Os mitos também se abatem
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Ferreira Fernandes, um dos comentaristas que leio, escreveu em tempos que no dia em que acontecesse alguma coisa a Fidel Castro, nenhum director de jornal lhe perdoaria que não escrevesse uma linhas sobre o assunto. Escreveu assim, hoje,no D.N.:
A verdade costuma vir da boca dos simples. É o caso.
Sobre o Fidel Castro que vamos deixar de ter, o presidente brasileiro Lula da Silva disse ontem o essencial: "O grande mito continua. Fidel é o único mito vivo da história da humanidade." Depois da mitologia grega (Atena, Hermes...), romana (Minerva, Juno...), viking (Odin, Valquírias...), temos a mitologia cubana. Com os seus mitos mortos (a liberdade, o trabalho...) e o seu único mito vivo: Fidel Castro.
Os mitos vivos são seres todo-poderosos. Umas vezes sopram as vagas dos oceanos (Neptuno), outras vezes riscam os céus com o trovão (Zeus). O mito Fidel discursava durante oito horas e mandava calar os cubanos no resto do tempo.
Os mitos são péssimos vizinhos de patamar. Quanto mais próximo um mito está de nós mais nos damos conta de um facto terra-a-terra: os mitos existem.
E quanto mais vivo é um mito mais asfixia os humanos e lhes dá vontade de partir. Azar, o mito não deixa. |
Espero pela verdadeira crónica, sobre o desaparecimento da figura mítica e do seu contexto, mesmo por cá.
A verdade costuma vir da boca dos simples. É o caso.
Sobre o Fidel Castro que vamos deixar de ter, o presidente brasileiro Lula da Silva disse ontem o essencial: "O grande mito continua. Fidel é o único mito vivo da história da humanidade." Depois da mitologia grega (Atena, Hermes...), romana (Minerva, Juno...), viking (Odin, Valquírias...), temos a mitologia cubana. Com os seus mitos mortos (a liberdade, o trabalho...) e o seu único mito vivo: Fidel Castro.
Os mitos vivos são seres todo-poderosos. Umas vezes sopram as vagas dos oceanos (Neptuno), outras vezes riscam os céus com o trovão (Zeus). O mito Fidel discursava durante oito horas e mandava calar os cubanos no resto do tempo.
Os mitos são péssimos vizinhos de patamar. Quanto mais próximo um mito está de nós mais nos damos conta de um facto terra-a-terra: os mitos existem.
E quanto mais vivo é um mito mais asfixia os humanos e lhes dá vontade de partir. Azar, o mito não deixa. |
Espero pela verdadeira crónica, sobre o desaparecimento da figura mítica e do seu contexto, mesmo por cá.
Publicado por josé 15:56:00
2 Comments:
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FF
Nem que seja para meia dúzia. O que aliás, me parece já suficiente.