os sábios

John Hogan, jornalista de temas "científicos" e que trabalhou dez anos na Scientific American ( 86-97, segundo o Público de hoje, que menciona a conferência que o mesmo deu, na sexta-feira passada, na Gulbenkian), autor do livro O Fim da Ciência, que alegadamente lhe terá custado o lugar daquela prestigicada revista( tudo informações do artigo do Público de hoje), disse o seguinte, sobre a neurobiologia, a ciência do cérebro e da consciência: "Tem havido poucos avanços na compreensão da mente". E ainda acrescentou que é por isso que a psicanálise de Freud continua a ter grande sucesso, apesar de carência de provas da sua validade científica. "Ninguém sabe como é que o cérebro consegue integrar as informações que recebe ao nível dos seus diversos centros especializados para criar o "eu", apesar de esta ser uma das questões fundamentais que preocupam os seres humanos".

Ninguém sabe? Experimentm ler o Diário Ateísta e ficam com toda a informação sobre a vida, o Homem, e a metafisica do além inexistente.

Publicado por josé 13:42:00  

43 Comments:

  1. alexandre o médio said...
    What the fuck ?

    Porquê a referência ao Diário Ateista?

    Não percebi o significado deste post. Ou assusta-me ter percebido.
    alexandre o médio said...
    E porquê "científicos", assim com as aspas?

    Este post não destoaria de um qualquer blog criacionista...
    josé said...
    Não percebe? Então para que são as perguntas?
    alexandre o médio said...
    Para tentar perceber...

    Enfim, poupe-se ao trabalho. Não consigo vislumbrar uma honesta e lógica troca de ideias aqui.
    josé said...
    Pois...só citeio João César Monteiro. Mais nada.
    zazie said...
    Pois é. Os positivistas ateus são assim, já descobriram o mundo por fezada materialista.

    Ficam bem ao lado do panteão dos frankenstoinos científicos que também andam por aí à solta.
    alexandre o médio said...
    Ninguém descobriu o Mundo ainda. Se existe alguém que reclama essa descoberta, são religiosos extremistas como os criacionistas cristãos que defendem a verdade literal da Bíblia, ou os fundamentalistas islâmicos, por exemplo. O método científico
    é contrário ao dogmatismo. Não existem verdades na ciência. Nenhum físico pode garantir honestamente, com 100 por cento de certeza, que o Big Bang aconteceu. O que irá dizer certamente é que uma quantidade extraordinária de evidência aponta nesse sentido e que é extremamente provável que o evento que hoje é entendido como o Big Bang tenha acontecido. As leis de Newton foram aperfeiçoadas pelo Einstein, em breve a teoria das cordas poderá revolucionar a física (quando a tecnologia necessária para a "testar" estiver ao nosso dispor), novas linhas de investigação, discussões e refutações são o prato do dia na comunidade científica, em diferentes campos como a biologia, psicologia, física. E caramba, já viram como estamos nós a comunicar? Este desrespeito que vejo no post da zazie pelo método científico, incomoda. Existe algum outro método, aliás?
    zazie said...
    ena, ena, tanto chavão seguido e zero de conteúdo.

    O que é que o cu tem a ver com as calças?

    V. é toino, sabe lá o que é a ciência ou teoria das cordas. E muito menos o que é o método científico posto em causa pelo Popper.

    Para o caso não importa. Porque um dogma religioso não tem absolutamente nada a ver com ter-se espírito dogmático.

    E quem o tem são os frankenstoinos dos neo-positivistas que fizeram do cientismo um novo deus e nem sequer entendem o que é o trabalho da ciência ou as grandes questões metafísicas que a ultrapassam.

    O que v. para aí escreveu já não se diz desde os finais do século XIX.

    Quanto a teoria de cordas, que duvido que saiba em que consiste, não só é modelo absolutamente teórico como nem sequer se dirige para qualquer nova possibilidade de unificação teórica.

    Até o simples estudo dos buracos negros trabalha com buracos negros teóricos e não com os observáveis.
    zazie said...
    Este comentário foi removido pelo autor.
    zazie said...
    Como dizia o Popper- a questão é que dantes uma nuvem podia ser explicada como um relógio; hoje um relógio é uma nuvem.

    Os toinos da fezada materialista e simplista ateia ainda vão na explicação da nuvem como um relógio.

    Era mais ou menos disto que se falava no post
    alexandre o médio said...
    A teoria das cordas é como o nome indica, uma teoria, apenas porque a tecnologia para a testar ainda não a temos... O novo acelerador de partículas a ser construído no CERN poderá refutar ou provar algumas das suposições da teoria das cordas. Esperemos para ver.

    Mas o que raio tem o Popper a ver com o que disse? Aliás, o Popper concordaria comigo. Caramba, não há paciência!

    Karl Popper na wikipedia:

    Popper argumentou que a teoria científica será sempre conjectural e provisória. Não é possível confirmar a veracidade de uma teoria pela simples constatação de que os resultados de uma previsão efectuada com base naquela teoria se verificaram. Essa teoria deverá gozar apenas do estatuto de uma teoria não (ou ainda não) contrariada pelos factos.

    O que a experiência e as observações do mundo real podem e devem tentar fazer é encontrar provas da falsidade daquela teoria. Este processo de confronto da teoria com as observações poderá provar a falsidade (falsify) da teoria em análise. Nesse caso há que eliminar essa teoria que se provou falsa e procurar uma outra teoria para explicar o fenómeno em análise. (Ver Falseabilidade).
    zazie said...
    ò, v. não sabe do que fala. Tenho cientistas bem próximos na área, sei do que estou a falar.

    O que o Popper disse também não foi nada disso.

    Esqueça.
    zazie said...
    Sabe quantas teorias de cordas existem dentro da teoria de cordas?

    Tem alguma ideia?

    Saem, em média, 14 papers por dia com teorias opostas.

    O Stephen Hawking até já o disse numa conferência: não acredita, nunca acreditou.
    alexandre o médio said...
    Correndo o risco de poderem ver uma contradição no meu último post, devido ao termo de "teoria":
    Usando os termos do Popper, hoje em dia a relatividade do Einstein é uma teoria, ainda não contrariada pelos factos. Ou a evolução. Pelo contrário, a interpretação literal do livro do Génesis é uma teoria tornada obsoleta.
    zazie said...
    V. alguma vez leu Popper na vida, tirando essas cópias da Wiki?

    Sabe o que ele disse acerca do método científico?

    O que é que entende por método científico?

    Caramba, digo eu, não há paciência para tanta ignorância convencida.
    alexandre o médio said...
    "Theoretical physicists were troubled by the existence of five separate string theories. This has been solved by the second superstring revolution in the 1990s during which the five string theories were discovered to be different limits of a single underlying theory: M-theory."

    (Wikipedia)

    Há um documentário bom e acessível produzido pela NOVA sobre o assunto, está disponível na Internet. Procure-o. Não fale do que não sabe, é embaraçoso.
    zazie said...
    V. está para aí a fazer figura palerma. Não entendeu o post, reagiu como um palerma por causa do link aos ateístas. Se é um deles comprova-se a notóia ignorância do ateísmo militante.
    zazie said...
    Já lhe disse: tenho cientistas próximos na área. Esqueça. Escusa de tentar vir ensinar-me acerca de coisas que v. nem tem uma menor ideia.
    zazie said...
    "Não fale do que não sabe"

    ehehe

    Conte lá os físicos de cordas, mundialmente conhecidos com quem se dá

    ahahahah

    É íntimo do Massena?

    ":O)))
    alexandre o médio said...
    O método científico consiste na constante tentativa de refutação experimental ou teórica, no espírito crítico, na investigação, na recusa de qualquer dogma seja em que assunto for... Isto nas minhas palavras. Enfim, e o Popper tinha uma opinião diferente? Diga lá qual é. E diga lá o que você entende por método científico.
    alexandre o médio said...
    "Saem, em média, 14 papers por dia com teorias opostas."

    Referia-me a isto. Até caí da cadeira.
    zazie said...
    Mas isso que v. disse é óbvio para qualquer estudo.

    Quem é que aqui disse o contrário. Que agora se ia fazer ciência por inspiração religiosa?

    V. é toino e reagiu como um cagot.
    O problema do ateísmo militante é atrair a facilidade das mentes toscas.

    Já nem há ateus minimamente interessantes. Nem como filósofos e muito menos como aderentes à militância. Precisamente porque se agarram a um positivismo do século XIX e transformam qualquer noção de ciência num novo deus.

    O Popper negou que o método científico tivesse qualquer característica diferente de todo e qualquer método racional de estudo.

    Para o caso também não importa. O post não falava de nada disto e v. nem ao post chegou.


    Veio logo com a k7 do criacionismo como se estivesse a falar com algum reverendo da agit prop evangélica.

    Quando o post do que se dava conta é do absoluto desconhecimento do que é o nosso cérebro. Precisamente porque quanto mais se sabe mais conta se dá que não se sabe nada.

    Ora as Palmiras diaristas são capazes de dizer, com toda a ignorância, que o cérebro e seu funcionamento já está perfeitamente explicado. Ela ainda vai na fase de conhecer por cheiro e apalpanço.
    zazie said...
    Pois saem. Saem em média 14 papers diários cada um falar de coisas verdadeiramente diferentes.

    Mais, não existe sequer a possibilidade de se entenderem entre si, porque a especialização já chegou ao ponto de nem haver trocas na mesma área.

    Mais, como lhe disse, toda a matemática usada para estudo dos buracos negros, parte de buracos negros teóricos. Não parte dos observáveis. As consequências em relação a teorias acerca do tempo e do universo são absolutamente fantasiastas e impossíveis de aplicar, partindo dos buracos negros observáveis.

    Para esses nem existe nenhum sustentáculo teórico.

    Acha que o Hawking faz conferências a chamar fantasia a isto tudo só porque lhe deu na veneta?

    os próprios que trabalham na área tem esta noção.
    alexandre o médio said...
    Huh?! Mas o método científico é aquilo que referi. O que é então? Estamos a falar do quê?

    Mas o que raio tem o ateísmo a ver com o assunto?! Foi o que não percebi no post do josé, quando ele falou sobre o muito que a ciência tem para andar relativamente aos mistérios da mente, nem estou a perceber nestes seus comentários. O que interessa se sou ateu ou não para a discussão?
    alexandre o médio said...
    Tenho que sair...
    zazie said...
    É como lhe digo.

    V. ainda não atingiu o post.

    Quando lá chegar avise. O que li foi que até ficou assustado com o que foi escrito.

    Deve ter-se persignado e depois veio com os reverendos coisos para comentar uma constatação científica do desconhecimento do cérebro.
    zazie said...
    A primeira coisa que disse foi isto:

    «What the fuck ?

    Porquê a referência ao Diário Ateista?

    Não percebi o significado deste post. Ou assusta-me ter percebido.
    »

    Que horror, cruzes, credo, até me persigno já todo, que temos aqui o demo em forma de gente a dizer mal dos adoradores do bode.
    josé said...
    pizza:

    Sabe quem foi o João César Monteiro?

    Pode ir ao google, se quiser.
    zazie said...
    ehehe

    V. é que trouxe o ateísmo e se persignou todo com a heresia de se poder estar a gozar com os toinos do bode esperança.

    ":O)))
    zazie said...
    O ateísmo científico funcionou no século XVII, precisamente quando se julgou que se tinha descoberto o universo.

    Foi à custa disso que as luzes geraram esse ateísmo positivista. E divinizaram os cientistas. O Newton foi mesmo comparado a Deus, com a descoberta das leis do Universo. Os culto foi de tal ordem que há escritos deliciosos. Autênticas transformações do esquema religioso com Deus ao centro e as hierarquias angélicas em torno, para um deus newtoniano com leis aplicáveis a tudo, incluindo à sociedade.

    Isto foi muito engraçado e gerou muitas criancinhas baptizadas de Isaac Newton mas depois os génios foram dando conta que não era a última descoberta.

    Por isso, hoje em dia, não existe ateísmo credível quando se agarra à ciência. Temos toinos como um Dawkins que apenas fazem disso um combate de militância sem grande nível.

    É pena, porque tinham todo um campo filosófico em aberto, mas nunca pela via da epistemologia.

    O problema é este e está patente, a nível básico na ingnorância do Diário do bode esperança; e a nível VIP em muita ignoráncia e má-fé jacobina do De Rerum Natura.
    zazie said...
    correcção: século XVIII.
    zazie said...
    Mas lembro-me perfeitamente da Palmira a dizer que já se sabia perfeitamente como funcionava o cérebro e que a alma não existe. Disse-o nuns comentários no Blasfémias. Chamou-nos obscurantistas e ignorantes, porque não há nada de especial no conhecimento do cérebro.

    Ainda me recordo que o José terá dito que eles eram os novos alquimistas.

    ":O)))
    Têm o segredo da pedra
    ahahah
    alexandre o médio said...
    "Mas lembro-me perfeitamente da Palmira a dizer que já se sabia perfeitamente como funcionava o cérebro e que a alma não existe."

    Almas? Coisas "imateriais" que vivem dentro de nós e são a causa da nossa consciência?

    Como disse, o cérebro encerra bastantes mistérios relativamente ao seu funcionamento, mas é ingénuo pensar que a ciência não os conseguirá desvendar futuramente. E bem, já se sabem bastantes coisas. Recorrer a coisas como "almas", sem a mínima evidência nesse sentido - bom, por definição, são inatingíveis cientificamente (não é?) -, é desnessário e cria de longe mais problemas do que resolve. E o argumento usado pelo josé no post que dá origem a esta discussão aproxima-se perigosamente dos argumentos usados pelos criacionistas quando defendem a existência de um designer devido à complexidade do Universo ainda não totalmente entendida.

    Enfim, os ataques aos ateístas neste post e caixa de comentários são completamente despropositadas. Nenhum ateísta reclama o entendimento de toda a "a vida, o Homem, e a metafisica do além inexistente." Ninguém é acusado do mesmo se negar a existência do Pai Natal, de Zeus, ou do Monstro do Esparguete Voador. Adivinho que me vão agora acusar de estar a usar o paleio do "toino" do Richard Dawkins. Seja.

    Cumprimentos.
    zazie said...
    V. tem a ideia do que é um átomo?

    Tem a ideia do que consiste o teorema de Godel e as implicações para a verdade que daí se retiram?

    tem a menor noção das consequências da teoria da incerteza de Heisenberg?

    Tem a noção do que é o tempo?

    Se tem a noção disto tudo por via material, então, é como lhe digo- ainda vai no século XIX.

    Já agora: sabe que existem questões metafísicas, não sabe?

    E saberá que não têm resposta, o que não implica que sejam divinas?

    Se sabe, como é que pode dizer que a alma não existe?

    O que é a alma?

    Eu não faço ideia do que é um ateísta em termos absolutos, mas sei o que são os do Diário do bode esperança, assim como sei o que são os do De Rerum Natura e também que o Dawkins é um absoluto idiota, um filho de Darwin.


    Voltando ao post: dá-se conta do que é chegar aos nossos dias sem se entender sequer como o cérebro cria o "eu"?

    É que isto não é avançar, apenas. É deitar abaixo toda a base teórica em que se sustentou o positivismo ateu para negar a existência divina.

    Sendo que até a própria matemática e a física encontram as limitações para o conhecimento no próprio ser humano. Não é a tecnologia que impede por não ser mais avançada. Somos nós que temos limites no próprio pensamento. Somos nós que nem sequer sabemos de onde vimos e para onde vamos. Somos nós que por esse motivo sempre formulamos a noção de Deus desde que existimos.

    Não há qualquer ciência que dê resposta a estas questões. Só mesmo a fé ateia é capaz de acreditar que elas são dispensáveis ou resolvidas por proveta.
    zazie said...
    Ingénua é a sua crença na resolução de questões que nem sabe formular.

    Essa é que é a ingenuidade. E em colocar de fora outras tantas por não lhe parecerem "científicas".

    Os cientistas precisam de ter esse holismo voluntarista porque, se o não tivessem, também não andavam ali para nada.
    Simplesmente, um cientista não sabe mais de Deus do que qualquer um de nós. E não é mais cientista por negar a existência do que não conhece.

    Daí que a crença seja comum a qualquer ser humano e a própria Ciência ter sido obra inicial de homens da Igreja.

    O seu problema é outro. É produto dos filhos de Darwin. E isso é que é outra conversa. Outra conversa que vai muito para além do mero trabalho científico.

    E ideologia.
    zazie said...
    correcção: É ideologia.
    zazie said...
    Mas recomendo-lhe umas aulinhas com o Murcho. Ele farta-se de tentar educar os coleguinhas diaristas. É que dau mau aspecto até ao ateísmo.

    Pelo menos, por aí teve alguma vantagem ele juntar-se aos do bode. Ainda que haja casos absolutamente perdidos, como a Palmira e ele próprio ser facilmente rebatido no seu campo. Porque o positivismo ateu é uma treta do caraças que nem chega a ser filosofia.
    zazie said...
    Ainda agora me matei a rir com a resposta que ele deixou nos comentários a propósito da parvoeira que escreveu acerca do Watson.

    Nem responder consegue. Espingardeia e até já me cortaram os links aos posts. Para que não se note.
    ahahaha
    alexandre o médio said...
    Bolas, a leveza com que se usa a física quântica desta maneira, profundamente desconhecedora, é deprimente. À boa maneira das tretas New Age.

    Não vou continuar esta discussão.

    Passe bem.
    zazie said...
    A propósito daquela sua recomendação para não se colocarem questões que só servem para atrapalhar e não levam a lado nenhum, porque não existe evidência delas («Recorrer a coisas como "almas", sem a mínima evidência nesse sentido - bom, por definição, são inatingíveis cientificamente (não é?») , deixo-lhe aqui um link:
    gato de Schrodinger
    zazie said...
    Pois. v. não sabe sequer em que consiste a física quântica. O problema é esse.

    Mas tem demasiadas certezas para quem admira o trabalho científico. E isso é que é contraditório.

    Porque as ciências são trabalhos espantosos que nunca deviam ser usadas para se fazer militância ateia.
    Para se querer diminuir a religião, à custa de uma menorização da própria ciência e do intelecto humano.
    zazie said...
    Olhe, New Age é a Palmira, por acaso. Foi ela que o disse.

    ehehe
    zazie said...
    A profundidade com que v. foi buscar umas informações à wikipédia é que foi de uma leveza ingénua muito engraçada.

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