O Polvo...
quarta-feira, abril 07, 2004
Do Público de hoje, e sem mais comentários...
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Para além do actual administrador José Ramalho, quadro do Banco de Portugal, tudo aponta para que integrem também a comissão executiva, liderada pelo ex-ministro da Indústria, Alves Monteiro, ex-secretário de Estado de Mira Amaral, Vila Cova, director-geral da Caixa no Porto, Carlos Costa, quadro superior do Banco Comercial Português, João Godinho, director do Banco Português de Investimento, e Maldonado Gonelha, ex-administrador do Montepio Geral.
Esta alteração radical na estrutura dirigente da Caixa terá sido imposta por Mira Amaral e não foi pacífica, dado os equilíbrios internos que se verificam no banco público, que habitualmente conta na sua gestão com nomes ligados ao bloco central (PSD e PS). Mira Amaral e António de Sousa são figuras conotadas com o PSD e que já integraram governos liderados por aquele partido, enquanto, por exemplo, o nome de Maldonado Gonelha surge associado ao PS. Existe aliás um acordo tácito para que a liderança da Caixa seja assegurada por um elemento ligado à oposição, facto que tudo indica não se irá confirmar desta vez - porque à frente do Banco de Portugal está ainda Vítor Constâncio, dirigente socialista.
De acordo com informações que ontem circulavam na instituição bancária, o actual ministro-adjunto da Presidência, José Luís Arnault, terá mesmo sugerido que Oliveira Cruz, conotado com o aparelho socialista e um homem da confiança de António de Sousa, se mantivesse como executivo no grupo. De igual modo, Arnault ter-se-á empenhado na nomeação de Pina Moura para a nova administração da Caixa, o que poderá ainda vir a acontecer - a última assembleia-geral deliberou aumentar para até onze o número de vogais do conselho de administração, sendo conhecidos até ontem apenas dez nomes.
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Publicado por Manuel 10:26:00