- Margarida Blasco tomou posse como responsável máxima do SIS.
Aquilo que no inicio parecia uma mera tentativa de Durão Barroso de colocar alguém que lhe é directamente próximo, a ele e só a ele, num cargo chave está a revelar-se no mínimo irónico.
Margarida Blasco já é refém, não só do SIS, que apesar de todas as novelas tem gente que não brinca em serviço, como de todo e qualquer serviço de informação que se preze.
Resumindo no dia em que alguém quiser limpar a casa basta tocar o sino. Maior erro de casting é difícil...
- O Expresso esta semana esmerou-se, é em certa medida o retrato de um certo País, em decadência mas com um certo toque de classe, estilo Peter Greenway variante "O Cozinheiro, o Ladrão, a Mulher e o Amante dela".
Assim, esta semana, serviu duas manchetes que cometiam a proeza de servir literalmente todas as partes interessadas.
A primeira plantava Marcelo no lugar de Vitorino, ou em alternativa António Borges.
A mensagem a passar é clara, Durão até gostava de ter junto dele os melhores, estes é que recusam, logo se o governo, e as suas caras, é fraquinho a culpa não é dele.
Para os analistas de serviço isto valoriza o valor "comercial" de Marcelo (muito discutível, mas enfim) e Borges (mais que merecido) que aparecem como mais temidos por Barroso que o hipotético Sassá Mutema socialista vulgo António Vitorino, já que os quer em exílios dourados. Mesmo em relação a Vitorino a notícia trás vantagens já que entala Barroso.
A nossa aposta é que Vitorino continuará comissário (a não ser que a campanha para presidente da Comissão Europeia corra bem ou mal demais), sendo que o plano B de Barroso, será mesmo Martins da Cruz (os lutos em Portugal são muito curtos...).
A outra notícia polimórfica era a revelação de que Alberto João Jardim deveria ser o próximo presidente da Assembleia da República.
A primeira vantagem é que sossega Jardim, nem que seja por umas horas o que é sempre bom, a segunda é de que desprestigia tanto a AR que serve como um recado aos grupos parlamentares da maioria, a terceira é a de que funciona como um aviso a Mota Amaral, que tem levado o cargo muito a peito e excessivamente independente no entender de muito boa gente na maioria, a quarta é de que o próprio Mota Amaral sai beneficiado já que indubitavelmente vai cobrar esta facada mais tarde ou mais cedo.
- Cada hora que passa o murmúrio de Cunha Rodrigues pela pena autorizada de Inês Serra Lopes faz mais sentido.
Fará todo o sentido, se nas próximas horas acontecer o facto, que outro Príncipe da República - Marcelo Rebelo de Sousa - já apelidou de normalíssimo na sua homilia dominical - de o Juiz Rui Teixeira libertar Carlos Cruz.
Para compor só falta mesmo o lançamento do livrinho do senhor X, já agora com um prefácio do humilde filho de Penafiel, nem que seja pela pena italiana da Directora do Independente...
- Há uns anos uma das publicações do senhor Jacques Rodrigues, num consultório sentimental, explicava languidamente que "omitir não era o mesmo que enganar".
Esta, já, velha máxima é aplicada à exaustão pela velha parelha Portas & Soares (Pai).
De cada vez que Portas, ou o PP, andam em apuros lá aparece o Soares a demonizar Portas (ou vice versa), e aproveitando para explicar a Ferro como se faz tiro ao alvo, e Portas a reunir as suas tropas (leia-se os jovens turcos que lhe respondem directamente mais as facções Cardona, Nobre Guedes e Telmo Correia acrescidas de um ou outro notável) em seu torno e a responder à letra.
Este número já vai na n-ésima iteração, e há quem continue a acreditar no realismo da farsa... Patos.
- Carlos Tavares só formalmente é ainda Ministro da Economia. Cadilhe foi o primeiro a reparar...
Publicado por Manuel 06:41:00
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