a Justiça que o Governo quer
quarta-feira, abril 09, 2008
Reparem nisto:
O problema adicional é que o quadro do Tribunal nem sequer está preenchido, há três anos que não há admissões na Justiça.
Perante uma média de três mil processos por juízo e "doze novas providências cautelares por mês para quatro juízos, não dá". Resultado: "Chegámos a um ponto de ruptura e que não é fácil resolver."
Sou [ José Augusto Rodrigues de Sá] magistrado no Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia e dou o meu total apoio ás declarações da Meritissima Juiza do Tribunal do Comércio de Lisboa. A 31 de Março de 2008 no Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia havia 7.656 processos pendentes para 3 Juizes. Por força do estatuido no Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas um processo de insolvençia pode ser composto no minimo por 3 ou a apensos ao máximo de duzias e duzias de apensos. Acresce, ainda, que chove no interior do edificio, as paredes estão rachadas e um magistrado não tem mobilia adequada para trabalhar, não há espaço para guaradar os processos e os quadros do pessoal não estão preenchidos.Para já não falar dos milhares e milhares de créditos reclamados nas insolvênçias para depois ninguém receber nada de nada.
O poder legislativo e o poder executivo querem esta justiça pois ela aqui está! Não podem ser os magistrados do MInistério Público ou os magistrado Judiciais ou os funcionários judiciais a alterar o que quer que seja. Compete-lhes trabalhar no local de trabalho e com a Lei que têm, por mais misero que seja o local de trabalho e/ou a Lei.
Depois de ler isto, perguntem ao ministro da Justiça o que anda a fazer.
E de caminho, podem também perguntar ao primeiro-ministro, porque é ele o responsável. E nem precisa de gastar dinheiro público em pareceres, para perceber este panorama.
Publicado por josé 22:10:00
Ó José, o sarcasmo tem limites!
Primeiro, já não vai havendo quem saiba ler, principalmente depois do acordo ortográfico.
Depois, como é possível fazer perguntas a personagens de ficção?