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A Casa da Música [Porto] em 2007 disporá de 4,4 milhões de € do seu orçamento para programação musical, este parece-me ser um montante razoável, nada portanto a opor quanto a isso. Atendendo, no entanto, a que o Estado nesse ano contribuirá com 10 milhões de euros para a despesa corrente do equipamento; a que a CMP, pelos estatutos da fundação, contribuirá para o financiamento das actividades desta com uma verba não especificada; a que haverão receitas de exploração significativas; e a que os encargos com salários dos músicos da ONP serão suportados autonomamente pelo Ministério Cultura (embora essa verba vá decrescer até “0” nos próximos 5 anos, o que, em minha opinião, foi uma forma de de o MC decretar, a prazo e sem hematomas de maior, o fim da orquestra, mas este será um assunto objecto de uma futura posta) pode-se concluir que a CdM, por ano, gasta com ela própria muito mais de 5,6 milhões de € ou seja muito mais do dobro do que dispõe para a finalidade para que foi construída. Admito que o problema seja meu, mas há algo aqui que me parece errado ou que necessita de ser explicado rapidamente, principalmente por se tratar de uma estrutura que é nova mas que parece funcionar com os mesmos defeitos das velhas. Mas como referi, é de admitir que o problema possa ser só meu.
Publicado por contra-baixo 12:52:00
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