Fantasmas
segunda-feira, julho 03, 2006
Vasco Pulido Valente, em entrevista, hoje ao DN, a propósito do lançamento do seu novo livro “Um herói português- Henrique Paiva Couceiro”:
DN- Os conceitos de esquerda e direita ainda têm razão de ser?
VPV- Sim. Há um papel na promoção da igualdade social que o Estado nunca deve abandonar. Isto é um ponto de vista da esquerda. O “Estado mínimo” é um ponto de vista da direita. Não sou partidário do Estado mínimo.
Apetecia-me dizer: nem eu! Mas isso é completamente irrelevante para as irrelevâncias que alinho a seguir.
Se a distinção entre esquerda e direita se fizer desse modo, acho que a linha divisória foi recuando, recuando, de há uns anos para cá.
E então, vejamos: quem é o partido de direita, em Portugal?
Fácil de responder, seguindo esse critério: não há!
E o de esquerda?
Fácil também: o PCP de Jerónimo e Cunhal, que Deus tenha no lugar merecido.
Mas então, se não há partido no lugar da direita e o da esquerda está tomado, como se podem classificar os partidos do nosso espectro político?
Espectros?!
Ou antes, fantasmas ideológicos?
Publicado por josé 22:05:00
O mesmo se passa com os impostos. Ele também os defende pela mesma razão
Parece-me que tudo se resume a isto: corrupção e desistência.
Os corruptos não têm ideologias nenhumas, servem-se delas para se mascararem. Destroem por dentro. E uma vez que aqueles que ainda acreditam insistem em desistir, dão corda larga aos corruptos para fazerem o que querem.
É verdade que existe uma crise de valores ideológicos no ocidente, mas em Portugal o que existe é uma crise de corrupção e de gente que não tem força para travar a corrupção.
Corrupto e desistentes é o que é e o VPV devia ter era vergonha.