Negócios da China

"Se há produtos lácteos de origem chinesa, no mercado português, é porque entraram por via ilegal", disse hoje o Ministério da Agricultura, sobre os produtos lácteos contaminados com melamina, uma coisa azotada que faz mal à saúde.

O presidente da ASAE, o inefável senhor Nunes que foi apanhado a fumar no Casino Estoril de Stanley Ho, na passagem do ano que passou, já tranquilizou a população: "Nós estamos atentos. O universo de preocupação é muito reduzido".

De facto. Na reportagem da TVI que agora mesmo passou, a jornalista mostrou a quem quis ver, a azáfama nas "lojas dos chineses" e deu a ver uma embalagem desses produtos e que tinha comprado num desses estabelecimentos. Hoje.

O senhor Nunes, da instituição que pressurosa e exemplarmente, comunicou ao governo, o estranho caso de um magistrado que tentou vender um bilhete para o concerto da Madonna, num caso gravíssimo de especulação, ainda não teve tempo para mandar proceder a fiscalizações nos estabelecimentos chineses que andam a vender produtos perigosos para a saúde.

Está tudo tranquilo. Os amigos chineses confirmam.

Publicado por josé 13:02:00  

2 Comments:

  1. Isaac Baulot said...
    "o estranho caso de um magistrado que tentou vender um bilhete para o concerto da Madonna"

    Mau mau!
    Então o José não disse que isso era mentira?
    "Jornalismo do costume - (...)Uma notícia totalmente falsa, sem dúvida(...)
    http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/2008/09/jornalismo-do-costume.html
    josé said...
    Não, não disse isso.

    Disse isto:

    "Imagine-se que escrevia aqui o seguinte:

    "Uma jornalista do Sol, vendia bilhete do concerto da Madona, por 450 euros".
    Uma notícia totalmente falsa, sem dúvida, mas com suficiente grau de precisão para se ficar a saber, sem se saber quem seria, que havia uma jornalista do Sol ( e não serão tantas assim), a especular na venda de bilhetes. Ninguém, ligaria a uma notícia destas, evidentemente. Mas já liga se o caso se passar com "um magistrado". E é esse o ponto."

    Se o equívoco foi esse, fica resolvido.
    A notícia sobre o tal magistrado não era totalmente falsa; totalmente falsa seria se tivesse escrito aquilo que serviu de introdução para o caso em comparação. Má comparação, mas saiu assim.

Post a Comment