delas...

quanto aos incêndios Pedro Santana Lopes, não teve pejo em mostrar o que de mais rasca há na classe política. Num ano em que já ardeu mais que no ano anterior, o melhor que Santana Lopes teve para dizer ao País foram coisas como ...


Aumentou a capacidade de resposta aos incêndios

Entre 01 de Janeiro e 09 de Julho houve menor quantidade de área ardida

As condições climatéricas foram absolutamente adversas

... em suma um absoluto insulto à inteligência de qualquer um.

O estado de desgraça santanista começou.


Publicado por Manuel 16:09:00  

2 Comments:

  1. Anónimo said...
    Já tinha começado.Não demora muito que o PR venha dizer que o governo eleito na secretaria faliu.
    Luís Bonifácio said...
    Convém lembrar aos mais esquecidos que no ano passado o desastre dos incêndios só começou na primeira semana de Agosto. Até lá o volume de área ardida tinha sido um dos mais baixos de sempre

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