As cópias rasteiras
terça-feira, maio 29, 2007
Mesmo algumas pessoas que nada percebem de música, como os Gato Fedorento, entendem que a música rock, bebeu uma boa parte da sua inspiração primordial, na música negra dos blues. Os artistas brancos dos 50´s copiaram os acordes dos negros dos 40´s e elevaram a música popular a novas alturas sonoras, com proveitos para todos. Alguns, ainda assim, não gostaram, porque o seu deve ter o seu dono e a cópia sem referência, tem um nome: plágio.
Em 1999, o grupo americano de rock, ZZ Top, accionou judicialmente, a fábrica de carros Chrysler Corp. Num dos vídeos de promoção de um novo modelo de carro, o Plymouth Prowler, a música que acompanhava as imagens frenéticas de movimento, vinha do tablier, bem ritmada, mas sem nome audível. Era precisamente o LaGrange, dos “plaintiff” e que se acharam legitimados a pedir responsabilidades em sede judicial por violação de direitos de autor da música que lhes pertencia. Só a música e que se ouvia num fundo de vertigem rotativa.
A defesa da Chrysler, foi ainda mais interessante: sim, a música era o LaGrange, dos ZZTop, mas também eles a copiaram de um outro artista negro dos anos cinquenta: John Lee Hooker, um dos grandes do blues e que compôs Boogie Children com os mesmos riffs de guitarra que os ZZTop copiaram. E ainda citaram outro artista copiado nessa mesma canção: Norman Greenbaum e Spirit in the Sky.
A argumentação jurídica era simples: como o direito de autor pressupõe o requisito de originalidade, na ausência desta e perante a cópia…nicles deveria ser a resposta do tribunal.
Mas não foi. O juiz entendeu que a composição dos ZZTop, embora parecida, tinha elementos de originalidade e assim decidiu não atender à filosofia agora em voga, de extenso relativismo moral de que “ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão”. E vai daí, decidiu que a questão tinha rodas para rolar.
A história original que agora copiei, vem aqui e até se pode ver o vídeo e escutar o LaGrange.
Em 1999, o grupo americano de rock, ZZ Top, accionou judicialmente, a fábrica de carros Chrysler Corp. Num dos vídeos de promoção de um novo modelo de carro, o Plymouth Prowler, a música que acompanhava as imagens frenéticas de movimento, vinha do tablier, bem ritmada, mas sem nome audível. Era precisamente o LaGrange, dos “plaintiff” e que se acharam legitimados a pedir responsabilidades em sede judicial por violação de direitos de autor da música que lhes pertencia. Só a música e que se ouvia num fundo de vertigem rotativa.
A defesa da Chrysler, foi ainda mais interessante: sim, a música era o LaGrange, dos ZZTop, mas também eles a copiaram de um outro artista negro dos anos cinquenta: John Lee Hooker, um dos grandes do blues e que compôs Boogie Children com os mesmos riffs de guitarra que os ZZTop copiaram. E ainda citaram outro artista copiado nessa mesma canção: Norman Greenbaum e Spirit in the Sky.
A argumentação jurídica era simples: como o direito de autor pressupõe o requisito de originalidade, na ausência desta e perante a cópia…nicles deveria ser a resposta do tribunal.
Mas não foi. O juiz entendeu que a composição dos ZZTop, embora parecida, tinha elementos de originalidade e assim decidiu não atender à filosofia agora em voga, de extenso relativismo moral de que “ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão”. E vai daí, decidiu que a questão tinha rodas para rolar.
A história original que agora copiei, vem aqui e até se pode ver o vídeo e escutar o LaGrange.
As imagens foram vergonhosamente copiadas de sítios na net.
Publicado por josé 23:23:00
3 Comments:
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Existe uma certa blogosfera que quer, também ela, participar na GREVE GERAL, só que não sabe como.
É simples, basta colocar esta imagem no teu blog:
http://img409.imageshack.us/img409/9072/grevegeralvz7.jpg
Porque tu tens um amigo que tem um blog, porque alguém do teu livro de endereços tem outro amigo que tem um blog, é importante que contribuas para o movimento "assim não!".
Antes de reenviares a todos os constantes do teu livro de endereços, apaga por favor o remetente (from): estamos num estado de pré-ditadura
Esta coisa do plágio musical tem de facto muito que se lhe diga. Eu até sou daqueles que defende que a música não tem dono e na verdade, hoje é cada vez mais assim, é inelutável.
E os exemplos estão em todo o lado, estou a lembrar-me por exemplo do Paco Bandeira que também uma vez se inspirou numa melodia clássica qualquer. E como ele muitos o fizeram. No rock há inúmeros exemplos.
É óbvio que há casos demasiado evidentes, como é o do GF, e que devem ser protegidos pelos direitos de autor mas a fronteira entre a criação original e o plágio é muito pouco nítida e difícil de traçar. Aliás, para mim, hoje, na música, já nada é original. Mas a intenção também conta.