Barbas de molho
sexta-feira, agosto 24, 2007
Este caso Somague/PSD, de 2002, com factos suficientes para se poder afirmar que houve financiamento ilegal de um partido político, em termos criminais, pode ser um nado-morto. Adiantará investigar criminalmente estes factos? São de há cinco anos atrás e poderão indiciar, digo indiciar, crimes tão imponderáveis como o de corrupção, tráfico de influências ( apenas criminalizado em 1995) ou até, numa abordagem esotericamente alcaponiana, o de falsificação de documentos (!), o que, atentos os cinco anos da praxe da prescrição do artº 118º C.P. já estará prescrito, se o documento for o mero documento contabilístico.
Tendo em consideração o actual standard de investigação criminal atingido pelo DCIAP e cujo melhor exemplo recente é o caso estranho da falsificação de um diploma universitário, será caso para se ponderar e profetizar desde já, mais um falhanço rotundo, perante os métodos conhecidos de pedir documentos, em vez de os procurar; de ouvir pela rama quem sabe pouco e nem sequer esgravatar um pouco mais para confirmar ou infirmar suspeitas legítimas e generalizadas.
O anúncio grandiloquente de instauração de inquéritos, um dia destes, ainda dará vontade de rir, se é que não é esse, já, o sentimento generalizado de quem está já habituado a ver resultados nulos, perante expectativas tão anunciadamente prometedoras.
Mais a mais, a percepção geral da comunidade é que este tipo de comportamentos dos partidos políticos, é tão vulgar como a aceitação de ofertas sem contrapartidas. Como é que alguns políticos que sempre viveram do que o Orçamento lhes pagava legalmente, conseguiram casas, mais casas secundáras, carros, quadros, fundações, viagens para todo o lado e ainda assim, andam por aí como autênticos beneméritos da Nação?
A hipocrisia do PS ( vidè Vital Moreira) e dos outros partidos, neste caso singular, tem uma vantagem: no futuro, serão lembrados destas atitudes moralistas, que só se aguentam por um período de tempo limitado e enquanto as barbas nem estão de molho.
Ponham-nas!
Tendo em consideração o actual standard de investigação criminal atingido pelo DCIAP e cujo melhor exemplo recente é o caso estranho da falsificação de um diploma universitário, será caso para se ponderar e profetizar desde já, mais um falhanço rotundo, perante os métodos conhecidos de pedir documentos, em vez de os procurar; de ouvir pela rama quem sabe pouco e nem sequer esgravatar um pouco mais para confirmar ou infirmar suspeitas legítimas e generalizadas.
O anúncio grandiloquente de instauração de inquéritos, um dia destes, ainda dará vontade de rir, se é que não é esse, já, o sentimento generalizado de quem está já habituado a ver resultados nulos, perante expectativas tão anunciadamente prometedoras.
Mais a mais, a percepção geral da comunidade é que este tipo de comportamentos dos partidos políticos, é tão vulgar como a aceitação de ofertas sem contrapartidas. Como é que alguns políticos que sempre viveram do que o Orçamento lhes pagava legalmente, conseguiram casas, mais casas secundáras, carros, quadros, fundações, viagens para todo o lado e ainda assim, andam por aí como autênticos beneméritos da Nação?
A hipocrisia do PS ( vidè Vital Moreira) e dos outros partidos, neste caso singular, tem uma vantagem: no futuro, serão lembrados destas atitudes moralistas, que só se aguentam por um período de tempo limitado e enquanto as barbas nem estão de molho.
Ponham-nas!
Publicado por josé 13:48:00
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