Observatório 2008 - Nobel não dará a presidência a Al Gore

Ao contrário do que algumas reacções precipitadas (sobretudo na imprensa portuguesa) fizeram crer, o facto de Al Gore ter ganho o Prémio Nobel da Paz em quase nada altera a corrida às presidenciais americanas.

É certo que os movimentos de apoio ao ex-vice de Bill Clinton ganharam um novo impulso, a ponto de terem sido recolhidas quase 150 mil assinaturas para desafiar Gore a concorrer à Casa Branca, desde que o Comité Nobel atribuiu o seu mais importante prémio ao autor do documentário «Uma Verdade Inconveniente», mas não há qualquer novo sinal que aponte numa alteração de posição de Gore quanto à sua intenção de não entrar nesta batalha.
Aliás, quase todos os sinais indicam no sentido de não concorrer: a candidatura de Hillary está cada vez mais organizada e eficiente, marcando pontos atrás de pontos; se algum factor inesperado retirar o favoritismo da senadora, Barack Obama também dá mostras de poder ser um front-runner de respeito.
Al Gore está na política americana há 30 anos, desde o final da década de 70. Sabe, perfeitamente, que, a dois meses e meio das primárias no Iowa e no New Hampshire, já será tarde para avançar para uma candidatura ganhadora. A única dúvida prende-se com qual será o candidato que o Nobel da Paz vai apoiar: ou muito me engano, ou Hillary será, dos três major do campo democrata, a que menos recolhe as simpatias de Gore. Apostava, talvez, em John Edwards, que tem insistido na tecla ambientalista.
Nos próximos dias, a Grande Loja completará a ronda pelo campo democrata falando do actual momento da candidatura de Edwards. Em Novembro, quando faltar exactamente um ano para as eleições, dedicaremos a nossa atenção aos quatro principais candidatos do lado republicano.

Publicado por André 16:03:00  

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