Um PGR de perfil.

Mulher ou Homem. De meia idade ou para cima na idade; alto, baixo ou de média estatura.
Jurista de preferência; logo, advogado, magistrado ou professor de Direito.
Alguma experiência política, bastando no currículo um mero convite para integrar listas de deputados ou um qualquer cargo de relevância política.
Capacidade em lidar com organizações complexas e recursos humanos de especial sensibilidade, escolhendo o staff mais adequado.
Capacidade em comunicar rapidamente decisões sobre assuntos mediáticos.
Capacidade em perceber e distinguir tudo o que contenda com direitos, liberdades e garantias de quem se vê envolvido em questões judiciais. Percepção nítida da lei vigente e do espírito que a mesma contém, mesmo em contra-senso.
Capacidade em distinguir os momentos próprios para agir publicamente ou calar-se em retiro táctico.
Habilidade para conseguir a verdadeira independência: a que sossega a consciência dos deveres assumidos.
Assim fica escolhido o novo PGR.

Publicado por josé 14:13:00  

6 Comments:

  1. Pedro Soares de Albergaria said...
    Mulher. E também acho que começa por "C".
    e-ko said...
    Ai, não, mais uma vez, não é mulher, nem anti racista... "à l'usage..." acertaram ? não acertaram...? encore une fois, josé, "á l'usage..." como tudo, neste mundo! Vocês sabem mais do que eu... sobre o que aqui se passa nos bastidores... mas numa terra de cegos, só me chega um olho!
    josé said...
    Pedro Soares de Albergaria:

    Acho que havia uma alternativa a este nome, bem mais interessante...mas vamos a ver, como diria o cego.

    Por mim, está já tudo visto.

    Vou fazer pausa nestas matérias e vou dedicar-me mais ao trabalho do dia a dia e a escrever sobre...música.

    Estou a preparar uma letra inédita para uma canção clássica.
    E por aí ficarei.
    zazie said...
    que canção clássica? não me diga que é a do bandido

    ":O))))
    Arrebenta said...
    O Novo Procurador-Geral da República

    Ontem, estávamos todos à porta dos sanitários da A5, Sentido Cascais, à espera de que passasse a boca do Dr. Paulo Portas, desilusão total, devia estar de piquete noutras bandas, ainda ligámos para a "Sheila", que domina a zona Aveiro-Braga, nada da boca da "outra", deu-nos para discutir o perfil ideal do Senhor Procurador-Geral da República: não devia ter nariz, para não sentir o cheiro do estado geral do País; devia ser surdo, para não ouvir mais escutas, e todos os nomes implicados em tudo o que era porcaria e obscenidade no Rectângulo; devia sofrer de Alzheimer, para esquecer, em dois dias, o "Casa Pia", o "Caso Moderna", o "Apito Dourado", a "Operação Furacão", tudo o que anda a pairar no ar, e nunca foi verdadeiramente investigado, e o restante etc.; devia ser apanhadinho das mãos, para não ter a tentação de agarrar em novos "dossiers", como as Secretas do Sócrates, o Tráfico de Armas, as Redes de Tráfico de Imigrantes, e a Lista dos Barões da Droga; devia ser analfabeto, para não andar pela rua e ver pulular, como cogumelos, os milhões de tabuletas das sedes, sub-sedes e apeadeiros do Millennium-BCP; devia ser hemiplégico, para nunca poder sair do Gabinete e ter a tentação de ir por ali fora, e contar todos os carros de alta cilindrada que circulam por Lisboa; devia ser mudo, para que, quando, numa remota hipótese, lhe chegasse às mãos um rumor, um pequeníssimo rumor, de qualquer nova porcaria solenemente instalada no Estado de Coisas -- porque isto já não é um país, mas um Estado de Coisas!... -- dizia eu, não poder falar, nem comunicar a ninguém a descoberta da nova rotura de esgoto; finalmente, devia ter um tacto apuradíssimo, para evitar tocar em qualquer dos Tentáculos do "Polvo".

    Contas feitas, um Procurador-Geral da República com estas características, deveria ser uma espécie de toupeira, com um nariz táctil, a caminhar, muito lentamente, à velocidade do caracol, ou seja do obsceno par Cavaco-Sócrates e de toda a porcaria que simbolizam, e... saber sorrir, sim, sorrir, sorrir docemente, como os pedófilos -- toda a gente sabe que os pedófilos são sempre muito simpáticos, sorridentes, e ADORAM criancinhas, e, sim... ah, isto é fundamental, ter a capacidade de emitir, nos instantes em que se sentisse tão sufocado como a maioria deste país, com a Impunidade que reina, a capacidade de soltar uma coisa tão rara de ver e ouvir, como o derradeiro Raio Verde do Sol, o Canto do Cisne, ou o Guincho Ultrasónico, o seu guincho ultrasónico de Toupeira ferida de morte.
    Cronista Oficioso da 3R said...
    Revisão de um PGR de perfil, já que como diria uma luminária do futebol nacional: prognósticos só no fim:

    «Idade? Homem de idade avançada, não convém gente agitada (embora aí possa haver algum risco, ainda que minímo, a falta de horizontes para futuro pode gerar alguma imprevisibilidade, pois não é de supor que depois dos 70 anos ainda se aspire a novo «cargo», nota pessoal, mais vale arriscar).

    «Jurista? Juiz (de preferência com carreira longa e respeitada, pelo que devendo cultivar a passividade, não tendo esxperiência de direcção).

    «Alguma experiência política? De preferência muita vontade, já deter experiênca pode ser mau, pode dar saber que movido por manias de legalidade pode originar problemas.


    «Capacidade em lidar com organizações complexas e recursos humanos de especial sensibilidade, escolhendo o staff mais adequado? Nem pensar, aquele José quer mesmo causar problemas, ao menos nisso o Souto correspondeu às expectativas!

    «Capacidade em comunicar rapidamente decisões sobre assuntos mediáticos?
    Nem pensar, alguem que já tido as suas boutades e que passe a estar caladinho, especialmente quando esses da «acção penal» achem que ele deve falar.


    «Capacidade em perceber e distinguir tudo o que contenda com direitos, liberdades e garantias de quem se vê envolvido em questões judiciais? Percepção nítida da lei vigente e do espírito que a mesma contém, mesmo em contra-senso?
    Pois aí pode ser perigoso, o Souto foi chato nessa matéria (embora não tanto como outros poderiam ser). Convém que seja do cível e que do penal conheça... o Código de Processo de 1929 (que não era para incomodar os respeitáveis)

    «Capacidade em distinguir os momentos próprios para agir publicamente ou calar-se em retiro táctico?
    Ir ver as últimas entrevistas dos putativos e ver quem parece não cumprir tais requisitos.

    «Habilidade para conseguir a verdadeira independência: a que sossega a consciência dos deveres assumidos?
    ???? nem pensar, nem me atrevo a escrever o que estou a pensar

    «Chefe aqui está o perfil»

    Apontamentos de um assessor que lê blogs, encontrados num café

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