O triângulo amoroso
quarta-feira, abril 09, 2008
Há polémicas e polémicas. As que brotam espontaneamente nos blogs, são, muitas vezes, fruto de meteoritos mentais que arrastam o intelecto para a irrisão, o arrazoado inconsequente e a inutilidade estéril da crítica, sem contexto.
Mas há outras que apetece ler, reflectir e repensar, nas suas razões extrínsecas e principalmente internas e intertextuais.
A minha atenção focada em Vital Moreira e seus escritos, já foi por demais esclarecida e tem a ver com a natureza das ideias, de lente de influência do actual poder político. Nada mais.
É por demais óbvio que Vital considera este tipo de escritos, um tipo de latidos que apenas incomodam pela repetição e por isso, cita um poeta regional, para apodar de mabecos os que o pretendem atingir no cerne das questões. Que é sempre o mesmo: a ânsia de influência social e política, desde sempre e em obsessão. E que o mesmo recusa em admitir a existência, como problema pessoal e até social, mais grave que o latido de todos os mabecos, porque resulta por vezes em medidas concretas de governo executivo.
Porém, há outro tipo de escritos que o incomodam a sério, porque o atingem nesse cerne escondido, latente e preocupante.
São os artigos e crónicas dos pares, os aristocratas da Esquerda que fizeram percursos idênticos, leram os mesmos mestres, partilharam as mesmas ideias, percorreram as mesmas veredas, apoiaram os mesmos líderes e optaram depois por trincheiras distanciadas da vala comum que todos abandonaram à sorte madrasta de meia dúzia de votos, por cento eleitoral. E que não garantem vida desafogada a ninguém, em lugares de influência.
A trincheira de Vital, distanciou.-se um pouco mais dessa vala intelectualmente comum, a leste, onde pereceram as ideias do início do século passado, quase no fim do século.
É agora, uma trincheira virtual, na mesma guerra de sempre. Só ganha corpo escrito, nas proclamações entusiastas, a favor da ideia de Esquerda. Na prática, é um lugar de frequência espúria, corrompida por interesses e opções estranhas ao Desígnio.
É uma trincheira incongruente e é isso que lhe apontam, os verdadeiros aristocratas da ideia adormecida, mas latente. E é isso que Vital não gosta, porque lhe descobrem a careca, por baixo da farta cabeleira.
No Verão passado, o universitário, jurista de Coimbra, antigo comunista, José Manuel Correia Pinto, do grupo dessa aristocracia intelectual da Esquerda, criticou abertamente Vital Moreira, por causa de um escrito em que este criticava a actuação dos tribunais, no controlo dos actos da administração e do governo. Vital, entendia que os tribunais andavam a pisar o risco da separação de poderes e defendeu a sua dama que é sempre a mesma: o poder político situado numa Esquerda ideal, mesmo que naufragada nos interesses de uma Direita que execra.
José Manuel Correia Pinto, em artigo no Público, respondia-lhe sem grandes contemplações com a amizade pessoal, deste modo:
Em suma, o que por outras palavras eu quero dizer é que as pressões tendentes a limitar a actuação dos tribunais não são bem-vindas, principalmente naqueles domínios onde o tal princípio da separação de poderes, que o VM tanto invoca, mais justifica uma actuação livre dos órgãos encarregados de velar pelo respeito da legalidade democrática. Esta defesa ilimitada dos actos da Administração não augura nada de bom. É dela que sempre partem as grandes agressões aos direitos dos cidadãos. Se os tribunais se inibem de os defender, pressionados por um clima doutrinal ou político hostil, a democracia representativa fica reduzida a uma caricatura.
Este artigo do VM, em articulação com outros, nada felizes, sobre a liberdade dos jornalistas, a autonomia universitária, a cerceação da democracia participativa, dá uma visão distorcida e limitada do poder dos tribunais no controlo da legalidade democrática e pode ajudar a abrir a porta aos piores entendimentos ou aos maiores retrocessos nesta matéria. Por isso, é tempo de dizer basta!
Este artigo de grande arrochada intelectual, não atingiu Vital nas canelas. Foi um pouco mais fundo e atingiu-o nas articulações. Um dias destes, vai-lhe mesmo às meninges.
Hoje, no Público, José Manuel Correia Pinto, ataca mais uma vez os escritos de Vital. Desta vez, sobre o IVA e a sua descida num ponto percentual que Vital garantia por escrito, no Público de 1 de Abril, ser em favor dos carentes de maior justiça social e de sinal de maior justiça distributiva.
Correia Pinto, diz que não. E que até é precisamente o contrário. Que o IVA mais reduzido, aumenta a possibilidade de aquisição de quem tem mais, sem reflexo algum em quem tem menos.
Grande mordidela em quem proclama a Esquerda como o amor da sua vida. E apoia um governo que a prostitui na primeira esquina ou oportunidade que apareça.
Mas há outras que apetece ler, reflectir e repensar, nas suas razões extrínsecas e principalmente internas e intertextuais.
A minha atenção focada em Vital Moreira e seus escritos, já foi por demais esclarecida e tem a ver com a natureza das ideias, de lente de influência do actual poder político. Nada mais.
É por demais óbvio que Vital considera este tipo de escritos, um tipo de latidos que apenas incomodam pela repetição e por isso, cita um poeta regional, para apodar de mabecos os que o pretendem atingir no cerne das questões. Que é sempre o mesmo: a ânsia de influência social e política, desde sempre e em obsessão. E que o mesmo recusa em admitir a existência, como problema pessoal e até social, mais grave que o latido de todos os mabecos, porque resulta por vezes em medidas concretas de governo executivo.
Porém, há outro tipo de escritos que o incomodam a sério, porque o atingem nesse cerne escondido, latente e preocupante.
São os artigos e crónicas dos pares, os aristocratas da Esquerda que fizeram percursos idênticos, leram os mesmos mestres, partilharam as mesmas ideias, percorreram as mesmas veredas, apoiaram os mesmos líderes e optaram depois por trincheiras distanciadas da vala comum que todos abandonaram à sorte madrasta de meia dúzia de votos, por cento eleitoral. E que não garantem vida desafogada a ninguém, em lugares de influência.
A trincheira de Vital, distanciou.-se um pouco mais dessa vala intelectualmente comum, a leste, onde pereceram as ideias do início do século passado, quase no fim do século.
É agora, uma trincheira virtual, na mesma guerra de sempre. Só ganha corpo escrito, nas proclamações entusiastas, a favor da ideia de Esquerda. Na prática, é um lugar de frequência espúria, corrompida por interesses e opções estranhas ao Desígnio.
É uma trincheira incongruente e é isso que lhe apontam, os verdadeiros aristocratas da ideia adormecida, mas latente. E é isso que Vital não gosta, porque lhe descobrem a careca, por baixo da farta cabeleira.
No Verão passado, o universitário, jurista de Coimbra, antigo comunista, José Manuel Correia Pinto, do grupo dessa aristocracia intelectual da Esquerda, criticou abertamente Vital Moreira, por causa de um escrito em que este criticava a actuação dos tribunais, no controlo dos actos da administração e do governo. Vital, entendia que os tribunais andavam a pisar o risco da separação de poderes e defendeu a sua dama que é sempre a mesma: o poder político situado numa Esquerda ideal, mesmo que naufragada nos interesses de uma Direita que execra.
José Manuel Correia Pinto, em artigo no Público, respondia-lhe sem grandes contemplações com a amizade pessoal, deste modo:
Em suma, o que por outras palavras eu quero dizer é que as pressões tendentes a limitar a actuação dos tribunais não são bem-vindas, principalmente naqueles domínios onde o tal princípio da separação de poderes, que o VM tanto invoca, mais justifica uma actuação livre dos órgãos encarregados de velar pelo respeito da legalidade democrática. Esta defesa ilimitada dos actos da Administração não augura nada de bom. É dela que sempre partem as grandes agressões aos direitos dos cidadãos. Se os tribunais se inibem de os defender, pressionados por um clima doutrinal ou político hostil, a democracia representativa fica reduzida a uma caricatura.
Este artigo do VM, em articulação com outros, nada felizes, sobre a liberdade dos jornalistas, a autonomia universitária, a cerceação da democracia participativa, dá uma visão distorcida e limitada do poder dos tribunais no controlo da legalidade democrática e pode ajudar a abrir a porta aos piores entendimentos ou aos maiores retrocessos nesta matéria. Por isso, é tempo de dizer basta!
Este artigo de grande arrochada intelectual, não atingiu Vital nas canelas. Foi um pouco mais fundo e atingiu-o nas articulações. Um dias destes, vai-lhe mesmo às meninges.
Hoje, no Público, José Manuel Correia Pinto, ataca mais uma vez os escritos de Vital. Desta vez, sobre o IVA e a sua descida num ponto percentual que Vital garantia por escrito, no Público de 1 de Abril, ser em favor dos carentes de maior justiça social e de sinal de maior justiça distributiva.
Correia Pinto, diz que não. E que até é precisamente o contrário. Que o IVA mais reduzido, aumenta a possibilidade de aquisição de quem tem mais, sem reflexo algum em quem tem menos.
Grande mordidela em quem proclama a Esquerda como o amor da sua vida. E apoia um governo que a prostitui na primeira esquina ou oportunidade que apareça.
Publicado por josé 11:15:00
3 Comments:
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http://dossiers.publico.pt/noticia.aspx?idCanal=1355&id=1207598
Curiosamente José Maria Martins afirma " Vital Moreira - ex-comunista ferrenho - multiplica-se, missionariamente ,na publicação de opiniões favoráveis ao Governo.
Disserta sobre tudo, ataca quem se opõe ao Governo, e não é módico nas loas a José Sócrates.
Disseram-me que a Secretária de Estado da reforma admninistrativa é esposa de Vital Moreira. Se assim é está explicada a "coisa". Nada como apoiar a família!
Da análise dos textos de Vital Moreira ficou-me uma dúvida: Há quantos anos Vital Moreira não contacta com o Portugal Profundo, o Portugal Real?
Vital Moreira vive num castelo de beatitude, numa redoma "intelectual" e vai contribuindo para "sustentar" , "almofadar" o Governo de que a mulher faz parte, com um conjunto ininterminável - é um missionário autêntico - de opiniões, muitas sem qualquer suporte real ou mesmo jurídico."
http://josemariamartins.blogspot.com/2008/02/o-escriba-do-governo.html
Salvo melhor opinião, a "trincheira incongruente" tem a sua simples explicação que não lhe é favorável. Mas como vivemos no politicamente correcto é um herói a seguir.
http://dossiers.publico.pt/noticia.aspx?idCanal=1355&id=1207598
Curiosamente José Maria Martins afirma " Vital Moreira - ex-comunista ferrenho - multiplica-se, missionariamente ,na publicação de opiniões favoráveis ao Governo.
Disserta sobre tudo, ataca quem se opõe ao Governo, e não é módico nas loas a José Sócrates.
Disseram-me que a Secretária de Estado da reforma admninistrativa é esposa de Vital Moreira. Se assim é está explicada a "coisa". Nada como apoiar a família!
Da análise dos textos de Vital Moreira ficou-me uma dúvida: Há quantos anos Vital Moreira não contacta com o Portugal Profundo, o Portugal Real?
Vital Moreira vive num castelo de beatitude, numa redoma "intelectual" e vai contribuindo para "sustentar" , "almofadar" o Governo de que a mulher faz parte, com um conjunto ininterminável - é um missionário autêntico - de opiniões, muitas sem qualquer suporte real ou mesmo jurídico."
http://josemariamartins.blogspot.com/2008/02/o-escriba-do-governo.html
Salvo melhor opinião, a "trincheira incongruente" tem a sua simples explicação que não lhe é favorável. Mas como vivemos no politicamente correcto é um herói a seguir.