"Há amadores em excesso"

Pela pena incontornável  de Tânia Laranjo, o JN dá largas à alegria de Rui Vasco Neto, perdão de Celeste Cardona, Ministra da Justiça. Assim temos que ...

"A nova Unidade de Informação Financeira (UIF), organismo criado pelo Governo em Junho de 2003 e que se encontra sedeado no edifício da PJ, na Rua Gomes Freire, em Lisboa, já desenvolveu 1176 investigações relativas a casos de branqueamento de capitais, infracções fiscais e alegado financiamento ao terrorismo, revelou, ao JN, a ministra da Justiça, Celeste Cardona. De acordo com a governante, das acções desenvolvidas foi possível apreender ou recuperar cerca de seis milhões de euros provenientes de actividades ilícitas. "Trata-se de uma unidade vocacionada, sobretudo, para a recolha, análise e cruzamento de dados", concretizou a ministra."

Em resumo a Ministra está feliz por o Estado recuperar em média 5 102 euros por investigação, o que é elucidativo de que casos é que estão a ser investigados, o que tudo somado dá uns míseros seis milhões de euros em cerca de dez mezes de actividade de - palavras do JN - uma super-polícia económica vocacionada para o efeito...

Noutras frentes temos que a situação no PSD está cada vez mais kafkiana. Enquanto Marcelo atira pedras para todos os lados, escondendo como é hábito as mãos, do lado da seita santanista as coisas começam a ganhar corpo. Primeiro foi o apalpar do terreno no sempre delirante Semanário, na sexta, e agora é a vez de Luis Delgado espingardar. No DN, e no Diário Digital, Delgado dispara forte e feio contra a escolha de Deus Pinheiro, assevera que havia outro nome - omitindo que esse nome jamais aceitaria o convite - endeusa Santana, e afirma que vai votar em branco (!). Em matéria de realidade virtual está visto que as sessões de formação de Óscar Mascarenhas a Delgado estão a surtir efeito... Como habitualmente Durão só se pode queixar de sí próprio e o Congresso está aí à porta...

Entretanto e na economia temos o voluntarioso Freitas do Amaral a disponibilizar-se para explicar «o contexto em que o Estado pagou à Galp os tão falados 18,2 milhões de contos». Sobre a forma encontrada para pagar os 18, 2 milhões de contos - que passou por um aumento de capital da Galp para esta «pagar» à sua participada Petrogal a dívida da Parque Expo - Freitas do Amaral não se pronuncia. Como vergonha é coisa que não existe neste país, nem conflito de interesses, ficamos ainda a saber que Pina Moura vai liderar a Iberdrola Portugal... Havemos de voltar a estes dois assuntos mais vezes.


Publicado por Manuel 04:42:00  

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