As bandeiras da Esquerda

Quem ouviu, ontem, nas tv´s, o padre Amadeu Pinto, jesuita que dirige o Colégio S. João de Brito, considerado como a melhor escola portuguesa, nos rankings publicados, fica algo perplexo. A linguagem é simples, chã, perfeitamente acessível ao mais inculto. A explicação do sucesso nada tem de excepcional, a não ser a frequência de favorecidos pela sorte económica, como se pode ler, aqui:

Projectos educativos bem elaborados, reforço da carga curricular e frequência de alunos das classes dominantes. Estas são algumas das razões apontadas por especialistas para explicar o predomínio do ensino privado no topo dos rankings."As escolas privadas têm dono que sabe muito bem cuidar da sua casa". É desta forma simples que o padre Amadeu Pinto, director do Colégio S. João de Brito, em Lisboa, tenta explicar a razão por que os colégios ocupam a maioria dos lugares de topo do ranking das escolas secundárias.Amadeu Pinto é de opinião que o sucesso das escolas privadas está no projecto educativo. "Nas escolas oficiais, esse projecto não passa de um proforma", referiu, para destacar, ainda, a estabilidade do corpo docente como também uma mais-valia dos colégios. Por outro lado, Amadeu Pinto critica o "facilitismo" que existe nas escolas de ensino oficial. "As crianças têm necessidade que se puxe por elas e não que se lhes facilite cada vez mais a vida", realçou.O director do Colégio S. João de Brito sabe que só frequenta a instuição quem pode pagar os 460 euros de mensalidade mensal no Ensino Secundário. Em troca disso, salientou AmadeuPinto, os alunos beneficiam de um projecto educativo credível, que tem por detrás a Companhia de Jesus, um corpo docente estável ("dos nossos 120 professores, apenas dois mudaram"), aulas de apoio e salas bem equipadas.

Depois disto, deste sucesso educativo, torna-se cómico, embora de triste tragicomicidade, ouvir o Secretário Valter Lemos. Segundo o JN, disse que para o ano, o sucesso tem que ser mais moderado...
Pudera! Tanto sucesso, até ofusca as estatísticas.

Por outro lado, como reflexo deste Estado de coisas, temos o guerreiro da causa de sempre a apontar, sempre que lhe convém, os indícios de que temos um Governo de Esquerda, destacando benefícios sociais pífios e de alcance mitigado, como provas seguras da canhotice pegada.
Infelizmente, estes rankings desmentem-no no aspecto importante da democratização do ensino, mostrando escancaradamente o falhanço do ensino público, no caminho da excelência. E deitam pelo cano, o esforço de milhões com a "paixão pela Educação", porque demonstram à sacieade o falhanço, o embuste e o equívoco dessa paixão assolapada a mitos.
Como o desmentem, de modo rotundo e insofismável, as estatísticas que nos colocam como um dos países em que o fosso entre ricos e pobres, é maior e sem perspectivas de melhoria porque em vez de diminuir, tem aumentado. Com estas políticas sociais, de Esquerda putativa.
Se isto foi conseguido pela Esquerda putativa, que venha qualquer Direita hipotética, que a diferença só pode ser para melhor...

Publicado por josé 11:29:00  

3 Comments:

  1. PA said...
    Petição IVA COM RECIBO

    Alvo da petição: Ministério das Finanças

    TERMINA HOJE, PELAS 24 HORAS

    (ainda está a tempo de assinar, caso pretenda fazê-lo)

    É importante para as PME'S Portuguesas, o apoio a este movimento.

    Ver aqui:
    http://www.pnetpeticoes.pt/ivacomrecibo/


    Alteração da data de exigibilidade do IVA, para que este imposto passe a ser devido ao Estado apenas após recebimento da factura e não após a sua emissão.

    Proposta

    - Que o IVA seja apenas devido ao Estado após o efectivo recebimento da factura

    - Que por cada dia de atraso do pagamento dessa factura, exista uma taxa de juro obrigatória por lei nacional e de implementação automática
    Carlos Costa said...
    O que mais me impressiona é o facto de das doze primeiras escolas secundárias do ranking, só três não são de ensino católico. Aliás, das vinte primeiras, 15 são de matriz católica. Será exigência, rigor ou protecção divina?
    Anónimo said...
    Divina é a intervenção de Maria de Lurdes Rodrigues, que à luz dos mesmos princípios de avaliação utilizados quando corre bem, está a afundar a escola pública, ainda por cima com a reforma massiva de professores, que é irreversível. Já temos a maior calamidade educativa nacional de todos os tempos e a senhora continua a ser ministra. E ninguém questiona o seu posto, até porque toda a política nacional se resume neste momento a Manuela Ferreira Leite.

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