os argumentos de Tadeu

O jornal 24 Horas, na edição de hoje, publica a resposta numa página e com chamada na primeira página, mas com o destaque diminuído e amarfanhado num título fabricado pelo director do próprio jornal: “juiz nega ter dito que miúdo abusado teve prazer”.

O director deste jornal decadente, Pedro Tadeu, aproveita a mesma página do direito de resposta, para ele mesmo responder à resposta, em lugar destacado e cortando o efeito da resposta de modo imediato e notoriamente desajustado ao equilíbrio do direito de resposta do visado pela notícia. Segundo se adivinha, os visados por estas notícias, se responderem, solicitam a publicação ficando o director da publicação com o direito de o fazer, dois dias após a recepção da resposta. Publicada esta, o director exerce logo o seu direito de resposta à resposta. E com a última palavra, no mesmo sítio e dizendo o que lhe aprouver.
Vejamos, no caso, qual foi:
Pedro Tadeu, o intrépido repórter em prol da verdade sobre os famosos o dinheiro e o crime, coloca assim, em evidência, a sua resposta à resposta: “o 24 Horas afirma ter toda a razão”. Repare-se bem: “toda a razão”! Ou seja, os argumentos do conselheiro, coitado, ficam relegados para a franja dos arrazoados inconsistentes. Assim, sumariamente. Vejamos então como é que isto se faz e qual o método do intrépido Tadeu, com provas dadas na manipulação mais soez, no caso do envelope nove, por exemplo.

Começa logo por afirmar que o texto do Conselheiro está eivado de erros e contradições. Uma afirmação deste jaez, logo a abrir, precisa de sustentação. Qual será?
Acha que o telefonema da jornalista, ao contrário do que afirma o Conselheiro, era uma evidência de publicação de notícia, do modo como o foi, com o enquadramento refutado e tudo…
Era não era?! Toda a gente está a ver que era…porque é o próprio director quem o diz. O que o conselheiro disse, vale zero de credibilidade e é uma contradição ou um erro!!!
Em segundo lugar, atira à cara do Conselheiro uma inexactidão. Esta, então é de rir ou de chorar, não estivéssemos perante um profissional da escola do Avante: quando o Conselheiro afirma que nunca disse a frase da primeira página e reivindica a ofensa à honra, pela publicação de que “o miúdo de treze anos teve prazer quando foi abusado”, ou seja, e conforme o titulo de 30 de Maio – “Juiz garante que miúdo de 13 anos teve prazer quando foi abusado”- toda a gente que lê o jornal entende o que está á vista de qualquer mentecapto e que é exactamente essa mensagem que o director do 24 Horas, tem o supremo topete de negar. Atreve-se agora a escrever que “ nunca essa frase, em momento algum, he foi atribuída por este jornal!” E explica que “foi apenas um título jornalístico que interpreta e sintetiza de forma totalmente correcta as declarações de Artur Costa”.
Mais claro e explícito não poderia ser.
Lembro-me de um título do mesmo jornal há mais de um anos atrás, quando o director Pedro Tadeu, descobriu, de forma manhosa que havia uma lista de números de telefone numas disquetes apensas ao processo casa Pia e titulou que “até os telefonemas de Jorge Sampaio foram investigados no processo Casa Pia”. Perante a negação da atoarda que se mostrou ser um facto completamente falso, nunca o intrépido Pedro Tadeu desmentiu fosse o que fosse e no dia seguinte titulou perante a o gáudio geral que “A mentira é sua snr. Procurador”. Alguém na altura o desmentiu ou se preocupou com o jornalismo de "chiqueiro", de Tadeu? Pois é...

Ora então aí está o estilo de Pedro Tadeu em todo o esplendor que se reforça sempre num estranho pendor para o absurdo, naquilo que vai escrevendo.
E quanto às fotos e ao abuso da sua utilização, vigorosamente denunciado pelo Conselheiro no direito de resposta, nem uma linha. Como será perfeitamente compreensível para quem fez tábua rasa do aviso que lhe fizeram por ocasião da busca ao jornal. Apesar do aviso sério e solene dos investigadores presentes, no sentido de não serem autorizadas fotos da diligência e das pessoas presentes, no dia seguinte foi um fartote de desobediências à ordem. Nem sei o que sucedeu, mas sei que com intrépidos jornalistas tipo Tadeu, os argumentos palavrosos valem nada.
Mas há outros...

Publicado por josé 16:05:00  

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