Observatório 2008 -- Rudy foge de McCain
quinta-feira, março 22, 2007
Rudy Giuliani: quase seis anos depois, a imagem do pós-11 de Setembro ainda vale ao antigo mayor de Nova Iorque um capital político que lhe poderá garantir a nomeação republicana
Rudy Giuliani é o front-runner da corrida pela nomeação republicana para 2008. O ex-presidente da câmara de Nova Iorque, que mais de cinco anos depois de ter abandonado funções ainda é visto como o Super Mayor da America, pela forma como enfrentou o pós-11 de Setembro na Big Apple, partiu como eventual opositor ao inicialmente favorito John McCain, mas está a surpreender pela forma se tem distanciado do senador pelo Arizona.
A imagem de Rudy como corajoso e determinado líder a defender o seu território após o ataque dos terroristas parece ter sido a solução mágica para obter a nomeação. Giuliani tem-se mantido cautelosamente afastado da discussão sobre o Iraque, mas tem sabido capitalizar o facto de ser um candidato com perfil bem diferente de George W. Bush: é mais cosmopolita, mais aberto ao mundo exterior (o que o torna num candidato mais apetecível para o eleitorado independente e mesmo para alguns sectores democratas), e mostra-se moderado em temas como o aborto ou a orientação sexual.
Se, numa situação normal, Rudy teria um perfil demasiado liberal, demasiado pro choice nesses temas, para quem pretende ser escolhido pelo Partido Republicano, a verdade é que a queda livre de George W. Bush pode vir a ser a sorte de Giuliani. A questão é qie o trabalho relativo aos temas de segurança e do combate à criminalidade que Rudy tem para mostrar enquanto mayor de Nova Iorque conferem-lhe uma grande credibilidade enquanto candidato presidencial.
Mas Rudy está longe de se mostrar um candidato imbatível: se for mesmo investido como candidato republicano, há temas em que dificilmente escapará ileso no eleitorado típico dos republicanos. Giuliani é casado pela terceira vez, terá dificuldades em se mostrar como o americano típico em que os eleitores dos estados que tradicionalmente votam republicano se revêem.
Ainda à espreita está John McCain. O senador pelo Arizona era, até há uns meses, o candidato natural dos republicanos, mas tem tido vida complicada desde que a campanha começou a arrancar. As sondagens insistem em revelar que McCain não consegue reaproximar-se de Giuliani, embora se mantenha como único candidato com hipóteses reais de retirar a nomeação de Rudy.
O senador pelo Arizona está a pagar a factura do seu apoio ao envio de mais de 21500 soldados americanos para o Iraque. McCain é uma voz respeitada pelos americanos nestes temas sobre a guerra e até já criticou duramente a estratégia de alguns falcões como Dick Chenney ou, sobretudo, Donald Rumsfeld, tendo responsabilizado a antigo secretário da Defesa por aquilo que correu mal.
Há quem acredite que a coerência de McCain, que não teve medo de dar a sua opinião sobre o envio de mais tropas mesmo sabendo que iria ser penalizado nas sondagens, pode ser-lhe frutuosa, dentro de alguns meses. Pode ser que sim: mas este não é o único problema do senador.
Para muitos, a grande questão é a idade. Se for eleito Presidente, McCain terá 73 anos a 20 de Janeiro de 2009 e será o mais velho a tomar posse — mesmo contando com Ronald Reagan. As sondagens têm mostrado que esse pode ser um factor a ter em conta.
Mitt Romney, que está na corrida há quase três meses, não consegue descolar dos 7 a 10 por cento e já se percebeu que não terá hipóteses reais de sonhar com a nomeação. Newt Gingrich ainda não anunciou a candidatura, mas se avançar pode chegar a números próximos dos de McCain, mas ainda muito distantes de Giuliani. Todos os outros candidatos têm números insignificantes.
Aqui ficam os dados mais recentes da corrida republicana:
— Rudy Giuliani 40
— John McCain 20
— Newt Gingrich 10
-- Mitt Romney 7
-- Sam Brownback 2
-- Mike Huckabee 2
-- Jim Gilmore 1
-- Chuck Hagel 1
-- Outros 2
(Time)
-- Giuliani 34
-- McCain 18
-- Romney 9
-- Gingrich 9
(CNN)
-- Giuliani 33
-- McCain 15
-- Gingirich 13
-- Romney 10
(Rasmussen Reports)
A imagem de Rudy como corajoso e determinado líder a defender o seu território após o ataque dos terroristas parece ter sido a solução mágica para obter a nomeação. Giuliani tem-se mantido cautelosamente afastado da discussão sobre o Iraque, mas tem sabido capitalizar o facto de ser um candidato com perfil bem diferente de George W. Bush: é mais cosmopolita, mais aberto ao mundo exterior (o que o torna num candidato mais apetecível para o eleitorado independente e mesmo para alguns sectores democratas), e mostra-se moderado em temas como o aborto ou a orientação sexual.
Se, numa situação normal, Rudy teria um perfil demasiado liberal, demasiado pro choice nesses temas, para quem pretende ser escolhido pelo Partido Republicano, a verdade é que a queda livre de George W. Bush pode vir a ser a sorte de Giuliani. A questão é qie o trabalho relativo aos temas de segurança e do combate à criminalidade que Rudy tem para mostrar enquanto mayor de Nova Iorque conferem-lhe uma grande credibilidade enquanto candidato presidencial.
Mas Rudy está longe de se mostrar um candidato imbatível: se for mesmo investido como candidato republicano, há temas em que dificilmente escapará ileso no eleitorado típico dos republicanos. Giuliani é casado pela terceira vez, terá dificuldades em se mostrar como o americano típico em que os eleitores dos estados que tradicionalmente votam republicano se revêem.
Ainda à espreita está John McCain. O senador pelo Arizona era, até há uns meses, o candidato natural dos republicanos, mas tem tido vida complicada desde que a campanha começou a arrancar. As sondagens insistem em revelar que McCain não consegue reaproximar-se de Giuliani, embora se mantenha como único candidato com hipóteses reais de retirar a nomeação de Rudy.
O senador pelo Arizona está a pagar a factura do seu apoio ao envio de mais de 21500 soldados americanos para o Iraque. McCain é uma voz respeitada pelos americanos nestes temas sobre a guerra e até já criticou duramente a estratégia de alguns falcões como Dick Chenney ou, sobretudo, Donald Rumsfeld, tendo responsabilizado a antigo secretário da Defesa por aquilo que correu mal.
Há quem acredite que a coerência de McCain, que não teve medo de dar a sua opinião sobre o envio de mais tropas mesmo sabendo que iria ser penalizado nas sondagens, pode ser-lhe frutuosa, dentro de alguns meses. Pode ser que sim: mas este não é o único problema do senador.
Para muitos, a grande questão é a idade. Se for eleito Presidente, McCain terá 73 anos a 20 de Janeiro de 2009 e será o mais velho a tomar posse — mesmo contando com Ronald Reagan. As sondagens têm mostrado que esse pode ser um factor a ter em conta.
Mitt Romney, que está na corrida há quase três meses, não consegue descolar dos 7 a 10 por cento e já se percebeu que não terá hipóteses reais de sonhar com a nomeação. Newt Gingrich ainda não anunciou a candidatura, mas se avançar pode chegar a números próximos dos de McCain, mas ainda muito distantes de Giuliani. Todos os outros candidatos têm números insignificantes.
Aqui ficam os dados mais recentes da corrida republicana:
— Rudy Giuliani 40
— John McCain 20
— Newt Gingrich 10
-- Mitt Romney 7
-- Sam Brownback 2
-- Mike Huckabee 2
-- Jim Gilmore 1
-- Chuck Hagel 1
-- Outros 2
(Time)
-- Giuliani 34
-- McCain 18
-- Romney 9
-- Gingrich 9
(CNN)
-- Giuliani 33
-- McCain 15
-- Gingirich 13
-- Romney 10
(Rasmussen Reports)
Publicado por André 17:47:00
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