Segredos, quem os quer?
sexta-feira, agosto 10, 2007
Lisboa, 10 Ago (Lusa) - O director nacional da Polícia Judiciária (PJ), Alípio Ribeiro, afirmou hoje à Lusa que o caso do desaparecimento da criança inglesa Madeleine McCann "está longe de ser esclarecido", apesar de terem surgido "novos elementos na investigação".
"Há novos elementos na investigação, mas ainda não sabemos onde estes nos irão conduzir", acrescentou o responsável nacional da PJ, considerando, por isso, que a Judiciária "está longe de esclarecer o caso" do desaparecimento da menina inglesa de quatro anos de idade, a 03 de Maio passado na Praia da Luz, no Algarve.
Em declarações à agência Lusa, Alípio Ribeiro revelou que "houve uma evolução na investigação [com a recolha de novos elementos de prova], não estando, contudo, ainda bem claro em que sentido" se irá desenvolver o processo.
Muito bem. Exemplar, até. Só falha uma pequena coisa: os abusos acerca das violações do segredo de justiça, continuam, impunemente, porque não há modo de travar a curiosidade que mata os gatos e alimenta muita gente.
Parece, a ser assim, que há apenas uma solução para este imbroglio e estas contradições sucessivas que hão-de continuar com esta e com a futura lei de processo penal que prevê a matéria do segredo de justiça: mudar a lei. Alterar o regime do segredo e acolher a sugestão de Rui Pereira, enquanto responsável pela Unidade de reforma penal. E mesmo assim...
.
O que se lamenta é a subsistência de dois pesos e duas medidas nesta matéria. No caso da pequena Madeleine, ninguém se lembrou de pedir demissões de responsáveis da investigação criminal, sendo certo que os indícios acerca da responsabilidade das violações, são de uma evidência que dispensa prova. Noutros casos, como o da Casa Pia, mudam-se os códigos e exigem-se inquéritos parlamentares e os notáveis acusam abertamente na tv os responsávels pelas violações do temível segredo.
Publicado por josé 21:23:00
É que é de facto deplorável : ainda hoje se ouvia que um homem fora visto, saindo do local, pelas 21:30h. do dia, levando num cobertor uma criança.
Como é possível ninguém ter a noção de que se esse fosse o homem, também ele agora estava avisado...
É vergonhoso o que tem estado a acontecer e ninguém parece capaz de pôr cobro a este absurdo.
Ainda bem que se levanta pelo menos a voz dessa casa por este tema . Bem haja !
eheh
A polícia não está muito pior do que noutros tempos? Parece coisa de manicómio.