A capitulação...
terça-feira, julho 27, 2004
Pedro Santana Lopes, réstia de esperança ainda houvesse, capitulou hoje na Assembleia da República, no debate do Programa de Governo, em toda a linha, e em todas as frentes.
No seu primeiro discurso na Assembleia da República, enquanto chefe do Governo, Pedro Santana Lopes lançou o desafio aos partidos da Oposição para o estabelecimento de «consensos políticos» nas questões de regime, como a política externa, defesa, finanças públicas e justiça.
Ora todos sabemos que as reformas não se fazem com consensos, qualquer reforma é sempre contra algo, contra alguma coisa, a começar pelo conservadorismo inerte que mina o nosso aparelho de Estado. Ao contrário de Guterres, e tal como Barroso, Pedro Santana Lopes não depende de ninguém para fazer reformas, tem uma maioria sólida que o sustenta e cuja utilidade primeira devia ser precisamente a de abalizar as reformas de que o país tanto precisa.
Ao apelar - agora - a patéticos pactos de regime Santana mais não veio dizer que com ele não haverá reformas, ponto final. Claro que será sempre possível chegar a alguns consensos, aqui e ali, é para isso que serve afinal o Bloco Central, mas quanto a reformas daqui por dois anos talvez se volte a falar delas...
Já quanto aos incêndios Pedro Santana Lopes, não teve pejo em mostrar o que de mais rasca há na classe política. Num ano em que já ardeu mais que no ano anterior, o melhor que Santana Lopes teve para dizer ao País foram coisas como ...
Aumentou a capacidade de resposta aos incêndios
Entre 01 de Janeiro e 09 de Julho houve menor quantidade de área ardida
As condições climatéricas foram absolutamente adversas
... em suma um absoluto insulto à inteligência de qualquer um.
O estado de desgraça santanista começou.
Publicado por Manuel 16:09:00
2 Comments:
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- Anónimo said...
6:59 da tarde, julho 27, 2004Já tinha começado.Não demora muito que o PR venha dizer que o governo eleito na secretaria faliu.- Luís Bonifácio said...
1:19 da manhã, julho 28, 2004Convém lembrar aos mais esquecidos que no ano passado o desastre dos incêndios só começou na primeira semana de Agosto. Até lá o volume de área ardida tinha sido um dos mais baixos de sempre