O costume
segunda-feira, setembro 10, 2007
Já foi dito, redito, esclarecido em inquérito parlamentar vergonhoso e tudo. O anterior presidente da República nunca foi escutado no âmbito do processo Casa Pia.
No entanto, o comentador, cronista, romancista, Miguel Sousa Tavares, continua a afirmar que sim. Na última crónica, no Expresso, onde escreve sobre tudo e mais umas botas em saldo, vende este naco de mentira:
"Quando se descobriu que, por engano ou por excesso de zelo, até o Presidente da República foi escutado no ‘caso Casa Pia’, o anterior procurador veio afirmar candidamente que “não haveria mais” do que sete ou oito mil escutados habitualmente - como se fosse pouco!"
Num país civilizado, onde o respeito pelos leitores, fosse algo mais do que uma batata, este tipo de comentadores, seria relegado para o descrédito rápido e não voltaria a escrevinhar atoardas destas. Aqui, é promovido a guru de televisão, com audiência marcada.
Publicado por josé 20:49:00
Algumas talvez nunca tenham chegado ao conhecimento de quem de direito.
As que nos autos foram plasmadas, ao que parece, servem apenas para recreio de alguns.
Mas, ao que parece, ainda assim conseguem assustar uns outros.
Tem obrigação de saber, MST, que a responsabilidade do número de escutas e de escutados é, em primeira linha, dos juízes que as ordenam. Tem obrigação de saber porque é Advogado! E não é a primeira vez que MST, propositadamente, afirma que a culpa e a indecência do número de escutas e escutados, máxime do Processo Casa Pia, é/foi do MP.
Errar é humano, mas persistir no erro é burrice, persistir propositadamente no erro é desonestidade.
Miguel Sousa Tavares, embora tendo o grave defeito de pensar pelo filtro da direita, é apesar disso uma pessoa desassombrada, que não tem medo nem reverência por ninguém, que pensa pela sua própria cabeça, escreve com rigor e inteligência quando se trata de escrever artigos (no romance é banal)e tem ainda a qualidade que eu muito aprecio de ser azul e branco anti "vermelhusco". Resumindo, não é mau homem, tirando o defeito da direita e comenta oralmente ou por escrito de uma forma bastante interessante.