SIGs - Special Interest Groups
quinta-feira, março 02, 2006
José Manuel Fernandes assinou no último número da Atlântico um artigozinho ao qual pesem os esforços do meu amigo Paulo Pinto Mascarenhas não tem sido dado o devido destaque e atenção. A tese do ainda director do Público é simples...
O “caso da Teresa e da Lena” mostrou-nos como um grupo de interesses particular se alia de forma eficiente aos valores do jornalismo dominante para impor ao país uma agenda política que ninguém sufragou
... e tem como alvos nominais o DN e o Expresso. Ora bem, José Manuel Fernandes tem... razão, não tanto pelas premissas ou pelo exemplo que escolheu, há SIGs para todos os gosto, mas pela conclusão que retira (embora não até às últimas consequências). Cada vez mais, a 'agenda dominante' é o somatório de uma série de agendas 'tribais' ligadas a este ou aquele grupo de interesses deixando de existir todo qualquer sentido de equílibrio. Basicamente e por oposição a um discurso centrista capaz de agradar a todas opta-se por um tipo de discurso focalizado, e se possível sensacionalista q.b.. Noutras bandas chama-se a isto ceder aos lobbyes, aos 'Special Interest Groups', chama-se a isto deixar de fazer jornalismo e passar a fazer propaganda. Por cá, como se continua a não saber distinguir onde acaba a opinião e começa a notícia, a coisa vai passando. De qualquer forma o texto do José Manuel Fernandes foi uma boa tentativa, particularmente vinda de quem nem no Jornal que dirige consegue, desde há muito, evitar a tal deriva (detalhezinho que a Fernanda Câncio recorda a matar) ... como quando a propósito do infeliz morto por um bando de menores o melhor que conseguiu fazer foi escarrapachar na capa 'Como foi possível ?'...
Publicado por Manuel 19:16:00
2 Comments:
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Abraço,
PPM