A banca portuguesa

Um Prós & Prós, sem contras, é o resultado do programa de hoje que ainda corre na RTP1.

A animadora, no papel de entrevistadora, ainda não fez uma única pergunta que incomode minimamente, os quatro maiores banqueiros do país. E de caminho esclareça verdadeiramente como é que anda a banca portuguesa. O que ganham; o que perdem; os seus activos; os seus passivos e problemas ligados a esta crise. Qual o sentido da garantia do governo. Os seus investimentos estratégicos reais; os salários dos seus administradores e os seus fringe benefits, etc etc.

Ricardo Salgado passeia, sentado, a sua superioridade idiossincrática, ciente que ninguém lhe toca.
E não toca. Até acaba por apoiar publicamente Barack Obama. Pudera!
Faria de Oliveira, defende a Caixa Geral de Depósitos que continua a ser um banco nacionalizado à maneira dos últimos trinta anos. Do mal, o menos. Quanto ao aval a uma empresa conhecida, isso já estava decidido há muito. E fica assim, sem mais esclarecimentos.
Santos Ferreira, naquele ar de baixo e em sottovoce, fez um trejeito que diz tudo: quando a animadora interpelou Fernando Ulrich, mencionando de passagem salgo obre pôr barbas de molho, sem falar nisso, o dirigente do Millenium ( por onde andará o Joe? Mas por onde?) mostrou o que lhe vai na alma, apenas com um simples entortar de semblante. Ulrich que se cuide.

Tirando isso, ninguém ficou a perceber grande coisa da crise, pelos depoimentos dos quatro banqueiros do país, para além de um discurso monocórdico de tranquilidade. Naturalmente.
Os portugueses podem estar seguros, quanto aos bancos portugueses, é o discurso genérico. Nem outro seria de esperar.
Pelo menos da RTP. Até um dia destes.

Publicado por josé 23:37:00  

2 Comments:

  1. vermelho said...
    Outra coisa não seria de esperar de uma pessoa que tem vergonha da sua pronúncia do Norte, entretanto já corrigida à custa de muita alface... Há muito que deixei de ver o programa da Fátima Campos Ferreira (não renegues as tuas origens menina que isso é muito feio!) porque, apesar do muito tempo de que dispõe, nunca vai ao cerne da questão, nunca entra nas partes que podem incomodar, ou seja, aquelas que interessa mesmo discutir! A começar pela apresentadora, aquilo não passa de um desfilar de bobbies amestrados que sabem a cartilha que devem debitar a preceito. Uma vergonha.
    Abraço.
    antonio said...
    O amigo do meu amigo, meu amigo é. De facto e não esquecendo que os três bancos privados presentes naquele debate, são dos maiores financiadores do dois maiores partidos politicos, chegou a altura dos politicos retribuirem as ajudas feitas para as campanhas eleitorais, estando garantido por outro lado que nas próximas eleições, os amigos estarão sempre presentes, apoiando-as financeiramente. Ou seja fica tudo entre amigos.

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