Ofensas à inteligência

O jornal Público de hoje, apresenta uma "nova ofensiva" contra o primeiro-ministro José Sócrates, apresentando uma reportagem do tempo em que era "engenheiro técnico", ( até ver) e ao mesmo tempo deputado no Parlamento, acumulando réditos. O primeiro-ministro já veio desmentir "categoricamente", mais esta ofensa que considera pessoal. Agora mesmo na SIC , considera a notícia como integrando a campanha difamatória, que mostra ressentimento ( porquê?!) e vontade de ataque pessoal, sendo uma mera "insinuação sem o mínimo fundamento". Pelos vistos da direcção editorial do Público...
O problema para José Sócrates, é agora um outro, como já era ontem:
Ao prosseguir nos desmentidos categóricos, arrisca-se a ser desmentido pelas realidades. Ou seja, a mostrar um carácter nada recomendável para quem dirige o executivo de um país. Sócrates ainda não percebeu muito bem o significado disto nem a dimensão da sua atitude. Esperemos então, até mais ver.

A expressão "nova ofensiva", foi usada ontem, na RTP, ao minuto 18 do Jornal da Tarde, segundo escreve a direcção editorial do jornal, hoje mesmo, em editorial sobre este caso.

A direcção de informação da RTP, actualmente, tem como responsável o pivot José Alberto Carvalho, cuja adequação ao cargo, já foi questionada em termos desabridos por Manuel Moura Guedes que lhe chamou abertamente, "burro".
Não querendo chegar a tanto, até porque só lhe conheço a fronha de talking head, pretendo no entanto chegar a um outro ponto, mais sensível: demita-se do cargo, já!

Um jornalista, ainda por cima de uma empresa pública e que deve a nomeação a interessados politicamente comprometidos, não acusa outros, de "ofensivas " para o governo, assim como quem debita palavras a partir do "ponto" electrónico.

Publicado por josé 12:50:00  

3 Comments:

  1. AM said...
    e no jornal da tarde de hoje tivemos direito a filmagens do "causa deles"... enfim, um nojo
    enquanto isso cavaco "golfa"
    Laoconte said...
    É altura de dizer que queremos um governo limpo, e, para isso, nada melhor do que exigir uma legislação eficiente para combater a corrupção, nomeadamente, a criação de uma entidade independente para o combate.
    Pura utopia, mas nada melhor do que aproveitar a fragilidade do actual governo para pedir isso, não?
    Tino said...
    Como disse Aristóteles:

    «Sócrates é meu amigo, mas sou mais amigo da verdade».

    (Aristóteles)

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