Uma questão em aberto

Sobre crianças desaparecidas, um especialista em investigação, declarou hoje o seguinte:

O presidente do Grupo Especialista em Crimes contra Menores da INTERPOL disse hoje em Lisboa que num caso de desaparecimento de crianças ou adultos as primeiras 24 horas são cruciais.
O comandante Alain Remue falava na II conferência europeia sobre Crianças Desaparecidas e Exploradas Sexualmente, que decorre em Lisboa para assinalar o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas.
Segundo este responsável, há três regras básicas de investigação iguais para todo o mundo: cada caso é um caso (não existe um desaparecimento igual), as primeiras 24 horas são cruciais e nunca se deve dizer nunca.

Lisboa, 25 Mai (Lusa) -

Enquanto cidadão que escreve neste blog, ainda estou à espera de uma explicação da polícia portuguesa ( GNR e PJ e ainda SEF), acerca do modo de operação, concreto, no caso do desparecimento da pequena Madeleine, no Algarve.
Li há uns dias uma declaração extraordinária do sindicalista da PJ, Carlos Anjos, a dizer que correu tudo muito bem porque a investigção da PJ começou... seis horas depois!!! Acrescentou que nem é costume ser assim tão rápido.

Pela minha parte, sinceramente, só pretendo que alguém da PJ ou da GNR venha explicar, se de facto aquilo que o especialista da INTERPOL, disse, hoje, será novidade para alguém naquelas polícias. E se o for, o que é que andam a fazer os elementos dessas polícias que fazem ligações com a Interpol ,etc.
Se não for, o que é que aconteceu, de facto, para se demorar seis horas ( se é que não foram mais) e ainda para saber se houve aquela rábula do costume que é a de desvalorizar os desaparecimentos de pessoas, confiados na estatística de que "isso não é nada", "ela aparece", "não se preocupe".

Acho que ainda ninguém colocou a questão nestes termos e é tempo de a colocar abertamente. Para que no futuro, este género de coisas, nunca, mas nunca mais aconteça.

Nota: Afinal, parece que nada haverá a esclarecer. O PGR, ouvido mesmo agora na SIC, declarou que a polícia nada tem a aprender de novo com este assunto. "É um crime muito difícil de decobrir", disse o PGR.

Publicado por josé 20:30:00  

12 Comments:

  1. naoseiquenome usar said...
    José:
    carlos Anjos, Sindicalista.
    Não aprecio Sindicalistas.
    Mas isso não me faz menosprezar o trabalho dos "técnicos".

    6 horas após os factos, tudo dependendo da hora de alerta, é um tempo "bom", vai desculpar-me.
    Quando.... há processos há 14 anos nas secretarias....
    zazie said...
    Mas que diabo de comparação pode existir entre o facto e haver processos por resolver e dar-se um alerta imediato à polícia de trânsito?

    Isto tem alguma lógica? Era preciso resolver algum caso para se actuar?

    E actuar é algo de complicado que não seja, antes de mais, dar logo alerta e fazer controle de viaturas para evitar uma fuga?

    Onde é que está o problema? Acaso é habitual entrarem ladrões em casa e, em vez de levarem os computadores e máquinas fotográficas levarem uma criança?

    O que mais que tinham de fazer mal foi confirmado o rapto era alerta imediato para tudo quanto era trânsito. Cá e em Espanha.

    Quando é que isso foi feito?

    Tiveram de resolver processos inexplicáveis a aguardar novos dados há 14 anos para isto?
    zazie said...
    Este comentário foi removido pelo autor.
    zazie said...
    Seis horas é tempo bom para se dar um alerta à polícia de trânsito... pergunto eu, já agora, qual o tempo bom para se aguardar que a polícia atenda um telefone ou se desloque até um local de crime ou de rapto.

    Porque, se é capaz de se deslocar em menos de 6 horas, para que servem as 6 horas seguintes` à confirmação do rapto?

    Servem para voltarem para as secretárias e darem seguimento aos tais processos a aguardarem há 14 anos... só pode.

    Ou então, para esperarem que a menina que e roubada de uma casa se lembre de voltar pelo seu pé, a meio da noite. Deve ser habitual as crianças sairem a dormir de dentro de casa para irem dar umas voltas nocturnas, mesmo quando se detectam sinais que alguém entrou para a ajudar nesse "passeio"
    Luís Bonifácio said...
    Mais interessante seria explicar porque os media ingleses não dedicaram uma linha/imagem às 800 crianças que desapareceram em Inglaterra desde que Madeline desapareceu em Portugal.
    naoseiquenome usar said...
    A Zazie só precisa de tomar o comprimidito para se acalmar.
    Vá lá, não se esqueça.
    zazie said...
    E v. precisava de tomar o quê? conte lá. É capaz de explicar o que escreveu?

    Se lhe raptassem um filho também achava que ficarem 6 horas sem alertarem a polícia de trãnsito era uam medida razoável tendo em conta que têm processos nas secretárias com 14 anos?

    V. escreve uma anormalidade e eu é que tenho de tomar comprimidos?
    zazie said...
    É que ainda se podia ter lembrado de outro disparate menos caricato. Mas dizer que ficarem 6 horas sem fazer nada é natural por causa dos casos insolúveis que estão há anos nas secretárias...

    faz favor...
    naoseiquenome usar said...
    Game over, como diria o Manel, zazie. Ainda há-de , um dia, tomar consciência de que não há pachorra para a aturar.
    zazie said...
    e nem lhe vou perguntar o motivo pelo qual disse que demorarem 6 horas é bom, porque tudo dependia da hora do alerta...
    zazie said...
    Pois, v. diz disparates, não consegue explicá-los e depois diz que não tem pachorra

    ahahaha

    Disse uma bacorada. Mais nada. E eu até achei piada à bacorada com a justificação da papelada à espera que impedia uma ordem rápida para fazerem verificação a todos os carros.
    zazie said...
    Mas gira mesmo foi a bacorada mor do PGR. É um crime muito difícil de se descobrir.

    Entram na casa de um casal, levam-lhe uma filha, ficam horas sem fazer nada e agora este sabe que é um crime muito difícil de se descobrir...

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