"´tamos a pagar! Já estamos a pagar!"
sábado, abril 05, 2008
No programa da Quadratura do Círculo, na Sic-Notícias, de vez em quando, fala-se em corrupção. Fala-se, por falar. O conceito é um pouco como a conversa da treta, de uns cómicos, aqui há uns anos atrás.
A realidade política portuguesa, é uma manta de virtualidades, interesses variados e omissões óbvias. Os jornalistas ajudam. Já fazem parte da realidade virtual. De vez em quando, destapam a manta, mas apenas para conformar essa realidade, reciclando temas e mensagens.
Um politólogo, Luís Sousa, no Expresso desta semana, refere que "em países como a Inglaterra a força e a dimensão das empresas não depende de terem nos seus quadros ex-ministros ou das relações que têm com o Estado. Ao contrário do que acontece em Portugal, em que as grandes instituições estão muito encostadas ao Estado."
João Cravinho, instado a falar sobre o caso concreto...riu-se. Indeed.
A realidade política portuguesa, é uma manta de virtualidades, interesses variados e omissões óbvias. Os jornalistas ajudam. Já fazem parte da realidade virtual. De vez em quando, destapam a manta, mas apenas para conformar essa realidade, reciclando temas e mensagens.
Um politólogo, Luís Sousa, no Expresso desta semana, refere que "em países como a Inglaterra a força e a dimensão das empresas não depende de terem nos seus quadros ex-ministros ou das relações que têm com o Estado. Ao contrário do que acontece em Portugal, em que as grandes instituições estão muito encostadas ao Estado."
João Cravinho, instado a falar sobre o caso concreto...riu-se. Indeed.
Aditamento de fim de semana:
Na edição do Público de hoje, Domingo, António Barreto, considera estes acontecimentos, meros "epifenómenos". Escreve que " A transformação dos dirigentes socialistas em empresários de sucesso ( na banca, na energia e na construção civil) é apenas um epifenómeno. Mais do que uma causa, a vacuidade plastificada do primeiro-ministro é uma consequência desse atraso.
Não é razoável considerá-los culpados do atraso, nem do antigo, nem do recente. Mas é possível responsabilizá-los por não fazerem o que devem. Ou fazerem o que não devem."
Discordo.
O que estes plastificados andam a fazer e outros já fizeram, não é apenas um epifenómeno. É mesmo a causa primitiva do atraso.
Nesse aspecto, Portugal nem sempre foi assim e António Barreto sabe-o bem, porque já tentou explicar por escrito e em filme.
A colocação de pessoas sem qualidade intrínseca de maior, para além de serem Oliveiras da Figueira ou chicos-espertos nas relações sociais, em partidos políticos conhecidos e de maioria, conduziu directamente a este Estado de coisas.
Com uma agravante: estas elites de medíocres, produzem, ela sim, epifenómenos de produção legislativa e ideias peregrinas que nem eles mesmos decifram convenientemente.
As ideias sobre Educação, foram apadrinhadas por estas luminárias, porque os convenceram de que eram o nec plus ultra da evolução científica das Humanidades.
As ideias sobre Justiça, idem. Sobre organização económica, idem aspas.
Neste caso, não se trata de saber quem apareceu primeiro: se o ovo choco das ideias erradas; se a galinha cacarejante.
Podemos estar seguros que estas galinhas, provêm todas de ovos do mesmo cesto.
E há outros cestos, para escolher produção de galináceos.
Por outro lado, parece-me profundamente errado e anómico, desvalorizar a importância destas luminárias na definição de políticas que afectam todos, durante muito tempo.
Contemporizar com a mediocridade e a própria corrupção, na sua acepção mais ampla e profunda, é perder de vista o cesto de ovos podres.
Nota: o título do postal, refere-se a uma réplica de Pacheco Pereira, no dito programa, repetido ad nauseam, na publicidade ao programa que passa na Sic-Notícias.
Não é razoável considerá-los culpados do atraso, nem do antigo, nem do recente. Mas é possível responsabilizá-los por não fazerem o que devem. Ou fazerem o que não devem."
Discordo.
O que estes plastificados andam a fazer e outros já fizeram, não é apenas um epifenómeno. É mesmo a causa primitiva do atraso.
Nesse aspecto, Portugal nem sempre foi assim e António Barreto sabe-o bem, porque já tentou explicar por escrito e em filme.
A colocação de pessoas sem qualidade intrínseca de maior, para além de serem Oliveiras da Figueira ou chicos-espertos nas relações sociais, em partidos políticos conhecidos e de maioria, conduziu directamente a este Estado de coisas.
Com uma agravante: estas elites de medíocres, produzem, ela sim, epifenómenos de produção legislativa e ideias peregrinas que nem eles mesmos decifram convenientemente.
As ideias sobre Educação, foram apadrinhadas por estas luminárias, porque os convenceram de que eram o nec plus ultra da evolução científica das Humanidades.
As ideias sobre Justiça, idem. Sobre organização económica, idem aspas.
Neste caso, não se trata de saber quem apareceu primeiro: se o ovo choco das ideias erradas; se a galinha cacarejante.
Podemos estar seguros que estas galinhas, provêm todas de ovos do mesmo cesto.
E há outros cestos, para escolher produção de galináceos.
Por outro lado, parece-me profundamente errado e anómico, desvalorizar a importância destas luminárias na definição de políticas que afectam todos, durante muito tempo.
Contemporizar com a mediocridade e a própria corrupção, na sua acepção mais ampla e profunda, é perder de vista o cesto de ovos podres.
Nota: o título do postal, refere-se a uma réplica de Pacheco Pereira, no dito programa, repetido ad nauseam, na publicidade ao programa que passa na Sic-Notícias.
Publicado por josé 19:04:00
7 Comments:
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A ver se fala também das ligações perigosas do lado do partido da rosa.
Daquelas que saem nos jornais e que toda a gente conhece.
É que estar sempre a falar dos mesmos, todos do mesmo lado - da direita, pois claro - já chateia!
Não é Snr. Bastonário?
Está visto que os adjectivos (grande) são sempre um conceito relativo...
Mas isso explicaria porque é que tantas instituições andam notoriamente a cair em Portugal.
Lá estará depois o Código de Insolvência e de Recuperação a dar mais uma ajudinha válida ...
Concluí-se assim que muita queda provém da insegurança , falta de estabilidade e de alicerces do ... encosto ...
Saudações
Maria
Fala muito(então por mail,nem imagina)grita muito mas depois na hora da verdade é que são elas!
Pelo menos o Dr.Ricardo Sá Fernandes ainda tem a coragem de fazer perguntas idiotas frente a frente,e com uma ajudinha da lebre telefonemas
parvos.
É o País que temos!...Será que algum dia vai mudar?
Neste momento, na SIC-Notícias, a Maria José Nogueira Pinto, está a dizer que estas coisas são assim mesmo: normalíssimas.
Claro que são normais. Por isso é que estamos como estamos.
Qual a admiração? Para ela e para o marido é tudo normalíssimo!
E é claro que estamos como estamos e assim vamos continuar.
A não ser que haja uma grande escandaleira o que duvido, são sempre os mesmos!!!
Vide BCP não deu em nada.