Similis?
quinta-feira, julho 17, 2008
"Em muitos, o “que lhe falta em maturidade sobra-lhes em autoridade”, afirmou o bastonário, que acusa os magistrados de se comportarem como os agentes da “PIDE/DGS nos últimos tempos da ditadura”. “Não é nas leis que está o mal da administração da justiça” mas sim em quem as interpreta, defendeu. “Um bom magistrado faz boa Justiça mesmo com más leis e até sem ela” mas “com maus magistrados nunca se fará boa Justiça nem com leis divinas”, salientou Marinho e Pinto. "
Hoje ( ontem), o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, quarta figura institucional do Estado e por inerência presidente do CSM, órgão de gestão dos juízes, respondeu-lhe:
"Os últimos tempos têm assistido a afirmações inqualificáveis acerca dos juízes portugueses provindas de quem, afinal está demonstrando uma evidente falta de cultura que se suporia existir em quem é investido ou eleito em determinados cargos; porque cultura, na senda da velha tradição francesa, é aquilo que fica depois de se ter esquecido o que se aprendeu.
Um provérbio popular muito antigo diz que "tudo o que é demais é moléstia"; o que quer dizer que quando a moléstia se instala ela tem que ser debelada com firmeza por um aparelho imunitário são, sob pena de potenciar a decomposição do paciente."
Os mimos são de tomo, de ambos os lados: para o bastonário os juízes ( e magistrados em geral) , abusam da autoridade. Para a quarta figura do Estado, o bastonário é uma moléstia, em si mesmo. E um inculto. Se lhe tivesse chamado burgesso, os colegas, eventualmente, teriam que o julgar por ofensa à honra. E contudo, o significado do dicionário não engana: ignorante, grosseiro. O mesmo que...inculto.
Há quem aplauda. Francamente. Quarta figura do Estado, assim?
Publicado por josé 00:44:00
Gostámos da parte "daqueles que, talvez por engano, escolheram quem os representasse..."
E dos comentários do Júdice:
"Se lhe derem tempo, ele dá cabo da profissão e da Ordem dos Advogados".