O ministro que quis ser polícia
quinta-feira, setembro 11, 2008
Do Sol, que cita a Sábado:
A ordem foi dada para abater os dois sequestradores, mas apenas um foi atingido, dando tempo e espaço ao segundo de disparar um tiro e colocar em risco a vida de um dos reféns. Tudo porque as comunicações via rádio falharam.
Segundo explica a edição da revista SÁBADO de hoje, ao contrário da versão que tem sido contada, os snipers do GOE não dispararam dois tiros. Eram quatro os atiradores especiais posicionados, mas só um é que disparou, matando apenas um dos sequestradores. Isto porque só este é que recebeu a ordem via rádio. Por falhas técnicas, os outros três não receberam nada e até ficaram surpreendidos com a actuação do colega.
Segundo explica a edição da revista SÁBADO de hoje, ao contrário da versão que tem sido contada, os snipers do GOE não dispararam dois tiros. Eram quatro os atiradores especiais posicionados, mas só um é que disparou, matando apenas um dos sequestradores. Isto porque só este é que recebeu a ordem via rádio. Por falhas técnicas, os outros três não receberam nada e até ficaram surpreendidos com a actuação do colega.
Além disso, a ideia de que os sequestradores foram facilmente dominados cai por terra quando se sabe que Wellington Nazaré disparou a arma de calibre 6,35 mm contra o vidro exterior do banco. Ao contrário do que possa parecer nas imagens, o tiro veio de dentro do banco.
Se a operação correu como planeado? Não. A negociação falhou e teve de ser abandona ao fim de oito horas. E as comunicações falharam no momento de dar a ordem aos snipers para abaterem os assaltantes.
O risco de vida dos reféns deveria ter sido reduzido ao mínimo, mas ao deixarem um dos sequestradores vivos, os agentes deram espaço a Wellington de disparar a sua arma. Só por sorte não morreu um dos reféns.
Nunca estes pontos foram abordados na conferência de imprensa da PSP.
Como se costuma perguntar nos blogs: Rui Pereira ainda é ministro?
É que se isto corresponder à verdade, não há equívoco presidencial que lhe valha.
Este episódio, lembra-me o que aconteceu a outro voluntarista da política: Alexander Haig, nos tempos de Bush pai, como vice-presidente do presidente Reagan. Quando este foi baleado à porta de um hotel, Bush andava em bolandas e Haig assumiu logo o posto de comander- in- chief. Ficou por aí, a carreira política do indivíduo, por causa dessa gaffe.
Rui Pereira assumiu mesmo o lugar de comandante supremo da PSP ao conceder licença para matar ao GOE.
Quem quiser que tire as ilações.
Publicado por josé 14:32:00
5 Comments:
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Agora entendo melhor o artigo de Fernanda Palma no Correio da Manhã.
O Rui Pereira,- quem diria!- metido nestas andanças tristes e lamentáveis ao extremo.
O que faz o poder!
Uma historia triste e muito inquietante em relacao ao dito GOE. Se isto 'e assim num simples caso de assalto a um banco, como seria num caso de verdadeiro terrorismo.
Tiveram muita sorte porque estes tipos nem profissionais eram. Caso contrario, tinha sido uma tragedia.
Se me não falha a memória, verberei aqui a atitude da fiel esposa do senhor ministro ao ter utilizado as páginas de um jornal para expender os seus conhecimentos jurídicos com o subreptício intuito de dar cobertura à política do marido e do seu governo, em duas ocasiões distintas.
E, igualmente, se a memória me não trai, também aqui disse que a intervenção policial me pareceu "fraquinha", de tal modo que até eu, com uma G3 da Guerra do Ultramar, completamente desalinhada, conseguia abater aqueles dois pacóvios, ou «como lhe chamou o José, dois punks.
Pelos vistos a coisa não correu assim tão bem como foi propagandeada.
E poucos foram os que não se deixaram iludir pela propaganda em directo desta socratinada pindérica que nos desgoverna.
O Venerável José foi um dos poucos que percebeu logo que o filme foi pífio, muito pífio, como tudo o que vem desta corja socratina...
Não meta política nesta acção policial, como não gosta que o façam na acção da magistratura do MP. Seja coerente !!!