Um povo de gritos
terça-feira, março 11, 2008
A senhora que aparece na imagem, em protesto veemente e de gritos, contra a ministra da Educação e a política do governo socialista, é mulher de António Costa, antigo ministro do mesmo governo, putativo nº 2 do partido e candidato futuro a um cargo de relevo em executivos de pendor socialista. Aí a vemos a protestar contra a política que supostamente o próprio marido, ajudou a aplicar.
António Costa fez parte da equipa que elaborou o programa do Governo, incluindo o da Educação que agora a própria mulher contesta.
Que se pode dizer disto? Que António Costa e a mulher não aceitam a política de Educação deste governo? Que aquele aceita e esta não? Ainda há uma terceira hipótese:
A de que... se nem em casa, o antigo ministro Costa, consegue convencer a própria mulher da bondade e acerto destas políticas educativas, poderão vir todos os ministros e mais o primeiro deles, para a tv, tentar explicar ao povo a excelência da avaliação proposta para os professores, o estatuto da carreira e a modificação operada que será tudo em vão. Como de facto, parece ser.
Aliás, não foi a própria ministra, Maria de Lurdes, quem declarou publicamente que compreendia as razões dos protestos dos professores?
Um dia destes, ainda a veremos numa manifestação contra as suas próprias políticas...de estatísticas e quadros sinópticos, com matriz ISCTE.
Publicado por josé 11:37:00
9 Comments:
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Não vejo por que motivo, num assunto específico, as mulheres têm de estar de acordo com os maridos - só faltava essa!
E o que sucedeu afinal, à então mulher, do então marido?
Apaixonou-se por outro, segundo consta...
Mas compreendo e até prefiro assim. A hipocrisia é sempre um recurso de conveniência.
Prefiro a frontalidade. Que costuma ter consequências, porque não se pode estar de bem com deus e o diabo, ao mesmo tempo.
Embora haja alguns mestres dessa arte zen de estar na política.
Falando aqui de Portugal, como tenho saudades de um Salgado Zenha, Sá Carneiro, Amaro da Costa e outros....
Se calhar estou a ficar velho...
A mulher de António Costa tem a opinião que bem entende e o direito de a exprimir livremente.
O matrimónio não diminui direitos de cidadania.
Estas alminhas ficaram papagaias todas iguais
E então? qual é a descoberta? que as mulheres têm direitos iguais?
E se, em vez do ministro ser homem fosse mulher e o marido é que fosse para a manif?
também era o problema de género, seus totós?
Os palonços nem percebem que a questão não é de direitos- é de entendimento da bondade de uma reforma.
Ora se nem aos próprios se consegue vendê-la, vai-se dizer que é tudo por oportunismo e por serem calões?
E acaso as figuras públicas não costumam ter cuidados extra nestas exposições?
É que não se tratou de pensar ou discordar teoricamente- veio para a rua para demitir uma ministra, par do marido
":O))))