O riso dos esfarrapados
sábado, março 01, 2008
Os professores acordaram para o seu destino. Vêem, claramente, que estão a ser prejudicados pessoalmente, com reflexos no ensino que profissionalmente exercem. Em prejuízo de todos, por isso.
Mais do que a Saúde, o ensino, tem sido campo de experiências, ao longo de décadas.
O jornal Público de hoje, aponta em primeira página, declarações de um dos mentores destas reformas no ensino , Valter Lemos, a vituperar mudanças e até mentalidade, de outra das grandes mentoras do ensino de bloco centralizado em ideias pedagogicamente peregrinas- Ana Benavente, a grande reformadora escolhida pelo engenheiro que apostou em tratar a Educação como uma paixão assolapada. E com resultados funestos, como quase sempre acontece, com as paixões serôdias.
Este primeiro-ministro, com a autoridade académica que lhe confere o diploma pela Independente e qualificações tipo MBA, apadrinhou também essa paixão antiga, em reflexo daquilo que obviamente não tem e nunca terá: cultura, formação académica decente e competência real para governar com autoridade verdadeira, vinda do respeito geral.
Este primeiro-ministro, já caiu no ridículo entre as elites não apaniguadas, e já percebeu muito bem o seu destino: saída pela esquerda baixa, na próxima oportunidade.
A propósito da actuação deste Governo, na Educação, Ana Benavente, disse publicamente que " a escola pública está a ser destruída"; e ainda que " a ministra da Educação tem protagonizado uma política muito autoritária".
Valter Lemos, respondeu logo: Ana Benavente é responsável pelos "piores resultados escolares da Europa". Para Lemos, é isso que conta: resultados. Estatísticos, entenda-se. Números para apresentar ao público e para inglês ver. Com números em riste, quem se atreve a contestar os tais resultados? A essência desses números, interessa nada. Nada mesmo, porque o importante, são as passagens de ano, quase administrativas, para mostrar os índices de sucesso, escondendo a ignorância generalizada e a falta de saber, em massa.
Mas quem se admira destes critérios, possivelmente estabelecidos por quem sempre teve como valores primordiais, as meras aparências de sucesso- no caso, os canudos obtidos a todo e qualquer preço, principalmente, o mais barato?
Assim, aparecem naturalmente, as políticas de facilitismo acrescido, para com os alunos, acompanhada de crispação crescente, para com os professores refractários a essa política de avestruz.
Neste despique em que aforisticamente, um andrajoso se ri de uma esfarrapada, relevam algumas considerações que podem ser pertinentes:
Quem é Valter Lemos, onde vai buscar o seu saber arrogante e que formação tem Ana Benavente?
Pior, ainda: de onde vem o saber da actual ministra que não ri, Maria de Lurdes? Onde se formou esta senhora, que cultura tem, que referências teóricas aprendeu, onde e como?
O ensino em Portugal e as reformas sucessivas, baseadas em ideias fixas, como sejam as actuais, contestadas pelos professores, em bloco, partem de ideias peregrinas, vindas não se sabe bem de onde, mas com poiso certo num sítio: o ISCTE e certas universidades.
O que vale o ISCTE, por exemplo, como viveiro de ideias sobre o ensino público? Alguém se interrogou, alguma vez, sobre este fenómeno?
Que obras teóricas sustentam estas ideias, de onde vieram estas soluções, que esbarram sempre com a realidade mais comezinha e a que ninguém parece ligar?
Quem são os membros destas comissões ad hoc ou até mesmo sem hoc nenhum, e que formação têm? De onde vêm estas luminárias que apresentam ideias erradas, com desastres anunciados, previsíveis pelo senso comum e sem qualquer controlo, mesmo mediático?
São perguntas a mais, para esclarecimento cabal de uma tragédia colectiva que há décadas nos atinge. Com paixão e denodo.
Mais do que a Saúde, o ensino, tem sido campo de experiências, ao longo de décadas.
O jornal Público de hoje, aponta em primeira página, declarações de um dos mentores destas reformas no ensino , Valter Lemos, a vituperar mudanças e até mentalidade, de outra das grandes mentoras do ensino de bloco centralizado em ideias pedagogicamente peregrinas- Ana Benavente, a grande reformadora escolhida pelo engenheiro que apostou em tratar a Educação como uma paixão assolapada. E com resultados funestos, como quase sempre acontece, com as paixões serôdias.
Este primeiro-ministro, com a autoridade académica que lhe confere o diploma pela Independente e qualificações tipo MBA, apadrinhou também essa paixão antiga, em reflexo daquilo que obviamente não tem e nunca terá: cultura, formação académica decente e competência real para governar com autoridade verdadeira, vinda do respeito geral.
Este primeiro-ministro, já caiu no ridículo entre as elites não apaniguadas, e já percebeu muito bem o seu destino: saída pela esquerda baixa, na próxima oportunidade.
A propósito da actuação deste Governo, na Educação, Ana Benavente, disse publicamente que " a escola pública está a ser destruída"; e ainda que " a ministra da Educação tem protagonizado uma política muito autoritária".
Valter Lemos, respondeu logo: Ana Benavente é responsável pelos "piores resultados escolares da Europa". Para Lemos, é isso que conta: resultados. Estatísticos, entenda-se. Números para apresentar ao público e para inglês ver. Com números em riste, quem se atreve a contestar os tais resultados? A essência desses números, interessa nada. Nada mesmo, porque o importante, são as passagens de ano, quase administrativas, para mostrar os índices de sucesso, escondendo a ignorância generalizada e a falta de saber, em massa.
Mas quem se admira destes critérios, possivelmente estabelecidos por quem sempre teve como valores primordiais, as meras aparências de sucesso- no caso, os canudos obtidos a todo e qualquer preço, principalmente, o mais barato?
Assim, aparecem naturalmente, as políticas de facilitismo acrescido, para com os alunos, acompanhada de crispação crescente, para com os professores refractários a essa política de avestruz.
Neste despique em que aforisticamente, um andrajoso se ri de uma esfarrapada, relevam algumas considerações que podem ser pertinentes:
Quem é Valter Lemos, onde vai buscar o seu saber arrogante e que formação tem Ana Benavente?
Pior, ainda: de onde vem o saber da actual ministra que não ri, Maria de Lurdes? Onde se formou esta senhora, que cultura tem, que referências teóricas aprendeu, onde e como?
O ensino em Portugal e as reformas sucessivas, baseadas em ideias fixas, como sejam as actuais, contestadas pelos professores, em bloco, partem de ideias peregrinas, vindas não se sabe bem de onde, mas com poiso certo num sítio: o ISCTE e certas universidades.
O que vale o ISCTE, por exemplo, como viveiro de ideias sobre o ensino público? Alguém se interrogou, alguma vez, sobre este fenómeno?
Que obras teóricas sustentam estas ideias, de onde vieram estas soluções, que esbarram sempre com a realidade mais comezinha e a que ninguém parece ligar?
Quem são os membros destas comissões ad hoc ou até mesmo sem hoc nenhum, e que formação têm? De onde vêm estas luminárias que apresentam ideias erradas, com desastres anunciados, previsíveis pelo senso comum e sem qualquer controlo, mesmo mediático?
São perguntas a mais, para esclarecimento cabal de uma tragédia colectiva que há décadas nos atinge. Com paixão e denodo.
Publicado por josé 13:11:00
12 Comments:
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Mais de uma vintena de relatórios realizados no Reino Unido dão conta de que o melhor seria ter deixado tudo como estava. Veja mais em http://hekate-hkt.blogspot.com/2008/02/educao-uma-reforma-falhada.html
Que eu sou pessoa educada, ao contrário desse
Bande d'ectoplasmes de tonnerre de Brest!
Bande d'emplâtres!
Bande de Bachi-bouzouks!
Bande de Ku-Klux-Klans!
Bande de brutes!
Bande de canaques!
Bande de jeunes effrontés!
Bande de rats!
Bande de voleurs!
Bande de canaques!
Bande de sauvages!
Bande de zapotèques!
Para mim, o Valter Lemos tem um ar de " Tony Silva ", el verdadeiro artista da r�dio, Tv, Disco e da cassete pirata... Vamos dizer isto baixinho que a ASAE anda a�....
E certametne por causa de percorrer o mundo, catando e encantando com os seus carac�is no cabelo, as nossas comunidades, aproveitou e trouxe todo o know-how que quer agora implementar no nosso ensino...
� de louvar!...
J� quanto a Ana Benavente:
Ent�o n�o � que enquanto estava no tacho, ops, Poder, com o Toneca Guterres, era a supra sumo do ensino, a grande paix�o do Toneca e agora que foi apeada, que lhe tiraram o tacho, ops, que sa�u do Poder, at� j� escreve ressabiada, fazendo-se de v�tima...
Para mim, tem raz�o em estar ressabiada pq tb. ela teria lugar nesta equipa ministerial da induca�o: por exemplo, com o Valter Lemos podiam fazer o duo Ele e Ela...
Os sindicatos e os reformistas bem podem escolher um outro sítio para a luta de interesses e deixarem os nossos filhos a estudar.
O curriculum desse senhor Valter fala por si. Está ao nivel do seu Primeiro. Licenciatura em Biologia e Mestrado de Boston (note eu não disse da bosta !). Mas ainda melhor é o seu IPCB. Desde aceitar a divisão de uma Escola de Tenologia e Gestão em uma de Tecnologia em Castelo Branco e outra de Gestão na Idanha (!), porque o então Presidente da Camara (agora em Castelo Branco) queria uma "universidade" na terra dele, até á "repetição" de Departamentos na referida Escola de Tecnologia para satisfazer clientela, .... há de tudo! Uma das figuras que o sugeito promoveu num conjunto de concursos fraudulentos, apresentou uma prova de caracter ciêntifico para Prof. Coordenadora, que deveria legalmente ter o nivel de Doutoramento (!), com cerca de 60% plagiada pela NET! E sabe que os oponentes no mesmo concurso nada puderam fazer porque não eram os plagiados(!?)...Entretanto, por outras razões o concurso foi anulado, tamanha era a trafulhice!
Essa figura é tenebrosa. Uma das ultimas que fez como "cliente" de outro governo foi a da Escola Superior de Turismo no Fundão ! Esta gente é capaz de plantar uma "universidade" em cada esquina!
Um abraço,
Nuno
Se esse for o critério, onde é que estão os voluntários para o preencher, caro José?
Porventura com saudades desses tempos, publicou [aqui] uma crónica sobre «o acto tão belo de ensinar», a pretexto da qual oferece, ao melhor comentário que seja feito até ao dia 4 de Março, um exemplar autografado do seu divertido livro «A História Maravilhosa do País Bimbo».
.
ahahahahahaha
Este capitão é muito curtido