Frágil. Cuidado!
quinta-feira, julho 12, 2007
Esta entrevista ( da Visão de hoje) de Carlos Pinto, 59 anos, presidente da Câmara da Covilhã, antigo correligionário de José Sócrates na Juventude Social Democrata, que mantém uma relação “óptima” com o primeiro-ministro actual, precisamente José Sócrates, revela em pouco mais de meia dúzia de respostas, temas suficientes para um tratado de sociologia política em Portugal, porque expõe, como poucas, as fímbrias da política à portuguesa actual e porventura, de sempre.
Quando o lodo atinge os centros de poder político executivo, do modo que se pode ler e adivinhar, sem que alguém tenha autoridade suficiente para dizer - basta!- e começar a limpeza moral, cívica e política, devemos concluir que o Portugal oficial do Diário da República, dos ministérios, do Terreiro do Paço e de quase todos os paços dos concelhos, está na decadência mais funda que explica todas as corrupções, todas as anomias e todas as manigâncias maquiavélicas, para conquista do poder almejado e ansiado pelos grupos, cliques e poderes fácticos.
Poderia dizer-se que é assim por todo o lado. Talvez seja um pouco assim. Mas nem tanto, afinal. E em Portugal, afinal, nem sempre assim foi. Mas hoje, é. Como se pode ler por quem saiba ler.
Além disso, a imprensa e media em geral, andam sumamente preocupados com a repressão governamental à liberdade de expressão, derivada das leis em preparação, mormente o Estatuto do Jornalista e as decisões da ERCS.
Não desvalorizando essas preocupações mais do que legítimas, ficam perguntas por fazer e respostas por dar. Por exemplo: o que impede os media, de procurarem saber mais verdades sobre este assunto de que trata a entrevista? É por ser um fait-divers, como já escreveu o director do SOL, com o aplauso de muitos Antónios Josés Teixeiras?
Desgraçado país, o que temos.
Nota em jeito de responsabilidade limitada: A revista Visão contém uma indicação a propósito da proibição de reprodução de textos e fotos, "sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusivé comerciais". Não esquecendo essa indicação, espero que se alguém da Visão não concordar com a publicação que faço destas duas páginas, tiradas em scanner da revista que comprei ( e portanto paguei e é minha), o diga, aqui, porque a caixa de comentários está aberta e o mail à vista.A publicação parte do princípio de que a reprodução da entrevista, sendo livre no site da revista, também autoriza a publicação noutro site como este. Se estiver enganado nos pressupostos, ficam desde já as minhas desculpas e a promessa de que retirarei de imediato as imagens supra.
Publicado por josé 13:30:00
ok, agora já podem, pois já guardei as imagens....
Ainda bem que a GLQL mantem o assunto em banho de maria - assim ninguém o esquece.
É um facto notório que, desde o início dos tempos, os interesses económicos "moldaram" os que exerciam o poder e, consequentemente, as sociedades respectivas. O 25 de Abril apenas permitiu uma maior "democratização" no acesso ao poder (e a todos os níveis da sociedade). Assim se compreende o actual sentimento popular de rejeição/indiferença em relação aos políticos e também aos conteúdos veiculados pelos meios de comunicação: no fundo, ambos são "manobrados" pelos interesses económicos que os promovem (ou dos quais dependem).
Só que, se este comportamento é compreensível, pelo menos em relação às pessoas mais velhas que têm uma relação de comparação com o regime anterior, cabe a estas o papel fundamental de alertar as consciências daqueles que só conseguem pensar na melhor forma de pagar as contas no final do mês, vivendo numa alienação atroz face ao actual (dos últimos 30 anos) rumo imprimido em Portugal.
Mas louve-se, porém, quem não é hipócrita e que coloca tudo a nú.
Parabéns pelo blog e pela defesa da liberdade de pensamento e expressão.
Nitidamente existe um sentimento não só de impunidade como até de que o crime compensa.
Perdoaram as FP´s e condenaram os respectivos arrependidos.Promoveram as tropas do lado perdedor do PREC.Beneficiaram a manualidade que por uns cursos manhosos acabaram por vencer como licenciados (aos milhares).Elegem-se verdadeiros analfabetos e paga-se a ele e aos assessores.
A crise? Claro que era inevitável... mas agora pagam os "certinhos" por "solidadriedade", nomeadamente com os imigrantes nacionalizados e não necessários...
Com esta governação científica o que era para admirar era não se estar na mó de baixo...
Nitidamente existe um sentimento não só de impunidade como até de que o crime compensa.
Perdoaram as FP´s e condenaram os respectivos arrependidos.Promoveram as tropas do lado perdedor do PREC.Beneficiaram a manualidade que por uns cursos manhosos acabaram por vencer como licenciados (aos milhares).Elegem-se verdadeiros analfabetos e paga-se a ele e aos assessores.
A crise? Claro que era inevitável... mas agora pagam os "certinhos" por "solidadriedade", nomeadamente com os imigrantes nacionalizados e não necessários...
Com esta governação científica o que era para admirar era não se estar na mó de baixo...
Desgraçado País, o que temos!!!
A manipulação sibilina, silenciosa, mantém-se, coadjuvada pelos fazedores de notícias, na sua pequenez pensante, atrofiada, pelas palas laterias.
Gostei do seu texto.
Parece que temos que começar a olhar pró lado antes de falar, como no da velha senhora.
socialistas ?!!! isto é um governo socialista ?
"As imagens" e... o texto. Tudo depende de aparecer alguém que lhe "peça" para retirar os conteúdos, como sucedeu há uns dias com o Apdeites. Foi uma coisa talvez única, sem precedentes, mas nunca se sabe quando poderá voltar a suceder, em especial se esse "alguém" for de opinião de que não existem direitos de autor na blogosfera.
Qualquer pessoa pode seguir o link e ler.
Mesmo indo por aí não há comparação. O texto completo da Visão não só está online, como não está protegido.
Qualquer pessoa pode seguir o link e ler.
Não entendi. Devo ser (ou estar) lerdo. "Mesmo indo por aí"... por onde? O texto do Expresso que citei - e que fui "obrigado" a retirar - também estava, evidentemente, "online". Caso assim não fosse, tratar-se-ia de uma transcrição de texto impresso.
"Não há comparação"? Bem, não vejo a mais ínfima réstia de diferença. E essa de o texto não estar protegido deve ser brincadeira sua.
Mas enfim, o seu "nome" não me é estranho. Acho que já li antes algumas coisas suas, não apenas igualmente hilariantes como com o mesmo grau de convencimento. Não lamento informá-la, de novo, de que está redondamente enganada.
Mas eu comprei a revista e aqui até lhe faço publicidade...
Se isso acontecer, deixarei pura e simplesmente de comprar e ler a revista, porque entenderei que não vale a pena andar a alimentar revistas assim.
Mas, como escreve jpg no Apdeites, será muito interessante depois, configurar uma análise cuidada ao conteúdo da própria revista, no que concerne a originalidades e comparar ainda outros blogs.
No caso concreto, ser-me-ia relativamente fácil reproduzir o conteúdo da entrevista que é curta, citanto excertos significativos e alterando a ordem de modo a que ninguém pudesse argumentar que estaria a reproduzir textos e imagens originais. A citação ainda não é coisa proibida, penso eu de que ( e não pago direitos por dizer isto).
No entanto, quando alguém reproduz uma imagem de capa de revista, e de outros artefactos com direitos de autor protegidos, quid juris?
A capa pode ser reproduzida ( mesmo com imagens originais) e o conteúdo de uma página interir já não pode? E onde é que se estabeleceu formal e legalmente essa diferença?
Isto é (mais) uma questão de lana caprina, com sua licença.
TODOS os conteúdos online de publicações ditas tradicionais (imprensa em papel) estão protegidos a priori, a não ser que exista uma declaração de renúncia expressa desses direitos. A cópia e ou reprodução apenas poderão ser efectuadas com autorização expressa do(s) detentor(es) desses direitos.
Evidentemente também, como sabemos, ninguém liga nenhuma a isso e é prática normalíssima o copy/paste de artigos jornalísticos, fotografias, etc., sem qualquer espécie de engulho.
Quando referi a diferença de tratamento entre o que se passou no Apdeites e, por exemplo, o conteúdo deste "post", pretendia apenas realçar essa mesma diferença de tratamento, para casos rigorosamente iguais, e não a putativa responsabilidade ou efectividade inerentes.
Queria significar, em resumo, que os "direitos de autor" são, em Portugal, um simples pretexto para quando a algum tipo mais mal disposto apetece chatear alguém. Toda a gente se está altamente nas tintas para o copyright, a não ser que isso sirva como arma de arremesso.
OK?
Quanto à essência do que fica em jogo, nesse caso e que é assegurar a boa investigação ou manter o bom nome dos suspeitos, poucos se importam.
No caso dos copyrights, é um pouco isso. Julgo porém que o essencial de quem cita ou copia trabalhos alheios é um: dizer de quem são.
Mesmo que sejam duas frases de um livro, deve dizer-se logo que foram copiadas daqui ou dali.
Desconfio que muito trabalho que tenho lido ultimamente nos jornais, de âmbito cultural, tem mais a ver com copy&paste do que com ideias originais e trabalho árduo de pesquisa.
Nem me importaria muito com isso, desde que se mencionassem as fontes, o que quase nunca acontece.
É uma ética que não me agrada e que vejo disseminada.
Nem estava a perceber o assunto. Percebi o que o José disse porque sei do cuidado enorme que ele tem nestas matérias.
Em relação à comparação e protecção estava a pensar (e a referir) outra questão.
Na Visão o texto online não requer pagamento de leitor. Pode ser lido livremente por qualquer um. No Expresso e, por exemplo, no Público muito dele requer pagamento.
O meu critério, para além de citar sempre as fontes é achar que não terei propriamente o mesmo direito de divulgar um conteúdo pago de um conteúdo gratuito.
Por isso, nos casos em que não consigo resistir e me apetece mesmo passar para o blogue, com link e referência da proveniência, em sendo pagos, só costumo copiar passagens.
Não coloco o texto todo no própprio dia. Pensando que, de certo modo, não estou a "piratear" a minha compra de leitor.
Sendo que nem faço a menor ideia de quantos leitores vão ao Cocanha pois nem possuo sitemeter.
E, é verdade, que às vezes furo esta "regra" que achei por bem inventar. Este fim-de-semana então foi logo o VPV e o Pedro Mexia, chapadinhos na íntegra.
Penso que não há-de ser grande mal, pois cito que escreveram no Público e até estão entre os poucos bons motivos pelos quais vale a pena ler o jornal
ahahaha
Era a isto que me referia ao falar em "protegido". Pelos vistos não era essa a sua questão.
Defendo que se deve sempre citar de onde se retira algo. Mesmo uma simples imagem. Se me escapou alguma foi por mesmo por absoluto esquecimento, ou por pensar que já se tinha percebido de onde vinha.
Só mesmo no que é "universal"- tipo reprodução de quadro que toda a gente conhece é que não vejo necessidade disso.
Esta é a mesma regra que se usa em termos académicos. Citar sempre as fontes e atribuir autores a fotos.
Não só não custa nada, como é extremamente útil. É um bom hábito que se pode ganhar. Em querendo saber mais do autor, está ali a referência.
"Mas enfim, o seu "nome" não me é estranho. Acho que já li antes algumas coisas suas, não apenas igualmente hilariantes como com o mesmo grau de convencimento. Não lamento informá-la, de novo, de que está redondamente enganada.
É capaz de ter lido. Deu no teatro: fiz parte da comédia do Raymond Queneau encenada pelo La Féria.
Não o disse na altura, porque ia repetir-me. Se já leu as minhas comédias, também deve estar a par do que penso e tenho dito dessa personagem.
É mesmo caso de comédia à La Féria. Mais divertidas que as minhas encenações no metro.