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terça-feira, novembro 13, 2007
O discurso governamental sobre o aperto financeiro do Estado, contenção de despesas públicas, moralização nos procedimentos e atenção a gastos supérfluos, com particular restrição na aquisição de viaturas novas, encontrou agora um forte incentivo por banda do ministério da Justiça de Alberto Costa.
Segundo relata o Diário de Notícias de hoje, o ministério, superiormente autorizado por um secretário de Estado, adquiriu, 5 viaturas novas para o parque automóvel que se apresenta no Terreiro do Paço.
Em primeiro lugar, esta, uma Audi Limousine 2.0TDI, de 140 cavalos, destinada a sua Excelência o presidente do Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça (IGFIEJ) .
Depois, porque como já dizia Brecht, é muito difícil governar, e por isso, em atenção à modéstia dos cargos, mais quatro, umas simples Volkswagen Passat Limousine 2.0TDI e destinadas a subalternos. Uma, para o gabinete do próprio Alberto Costa; outra, para o secretário de Estado João Tiago Silveira, outra para Conde Rodrigues, o Secretário que autorizou a aquisição das viaturas de serviço e a última para a secretaria geral.
Entretanto, o DCIAP, o DIAP e a PJ, têm o que merecem: carros podres, sem categoria alguma, alguns deles apreendidos à banditagem. É este o Estado a que chegamos. De pó-pó.
Publicado por josé 10:24:00
9 Comments:
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«Dá o que não é teu»
É tudo legal, mesmo a ética.
Percebe-se demasiado bem porque razão o poder é a única coisa que lhes interessa e por isso o instrumento é o partido. Quem não o tem...chapéu!
A moralidade, a ética e a razoabilidade na actuação política, são verbos de encher até porque nem são tal, mas apenas substantivos comuns.
«Se a lei permite ao Estado comprar estes carros, não haverá nada a dizer», até porque «A ética é a lei republicana» (máxima essa que facilmente salta para outra: «Tudo o que não é proibido é permitido»)
Uma vez que lhe tomaram literalmente os assentos, só não fazem igual, porque de facto fazem muito pior: valem-se do poder que indirectamente obtiveram em eleições, para alcançarem todas as mordomias que os antigos dirigentes do Estado Novo, não tinham nem queiram porque de facto tinham mesmo outra ética.
Agora, esta ética republicana é outra loiça. Que o diga Mário Soares, cujo exílio foi um tormento como todos sabem. Principalmente para o sr. Chambica...
Mas arriscam-se a ir de ambulância!
O que é bom hoje é crime amanhã, sempre com os mesmos a mandar.
Com o regabofe que existe lá por cima queria que por baixo tudo fosse direitinho.Estão perdidos mas nós com eles.