As triagens

Segundo notícia do Diário Digital/Lusa:

O diário mais vendido do país continuou a ser o Correio da Manhã que, apesar de uma perda de 2,6% nas vendas, foi o único a manter-se acima dos 100 mil exemplares vendidos por edição, com uma média diária de 116.071 exemplares.

Entre os dois diários considerados de referência a maior descida foi sentida pelo Público (da Sonaecom), cuja circulação paga caiu 8,9%, para uma média de 44.783 exemplares por edição.

A circulação paga do Diário de Notícias também caiu, tendo este diário também detido pela Global Notícias vendido menos 2.036 exemplares por dia, o que significou uma queda de 5,5 por cento.

O Jornal de Notícias, título detido igualmente pela empresa de Joaquim Oliveira, foi o diário que apresentou a descida menos significativa, de 0,3 por cento, ou seja, uma quebra de 327 unidades. "

O jornal Público foi o que desceu mais - 8,9%- rondando uma média de quase 45 mil exemplares por edição.

Destes números parece haver uma lição tirar, por quem nunca se regateia a dar lições aos outros em editoriais esforçados: o Público merece um director melhor. Este falhou. José Manuel Fernandes devia ler melhor o Libération...e retirar daí ilações.

Outro que deve estar a fazer contas à vida é o jornal de referência no mundo em tablóide: o 24 Horas perdeu cerca de 10 mil compradores por edição. A este, nem "os famosos, o dinheiro ou o crime" lhe valem.

Será que esta queda abrupta tem algo a ver com a "verdade, verdade, verdade", que se espelha diariamente no jornal?

Publicado por josé 14:56:00  

3 Comments:

  1. João Melo said...
    ó josé daqui a pouco ficamos sem jornais para ler!

    não é preciso fazer grandes contas para ver que os jornais não podem ser viáveis.
    receitas da treta , para custos enormes ( distribuição, marketing, jornalistas , impressão ,design , multimédia...)
    O dn se não fosse ser um depósito politico e facilmente manipulável pelos diligentes directores que lá param já à muito tinha dado o berro.é claramente uma marca sem credibilidade.é um jornal cinzentão!
    O publico vale a paciência do tio belmiro que não dura para sempre.
    Os unicos que julgo que ainda se safam são o CM e o JN.Para o universo português vendem bem (são os jornais "oficiais" dos cafés, juntamente com a bola ) e tem bastantes receitas do "relax" e do Imobiliário.
    E parece-me que o CM tem uma redacção pequena o que diminui os custos
    Se fosse por critérios económicos , o dn e o publico já "tinham ido com os cães".
    Anónimo said...
    Há um denominador comum em muitos títulos: inseridos em grandes grupos de comunicação. Grandes empresas apostam sempre em controlar os custos.
    E com opinionistas "aconselhados" perdem-se critérios jornalísticos em favor de coisas políticas...
    Ainda: não é negligenciável, mas nunca notaram que nos jornais há não só sempre menos trabalho de investigação como pouco trabalho no terreno para a simples cobertura noticiosa? Os jornais poupam nas deslocações, refeições, etc. sem ganhar na reportagem porque a maioria é feita na Redacção quando não a notícia é "comprada" a... agências de comunicação.
    Anónimo said...
    lusitânea diz, 5:42 PM, Junho 28, 2006

    Atenção que as tiragens podem sempre ser compensadas com a venda de capas... e artigos favoráveis...

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    Nas escutas telefónicas efectuadas a Paulo Pedroso, este dizia a um alto magistrado amigo, a propósito das muitas capas de revistas que Carlos Cruz andava a comprar: "o gajo precisa!..."

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