Que cena, meu!
quinta-feira, março 20, 2008
Em dois blogs que leio- Blasfémias e Do Portugal Profundo- dá-se conta da circulação no YouTube, de um video caseiro (melhor dizendo, escolar e feito através da moderna tecnologia dos telemóveis de geração avançada), mostrando uma cena ( na terminologia apropriada) numa sala de aula, com alunos adolescentes e uma professora.
A cena, mostra o ambiente natural de uma sala de aula, actual, de uma escola pública portuguesa, do Porto.
Aparentemente, os alunos, são adolescentes normais que frequentam o ensino público que temos.
No video, colocado no You Tube, pelo autor ou um dos autores do mesmo, ( depois retirado e posteriormente recolocado por outrém) é possível perceber várias coisas. Uma delas, à vista desarmada de qualquer preconceito, é simplesmente a falência do sistema de ensino que temos, no que se refere à disciplina numa sala de aula. Ponto final e parágrafo.
Espera-se que este video seja o sinal de alarme, audível e visível pelos burocratas do Ministério da Educação, sobre o estado a que deixaram chegar o nosso ensino público.
Da ministra, nem vale a pena falar. É um caso perdido. Dos Secretários de Estado, talvez o dr. Pedreira, tenha um módico de senso para perceber que este caminho leva à desgraça. Em que aliás, já nos encontramos.
E não serão os discursos eloquentes, sobre as avaliações dos professores que permitirão olvidar a avaliação que todos podem fazer do Estado que permitiu que isto chegasse onde chegou.
O dr. Grilo, esse extraordinário coleccionador de coleópteros, antigo ministro da Educação da era da paixão, já há alguns anos tinha colocado o selo no álbum, ao escrever o título do seu livro inútil: "O difícil, é sentá-los!"
Não é só isso, professor Grilo. O difícil, mesmo, mesmo difícil; difícil mesmo... está a perceber? Difícil, difícil, a valer, é...tirar os burocratas e génios variados, vindos do ISCTE e dos doutoramentos "lá fora", das comissões que fazem os programas e legislação que depois dão nisto que se pode ver.
Isso é que é difícil, professor Grilo!
NOTA: o vídeo é esse, colocado agora, pelo Manuel.
A cena, mostra o ambiente natural de uma sala de aula, actual, de uma escola pública portuguesa, do Porto.
Aparentemente, os alunos, são adolescentes normais que frequentam o ensino público que temos.
No video, colocado no You Tube, pelo autor ou um dos autores do mesmo, ( depois retirado e posteriormente recolocado por outrém) é possível perceber várias coisas. Uma delas, à vista desarmada de qualquer preconceito, é simplesmente a falência do sistema de ensino que temos, no que se refere à disciplina numa sala de aula. Ponto final e parágrafo.
Espera-se que este video seja o sinal de alarme, audível e visível pelos burocratas do Ministério da Educação, sobre o estado a que deixaram chegar o nosso ensino público.
Da ministra, nem vale a pena falar. É um caso perdido. Dos Secretários de Estado, talvez o dr. Pedreira, tenha um módico de senso para perceber que este caminho leva à desgraça. Em que aliás, já nos encontramos.
E não serão os discursos eloquentes, sobre as avaliações dos professores que permitirão olvidar a avaliação que todos podem fazer do Estado que permitiu que isto chegasse onde chegou.
O dr. Grilo, esse extraordinário coleccionador de coleópteros, antigo ministro da Educação da era da paixão, já há alguns anos tinha colocado o selo no álbum, ao escrever o título do seu livro inútil: "O difícil, é sentá-los!"
Não é só isso, professor Grilo. O difícil, mesmo, mesmo difícil; difícil mesmo... está a perceber? Difícil, difícil, a valer, é...tirar os burocratas e génios variados, vindos do ISCTE e dos doutoramentos "lá fora", das comissões que fazem os programas e legislação que depois dão nisto que se pode ver.
Isso é que é difícil, professor Grilo!
NOTA: o vídeo é esse, colocado agora, pelo Manuel.
Publicado por josé 18:50:00
24 Comments:
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O massacre em Timor existia há muitos anos, mas foi preciso um filme para o mostrar.
O que mostra este video do Youtube é a realidade de todos os dias em todas as escolas.
Há uma violência permanente, diária, em todas as escolas.
Todos os dias se repetem centenas de pequenos episódios como este.
É a imagem das famílias e das escolas portuguesas.
Nas escolas há uma guerra civil diária, que se tornou normal.
Todos os professores viram centenas de cenas como aquelas.
O que todos os professores desejam é que a ministra, os secretários de estado e os iluminados da 5 de Outubro vão para as escolas pôr em prática as suas iluminadas doutrinas. Basta-lhes uma aula, se conseguirem chegar ao fim...
Já não é preciso mais nada, a não ser pedir comentários ao primeiro-ministro.
À ministra não vale a pena.
E ao primeiro-ministro também não vale muito porque é assunto que o tipo não sabe sequer o que há-de dizer.
Vai tomar conselhos de especialistas e depois lá dirá o que é politicamente correcto.
Não me admirava nada que pedisse um parecer jurídico...
Este primeiro-ministro, é uma figura tipo fantoche que voluntariamente se prendeu a opiniões alheias.
Mussolini, na sua infância, comportava-se tão mal que era sistematicamente expulso das aulas. E no entanto chegou a Mestre-escola, o equivalente a professor da escola primária.
E pouco depois passou a governar a Itália.
Há outros casos na História de personagens que têm incompatibilidades com a escola e que chegam a governantes.
José de Sousa é um deles.
Foi um aluno baldas, que não aproveitou as capacidades que a natureza lhe deu. Contentou-se em ir passando. Para fugir a uma licenciatura, foi tirar um bacharelato.
Só depois percebeu a conveniência de ter uma licenciatura e é sabido o que fez para a obter.
Nunca foi verdadeiramente avaliado na Universidade Independente, mas tem a obsessão de avaliar os professores, ele que não gosta de ser avaliado nas suas funções; prefere ser adulado por personagens como a Maria de Lurdes.
Nos conselhos directivos de algumas escolas há gente desta. Foram baldas como alunos e como professores. Depois de irem para os conselhos directivos, hoje executivos, tornaram-se uns tiraninhos.
A pequenez é irmã gémea da mesquinhez...
Isto é uma corja...
Pessoas do ISCTE. Sociólogos de pacotilha. Como a ministra.
O nosso problema mais sério de governo, é que estas pessoas não sabem exactamente o que devem fazer.
Vão pelo que lhes parece.
Não há dúvida que ser professor do ensino secundário é uma profissão de risco.
É necessário criar um centro de apoio ao professor vítima de violência.
Isto passou-se numa escola secundária numa zona central do Porto. Imaginem como é nalgumas escolas da linha de Sintra, tipo Amadora, Rio de Mouro, etc.
O Estatuto do Aluno impede um professor de expulsar um aluno da aula.
Sócrates que impõe com arrogância e totalitarismo as suas ideias é o primeiro a incentivar nas escolas a indisciplina. Os alunos estão isentos de avaliação e de ir às aulas. Realmente, Sócrates, que não queimou muito as pestanas a estudar, tem um grave trauma relativamente à escola e aos professores.
Acreditem, os técnicos do Ministério da educação devem ter visto este vídeo e todos eles devem ter dito.
PARABÉN, CONSEGUIMOS
Não tenho conhecimentos na área da Psicologia, mas parece-me que devido a um certo passado da MLR e de JS há por ali um recalcamento contra os professores. Têm uma obsessão doentia.
Quanto à avaliação dos professores, havia uma enormíssima variedade de modelos que os professores aceitariam ser reclamar.
Mas seguiram dois caminhos completamente errados:
a) Promover o sucesso estatístico incluindo na avaliação a apreciação feita pelos encarregados de educação (que passou a ser facultativa) e os resultados internos dos alunos.
b) Poupar dinheiro bloqueando o acesso ao 10.º escalão com base em requisitos duvidosos. Tinham pelo menos duas alternativas. Permitir que todos chegassem ao 10.º escalão, mas suavizando progressivamente a escandalosa diferença salarial que existe entre os professores em início de carreia e os do 9.º e 10.º escalões que ganham quase o dobro daqueles, fazendo bastante menos trabalho. Em termos da OCDE os professores portugueses destes escalões ganham mais do que financeiramente o Estado português pode suportar.
Ou podiam condicionar o acesso aos escalões de topo a quem tivesse determinadas habilitações, como Pós-graduação, Mestrado ou Doutoramento. Pelo menos este critério teria o mérito de estimular os professores a quererem avançar na carreira com o seu próprio esforço e permitia ao Estado poupar dinheiro impedindo que todos chegassem ao 10.º Escalão.
Preferiram inventar os professores titulares e acabaram por dividir uma profissão em duas castas artificialmente.
São uns desajeitados e ainda por cima teimosos como todos os burros...
Há professores que entraram para os quadros no 25 de Abril. Não têm nenhuma licenciatura. Estão no 9.º ou no 10.º escalão. São já Titulares, e ficarão eternamente à frente de professores com duas licenciaturas, com mestrados ou doutoramentos...
Há presidentes de conselhos executivos que têm o equivalente ao 12.º ano que vão avaliar professores que têm mestrado ou doutoramento...
O uso do telemóvel é proibido nos estabelecimentos escolares mas, é recorrente os alunos procurarem (com maior ou menor sucesso) jogar, enviar mensagens ou mesmo receber chamadas... além de que o telemóvel em meio escolar é um problema sério pois a tendência para levarem "sumiço" é enorme com todas as contrariedades que se adivinham para os professores que têm de se armar em detectives e procurar deslindr a situação.
De qualquer forma, desta vez quebro unanimidades pois acho que foi tudo demasiado anormal, incluindo a professora.
É totalmente impensável que uma professora não saiba manter as devidas distâncias e tente arrancar um telemóvel a uma matulona daquelas.
Isto é como tudo, há que ter estilo e nunca se envolver em touradas.
E ter estilo pode até consistir em mandar uma porrada de palavrões aos gandulos ou fazê-los em cacos com humor negro e de forma mais inteligente.
Sei de uma antiga professora que era assim que mantinha a ordem na General Roçadas, onde metade da turma tinha como profissão do encarregado de educação prisioneiro e da mãe dançarina no Intendente.
.....
Mas deixem-me que vos diga que v.s devem ter vivido a leste do paraíso. Nada disto é novidade.
Há décadas que acontecem coisas bem piores, com verdadeiros espancamentos a professores, dentro da própria sala de aula.
Quando esteve na Direcção da escola era ela quem resolvia os problemas que nem os contínuos mais brutos conseguiam.
Uma vez também houve tourada do género, com insultos brutais a uma professora mais novinha.
Ela chegou à porta, mandou sair a professora e virou-se para os gajos e começou a perguntar quem tinha sido o filho-da-puta que tinha dito os palavrões.
Como ninguém respondia, vá de insultar um a um, cada um dos melros e respectivas mãezinhas duranto mais de um quarto de hora.
No fim ainda acrescentou: agora ficam aí fechados sozinhos e sem aula para aprenderem a respeitar a senhora professora.
":O)))))
Ao que parece o Governo mandou retirar o vídeo do You Tube por violação do direito à imagem...
Ora, segundo creio, este direito só podia ser ou da professra ou dos alunos em causa...
E não sendo verosímil que tenha sido qualquer um deles a fazer esse pedido ao Governo, o comportamento deste órgão de soberania em mandar retirar esse vídeo, revela um profundo e preocupante AUTORITARISMO..., isto para ser simpático.
E perante este autoritarismo, o que faz o Sr. PR que devia zelar pelo regular funcionamento das instituições?
Será que temos um Américo Tomaz, conhecido pelo corta-fitas?
http://www.youtube.com/v/lfi0MX_F4lY&hl
A culpa é de uma falta enorme de desresponsabilização no que toca à educação das crianças pelos pais e/ou encarregados de educação. Que eu saiba ainda não há nenhuma lei que penalize os maus pais e/ou encarregados de educação. E quando refiro maus, não me refiro estritamente ao pai alcoólico, desempregado, drogado, ... E os pais que se demitem da sua função de ser pais?
Agora alguém me explique, como é que o 25 de Abril, o 5 de Outubro, o José Socrates, a Maria de Lurdes Rodrigues, e o raio-qu’a-parta, estão relacionados com o facto de os pais da Patrícia não lhe terem chegado “com a roupa ao pêlo” quando ela bem o merecia?
Palavra. Ou estão a fingir ou então vivem noutro planeta.
E até penso mais- que muitos meninos e meninas que conhecem farão pior.
Ou será que acordou tudo agora por uma mera reactiva política?
Eu já tinha dito- nem os porfessores têm grande qualidade, quanto mais a gandulagem que é obrigada a andar em escolaridade obrigatória até tão tarde?
Vou-lhes deixar aqui um link das normas de defesa de professores das escolas públicas inglesas para terem uma ideia do que é a boa da modernidade.
É que este até é mero exemplo de miuda mal educada e professora descabelada. Há-os de autênticos bandidos.
Verdade seja dita que depois de se saber o que se sabe do PM e da forma como ele foi avaliado para conseguir tirar um canudo; construiu uma espécie de barracas, contornando a lei, etc..., ninguém num país decente lhe deveria dar ouvidos e já o deveriam ter apeado.
Mas enfim, estamos em Portugal...
Claro que como consequência óbvia daquele comportamento do Governo é a manifesta e crescente FALTA DE RESPEITO pelos professores, pelos médicos pelos tribunais, pelas polícias, etc...
E essa falta de respeito leva à degradação social, ao aumento da violência, da criminalidade e ao sentimento crescente de impunidade, vejam-se os casos mais recentes de alunos a baterem em professores em escolas chamadas de bem; doentes a baterem em enfermeiros e em médicos; e os crescentes casos de carjacking e de assaltos, em plena luz do dia, com armas a pastelarias na zona de Sintra; em comboios, etc...
Será que as iluminárias do ISCTE não conseguem ver isto????
Como diz o povo na sua sabedoria, quem semeia ventos, colhe tempestades....
E oxalá não me engane, essa FALTA DE RESPEITO que este Governo semeou há-de-se virar contra si ( e contra todos os políticos ), há-de provar do seu próprio veneno...
E convenhamos, ontem já era tarde!....
De qualquer forma, parece-me absolutamente errado, porque se está num momento de discussão de avaliação dos Profs. que se faça um aproveitamento politíco deste vídeo.
Entendam, isto aconteceu na década de oitenta quando eu estava no liceu, aconteceu na de Noventa, aconteceu agora, e vai SEGURAMENTE continuar a acontecer em decadas futuras. Por muito bons que estejam o nosso sistema e a nossa educação. Alguem ainda falou no sistema Ingles, por favor, que se cale, que fale apenas do que sabe, acontecem situações destas raramente, mas quando acontecem lá são 100 vezes piores que aqui.
Quanto á protecção dos Profs. num gabinete, considero isso uma medida terapêutica, quanto a mim, deveria apostar-se na prevenção.
Formação, formação e mais formação, que andam aí, ainda muitos Profs. que não sabem o que é pedagogia.
Homoclínica,
o Estatuto do aluno não impede o professor de expulsar um aluno da sala de aula. Pelo contrário, o Estatuto do Aluno, no artº 26, alínea b), prevê a expulsão do aluno da sala de aula, precisamente como medida cautelar, "preventiva, dissuasora e de integração, visando, de forma sustentada, o cumprimento dos deveres do aluno" (artº 24º).
tecnológicos, instrumentos ou engenhos, passíveis de,
objectivamente, perturbarem o normal funcionamento
das actividades lectivas». Como me parece que é o caso do telemóvel.
Era importante que todos lessem o Estatuto do Aluno e se lembrassem que é uma Lei da República (Lei nº 3/2008)
http://www.24horasnewspaper.com/total.php?numero=2799&link=09