Augusto Mateus confessa-se a' O Diabo, hoje, dia de Quarta- Feira de cinzas.
O que diz substancialmente o ex-ministro da Economia de Guterres?
Que Portugal é um país do faz-de-conta!
E porquê ? Segundo ele ...
“perde-se tempo demais com debates e notícias estéreis sobre matérias desfocadas, inexistentes ou que não permitem chegar a nenhuma acção correctora dos problemas que são identificados. No fundo, muita teoria e pouca prática.”
Ainda segundo o prático ...
“Não teremos futuro se se persistir no modelo económico que vimos seguindo há duas décadas.”
Qual é esse modelo? “O crescimento deve ser intensivo, primeiro a produtividade e o emprego, e não o inverso , como temos vindo a fazer.”
“Portugal tem que operar mudanças substanciais no seu modelo de negócio, na sua especialização produtiva, no ordenamento do território, na qualidade de vida nas cidades, etc.”
O que vai acontecer se Portugal não mudar?“Portugal tem que operar mudanças substanciais no seu modelo de negócio, na sua especialização produtiva, no ordenamento do território, na qualidade de vida nas cidades, etc.”
“Se Portugal não mudar vai ter tempos difíceis, isto é vai entrar num ciclo que muitos países da América latina conheceram, com ziguezagues, alternando anos negativos com outros menos maus, ou que vão traduzir instabilidade e crescimento diminuido.”
E sobre os milhões do Euro/2004 também tem opinião avalizada e antiga...
“Os recursos afectados para a competição desportiva correspondem a 10 anos de investigação e desenvolvimento empresarial que, a meu ver, seriam mais úteis para o país.
Eu insisto que o Euro/2004 seria um investimento interessante e perfeitamente razoável se o dinheiro fosse privatizado. Canalizando dinheiros públicos isso significa que o Estado está a afectar meios a uma actividade (o futebol) que eu creio ser secundária e com menos efeitos na nossa economia e na nossa sociedade.
Para além do mais, não faz sentido construir estádios com capacidade para 40 mil pessoas em cidades com 35 mil habitantes. É mais um exemplo do país faz de conta...”
Eu insisto que o Euro/2004 seria um investimento interessante e perfeitamente razoável se o dinheiro fosse privatizado. Canalizando dinheiros públicos isso significa que o Estado está a afectar meios a uma actividade (o futebol) que eu creio ser secundária e com menos efeitos na nossa economia e na nossa sociedade.
Para além do mais, não faz sentido construir estádios com capacidade para 40 mil pessoas em cidades com 35 mil habitantes. É mais um exemplo do país faz de conta...”
Nesta lógica, coincide com as críticas recentes, de Miguel Cadilhe que acrescentou ao rol de investimentos supérfluos, a Expo/98 e a Porto-Capital da Cultura..
Será que os ex-ministros estão de acordo quanto ao esses desmandos no destino do país?
Lendo com atenção:
“A minha lógica não é essa. As minhas críticas dirigem-se para os critérios de afectação e não condeno que o Estado gaste concentradamente recursos em certos projectos.”
Pois ficamos entendidos...
Em 27/3/1996 o ex-ministro guterreou na Economia do Governo, até 25/11/1997, altura em que entrou o grande, grande, Pina Moura, brilhante arquitecto do acordo com a Grão-Pará, que assegurou a manutenção do Grande Prémio de Fórmula 1 em Portugal , no que constitui um exemplo eloquente daquilo que não é fazer de conta, mas simplesmente fazer contas.
Parece que desde Março de 1996 a Novembro de 1997, Portugal andou a fazer de conta, com um ministro da Economia do país das maravilhas. Isto segundo o ex-Cadilhe...
Como há desacordo nas opiniões, continuaremos a fazer de conta que estamos de acordo quanto ao essencial!
Publicado por josé 14:06:00
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