No trilho do Bem

Diz aqui que este blog onde escrevo, faz hoje cinco anos.
Não sabia e só tenho que dar aos parabéns ao Manuel e ao Carlos, impulsionadores desta máquina de escrever que permite debitar algumas ideias, algumas divergentes de do que se pode ler noutros lados e outras que são glosas do que noutros lados se escreve.

O tempo que passa já passou e também faz hoje anos. Por isso, aproveitei para espreitar a magnífica lição de José Adelino Maltez, sobre o "imperativo categórico Kantiano", numa décharge ao débito titubeante da nossa quarta figura do Estado, na pessoa do Conselheiro Noronha do Nascimento que na noite da passada entrevista a Mário Crespo, deve ter ficado com as orelhas em chama viva...

Ainda assim, perante o tempo que passa, dei em espreitar um pouco mais abaixo e a minha perplexidade não podia ser maior. O professor José Adelino, encomia o regressado deputado Paulo Pedroso, em termos que não deixa lugar a dúvidas: apoiou-o silenciosamente ,aquando da sua provação, por causa daquilo que toda a gente sabe: suspeitas graves que lhe foram imputadas pelos investigadores do processo Casa Pia, seguindo os testemunhos vários de ofendidos.
Apoiou-o e faz por se saber. Diz até que é uma figura que reconhece como um "elemento imprescindível à dinâmica política de um regime".

"Imprescindível", caro professor? "À dinâmica política", caro professor?

Ficamos entendidos, até porque o assento do novel deputado, é ao lado de Vera Jardim, um outro imprescindível. Tal como Alberto Martins, Alberto Costa e mais, muitos mais, cujo grau de imprescindibilidade os tem conduzido à elevação mística da política em circuito fechado.
Por bem, pelo bem e para o bem.
Sempre no caminho do bem.

Para mal de muitos outros, infelizmente.

Publicado por josé 23:57:00  

4 Comments:

  1. CCz said...
    Este comentário foi removido pelo autor.
    zazie said...
    Cinco anos, fónix, fónix...

    Parabéns aos rapazes do Queijo.

    Agora o Maltez é biruta. Só pode. Apoiou de boca fechada e agora que a coisa foi lavada é que se lembra de dizer.

    Tá bem, tá.
    zazie said...
    E é claro que explicou bem o Imperativo Categórico, agora o que é estranho é que se assumiu como um kantiano sem beliscar aquela Razão.

    E ainda mais estranho quando disse que o direito natural só foi conciliado com ela, porque de outra forma era imposto de fora.

    Estranha noção para quem se diz religioso.
    Tino said...
    José Adelino Maltez é pessoa de grande inteligência, excepcional mesmo.

    Mas de vez em quando mete os pés pelas mãos.

    Foi assim na questão da Regionalização.

    E foi assim na questão do Paulo Poderoso...

    Num caso como noutro, José Adelino Maltez esteve (e está) do lado errado. Ele lá saberá porquê.

    Como o tomo por pessoa honesta, talvez tenha sido traído pela suprema criatividade da sua grande cabeça.

    Se assim foi, foi muito mal traído, na humilde opinião deste pobre Tino...

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