A Itália aqui tão perto

Por indicação de um comentador anónimo, dá-se conta da seguinte notícia, com origem na SIC Online.
A notícia que segue lembra-me, estranhamente, a Itália dos anos 90.

Começou hoje nos Açores o julgamento da mulher acusada de uma uma burla de mais de 6 milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos açoriana. Débora Raposo enfrenta o tribunal quase uma década depois dos crimes e ao fim de vários anos em fuga.
Durante os últimos sete anos, Débora Raposo viveu no Canadá fugida às autoridades, que a acusam de uma burla de 6 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos.

Em 2000, quando outros nove arguidos foram julgados, a antiga professora primária era dada como estando em parte incerta. A reportagem da SIC localizou-a em Toronto.

No mês seguinte, foi aberto um processo de extradição que só se concretizou em Agosto deste ano.

Débora Raposo vai responder pelos crimes de associação criminosa, burla qualificada e falsificação de documentos.

Fazendo crer que era uma mulher rica, Débora Raposo procurava descontar cartas de crédito de bancos russos em instituições financeiras nacionais. A Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo, nos Açores, foi o alvo escolhido.

Durante os anos de 95 e 96 uma linha de crédito financiou a mulher e os seus assessores e colaboradores em viagens e estadias em hotéis de luxo.

A rede, que se dedicava entre outros negócios à lavagem de capitais, pretendia avançar com um colégio internacional a ser construído no Funchal, mas o projecto acabou por fracassar quando a burla começou a ser investigada.

Ricardo Rodrigues, o actual vice-presidente do grupo parlamentar do PS e antigo advogado de Débora Raposo, é agora testemunha no julgamento depois de ter sido arguido e ter visto os seus autos arquivados.

Apesar da Polícia Judiciária ter referenciado o envolvimento de Débora Raposo com redes internacionais de lavagem de dinheiro, a investigação não foi alargada para fora do país.

Publicado por josé 22:40:00  

4 Comments:

  1. lusitânea said...
    A política agora é um negócio.Onde houver dinheiro a circular com abundância está lá de certeza um político.
    Por isso é que alguns até se antecipam a arranjar umas leis porreiras que os não venham a chatear.Claro que quem reclame disso e doutras coisa é de extrema direita, fascista e só ainda não foi levado a julgamento porque perdoaram já a tanta gente que até parecia mal...
    Por acaso os açoreanos têm acertado nos deputados que para cá amndam sim senhor...não os devem querer lá...
    Anónimo said...
    Este comentário foi removido pelo autor.
    Anónimo said...
    Se isto é o regresso de la grande politique como se começa a aí a ouvir ...

    Bahh!
    Ha do que said...
    Bolas que esse omnipresente Ricardo Rodrigues está em mais sítios que eu...

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