El Che morreu há 40 anos.
terça-feira, outubro 09, 2007
Faz hoje 40 anos que Che Guevara foi executado, por um comando boliviano, poucos minutos depois das 13 horas locais, num Domingo boliviano.
Começara o mito. A sua denúncia, só agora se revela ao mundo, em termos mediáticos. Da Loja, faz-se um relato, pequeno, de uma reportagem da revista francesa L´Express, com uma passagem em que se transcreve o que conta o seu executor, Felix Rodriguez - um cubano, antigo agente da CIA, hoje exilado nos Estados Unidos.
Segundo relatos recentes, Che, enquanto comandante da prisão de Cabana, foi responsável directo e até executor, de dezenas de prisioneiros.
Félix conta que até ao último instante, El Comandante, pensava que iria ser poupado. Não foi, por ordem superior. No momento da execução, disse-lhe: Diz à minha mulher que volte a casar e tente ser feliz." Aleida March de la Torre, parece que tentou.
A última imagem do Che, minutos antes de morrer, é esta. Félix, está atrás, à esquerda de quem olha de frente para a imagem.
Nota: A hora exacta da execução, é apontada por Rodriguez, na L´Express como sendo as 13h e 20m. Na entrevista à Veja brasileira, refere 13h e 10m. Tanto faz, mas o pormenor da foto, interessa mais: quando foi tirada, Che ainda pensaria que sobreviveria. Logo a seguir, uma chamada, codificada, dos comandantes bolivianos, indicou a Félix Rodriguez, o que fazer: execução imediata. Segundo Rodriguez, El Che, quando se apercebeu do destino iminente, ficou lívido. Pudera.
O Público de hoje, consagra duas páginas centrais à efeméride. Duas páginas que acrescentam ao mito e nada fazem para o trazer à realidade dos factos históricos, só agora conhecidos. Há opções que definem outros mitos e lêndias.
Publicado por josé 01:19:00
8 Comments:
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Che foi executado, por ordem das autoridades bolivianas que o queriam morto, segundo se escreve agora.
Não foi julgado; não foi sequer pronunciado por qualquer crime e a sua execução, segundo indica o carrasco, Félix Rodriguez, determinou-se apenas por uma mensagem em código: "500-600". "500", significava Che; "600", morto e "700", vivo.
Segundo Rodriguez, ( no artigo que publiquei no DaLoja e em foto), a sua discordância perante as autoridades ( o coronel Zenteno), não foi atendida. Rodriguez tinha como missão conduzir o Che ao Panama, onde a CIA o pretendia interrogar.
Se foi assim, foi um assassínio puro e simples. Mas...e os outros que o próprio Che executou sozinho, o que foram? Execuções revolucionárias?
O artigo da L´Express é impressionante pelos relatos coincidentes dos antigos camaradas de armas do Che.
Che foi assassinado? Foi.
So what?
Na altura também já se percebia que ele assassianva todos os que se atravessavam à frente. Lembro-me de ler o diário e fiquei com essa ideia.
Claro que agora sabe-se o que fez em Cuba. Mas na Bolívia fez o mesmo.
Coisa que não estou a ver noutros "matadores" género Pinochet ou Galtieri ou Videla. Esses vejo-os de joelhos, implorando e balbuciando miserávelmente pela poupança das suas ignóbeis vidas em idêntica situação.
Outra coisa de que gosto em Che Guevara é que ele era capaz de sujar as próprias mãos, não mandava só matar, matava, "tinha-os no sítio", não era como os matadores acima citados que só tinham coragem de mandar matar.
E Félix Rodriguez não passa de um oportunista ambicioso vaidoso e mentiroso. No dia em que este post foi publicado vi um documentário na tv sobre o tema que me deixou bastante elucidado acerca do personagem.
Mas o problema é outro: el Che é autor directo de assasínios idênticos e outros ainda piores, como está agora abundantemente documentado através de depoimentos testemunhais.
Um deles, Sergio Garcia, irmão do preso político, Rafael Garcia, de 26 anos, polícia em Havana.
Foi acusado, pelos visto mal, de ter participado no assassinato de um membro do partido de Fidel. E por isso foi condenado à morte.
Antes da execução, a família, remexe tudo para encontrar provas da inocência do desgraçado. E encontra-as, indo esperançosa, mostrá-las ao chefe El CHE, fazendo-lhe ver o erro judiciário e as consequências para a jovem mulher que ficaria viúva. Nada feito. El comandante, responde assim ao irmão que agora conta a história: o seu irmão talvez esteja inocente, mas andava com o uniforme errado. Por isso tem de morrer."
Era este o humanismo do herói popular, agora celebrado.
E o morto, deixou uma carta que dizia assim:
" Meu amor adorado, esta é a última carta da minha vida. Os nossos quatro meses de casamento foram os mais belos do mundo. Estou orgulhoso da minha família. Amo-te até á loucura. A única coisa que me penaliza é que morro inocente."
A diferença entre esta declaração de amor e a do El Comandante, é muito simples de entender: EL CHe,ao contrário do polícia, sabia muito bem que não estava inocente.
qem quizer dar uma olhada no meu trabalho e so me enviar um email
thuliocribe@hotmail.com
obrigado!