Nihil Obstat
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Numa semana em que se discutiu a liberdade de expressão em artigos de jornal, viva voz, cartoons e tutti quanti, também aqui se suscitou, e agora mais que nunca, o problema magno de os magistrados poderem botar opinião em blog e exercitarem o seu direito a uma opinião livre de amarras e reservas.
É evidente que isto parte já de um sofisma: quando escrevo magistrados, refiro aqueles que fazem profissão da aplicação das leis e da administração da Justiça em nome do Povo como refere a nossa Constituição.
Ora, ali nos jornais e aqui nos blogs, não há magistratura que valha, a não ser a de influência que aliás, não terá consagração constitucional, embora a possa ter institucional.
Não se conhecem tribunais a funcionar em blogs; não se conhecem formas processuais, sumárias, ordinárias, comuns, especiais, colectivas ou de júri a funcionar com as regras acertadas por códigos, nestes media.
No entanto, há muita justiça sumária aplicada em blogs e colunas de jornal! Muito inquérito sumaríssimo, abreviado e sem contraditório é processado nestes media!
Para sustentar esta acusação que posso adiantar?
Pois, poderei dizer que sempre que se desinforma, não esclarecendo os factos noticiados com rigor, isenção e objectividade, noticiam-se factos tendenciosos, falsos, enganadores e manipuladores.
Como procurei mostrar nestes dois dias com alguns postais e comentários, ao longo dos trinta anos de democracia, sempre houve jornais e jornalistas apostados em referir casos particulares e de interesse público, às vezes duvidoso, que se vão sabendo, alguns com consistência em factos comprovados, outros nem tanto.
Os textos em que se escreve opinião, fatalmente ficam eivados de subjectivismo distorsor de realidades. Se num texto de opinião, não se puder dizer que este PGR ou o presidente da República que temos, são umas bestas, por exemplo, a liberdade de expressão tal como a queremos, ficará coarctada? É importante assegurar a impunidade para estes delitos de opinião?!
A mim, parece-me que sim.
Tal como no caso das caricaturas, a liberdade de publicidade deve ser o mais ampla possível e a responsabilidade o mais adstrita que puder, ao livre-arbítrio pessoal. Logo, o que fica a contar é a ponderação de quem diz o que diz ou escreve o que escreve. A intenção, se assim quisermos dizer. E a credibilidade e aceitação decorrentes.
Vituperar alguém que exprime uma opinião com a qual discordamos, por exemplo apodando o presidente da República de “mono” ou outro epíteto joanino, pode ser admissível como reacção adversa, mas nunca deverá consistir em actuação censória de efeitos práticos punitivos.
As regras básicas da escrita em blogs estão por definir, a meu ver, quanto aos limites do admissível. E seria bom que não aparecessem para aí regras de conduta manhosas.
Em alguns blogs mais extremados à esquerda, a tendência libertária e sem barreiras à vista, é muito maior do que noutros, mais do mainstream politicamente alinhado.
Há quem se pique por pouca coisa. Menções a putativas nomeações para cargos políticos, de natureza pública e referido a figuras públicas, são entendidas como “boatos”!!! Ora bolas!
Referências a possíveis interpretações de actuações públicas de figuras públicas e chamadas de atenção para problemas simples de “accountability”, são entendidas e repudiadas como “insinuações”! Ora bolas, outra vez!
Tomadas de posição de defesa de certas instituições atacadas livremente por outros media, sem restrições e com violência verbal inaudita, são dispensadas como corporativas! Bolas, novamente!
Assim, indo directamente ao cerne da questão:
Aqui, neste blog, não podem escrever magistrados em exercício de funções. Ponto.
Se quem aqui escreve, por acaso exercer funções como magistrado no lugar próprio, que deveres tem afinal e que direitos lhe assistem enquanto blogger?!
Pois...todos os deveres de qualquer blogger e quase todos os direitos inerentes á liberdade de expressão.
A única restrição a esses direitos é o chamado “dever de reserva” que se pode definir como a limitação da liberdade em falar ou escrever sobre processos em que o magistrado tenha intervenção directa.
Como se escreveu nas conclusões do Encontro anual do CSM em Dezembro de 2004:
“O dever de reserva do juiz, imposto pelo art. 12.º do EMJ, representa a tradução em letra de lei da norma de conduta que deve pautar toda a actuação do juiz; constitui pois, antes de mais, uma norma ética e deontoló-gica.
8. O dever de reserva visa garantir a imparcialidade - ou a aparência de imparcialidade - e a independência de cada juiz, não tendo, pois, em vista nem está correlacionado com o cumprimento do segredo de justiça
9. O dever de reserva, na medida em que preserva a intervenção do juiz, promove a realização da função simbólica da Justiça
10. O dever de reserva não pode ter uma amplitude tal que coarcte a liberdade de expressão ou o direito à participação cívica de cada juiz.
11. O dever de reserva - mais exactamente, a forma aberta como se encontra legalmente consagrado - tem consentido uma excessiva e imprópria abertura mediática da justiça.
12. A ausência de canais organizados de comunicação - Gabinetes de Imprensa - nos Tribunais tem arrastado as estruturas sindicais dos Magis-trados para o cumprimento de tarefas informativas, para as quais não estão vocacionadas.
13. A mediatização da justiça implica e impõe a introdução da "media training" na formação dos magistrados.
14. Magistrados e Jornalistas - cumprindo cada um a sua obrigação profissional - têm um papel decisivo de apaziguamento das tensões sociais.
15. Os jornalistas, sem se autolimitarem, têm de saber dar o tempo da justiça à justiça.”
A este propósito, já Pinto Nogueira, PGA , em entrevista ao JN de 16.6.2004 dizia:
“Com o dr. Cunha Rodrigues, enquanto procurador-geral da República, o MP conseguiu um estatuto de alta relevância na defesa da legalidade democrática, aí incluídos direitos tão fundamentais como a liberdade de expressão, de opinião e de crítica. Essa tradição, que faz já parte do legado MP, tem vindo a ser seguida pelo actual procurador-geral da República. Como seria pensável que o MP fosse, nos termos constitucionias, o defensor da legalidade democrática quando se trata dos outros e não praticasse a mesma doutrina "intra muros", com os seus magistrados?”
Por seu lado, Cunha Rodrigues, nas comemorações dos 25 anos do Estatuto do MP, dizia:
“ Não há justiça para todos e a justiça que existe está, cada vez mais, em conflito com o sentimento comum. Ou porque a complexidade da vida social ultrapassa os instrumentos de conhecimento e de análise de que dispõem os tribunais ou porque o sentimento comum absorve os prime time das televisões na exacta medida em que desconhece e não compreende o discurso judicial.
E, não obstante, a sociedade de comunicação enche-se de formadores de opinião, normalmente (vou utilizar o vocabulário profissional) de competência genérica, que julgam tudo e todos, em tempo real e sem apelo nem agravo.
Neste "admirável" mercado de ideias, a preocupação de encontrar culpados é, algumas vezes, mera consequência de não se saber identificar os problemas. Os tribunais actuam segundo uma racionalidade que se alicerça em saberes técnicos aparentemente inacessíveis aos que, segundo a agenda ou a conveniência do dia, procuram a justiça entre o oráculo e a máquina da verdade.
A crítica é, todavia, indispensável e a liberdade de expressão uma exigência do Estado democrático.
Não nos podemos entregar à susceptibilidade nem a um isolamento que conduz facilmente à errada percepção de que constituímos uma reserva moral.”
Que não haja nem subsista qualquer dúvida:
Um magistrado, seja ele juiz ou do MP, tem o direito inalienável a exprimir livremente a sua opinião onde e quando entender, com os limites decorrentes daquele dever de reserva, assinalado acima e com especial relevância no caso dos juízes, devido ao seu particular estatuto de independência, isenção e imparcialidade.
Se mais fosse necessário acrescentar, poderíamos referir a Declaração Universal dos Direitos do Homem:
Liberdade de expressão e de associação
8. Em conformidade com a Declaração Universal dos Direitos do Homem, os magistrados gozam, como os outros cidadãos, das liberdades de expressão, de crença, de associação e de reunião; contudo no exercício destes direitos, eles devem comportar-se sempre de forma a preservar a dignidade do seu cargo e a imparcialidade e a independência da magistratura
OU mesmo o nº2 do Estatuto Universal do Juiz, que estatui...
A independência do Juiz deve estar garantida por uma lei específica, que lhe assegure uma independência real e efectiva relativamente aos demais poderes do Estado. O Juiz, como depositário da autoridade judicial, deverá poder exercer as suas funções com total independência relativamente a todas as forças sociais, económicas e políticas, e independentemente dos demais juízes e da administração da justiça
Por outro lado, esse independência reforça-se com direitos especificamente atribuídos a quem não vive em conventos e se recolha a votos de clausura cívica.
Assim, o Medel, associação de magistrados europeus, define expressamente essas liberdades...
Os magistrados gozam, como os outros cidadãos, das liberdades de expressão, de crença, de associação, de filiação em partidos políticos e de reunião. Têm, também, direito à greve; porém o exercício deste direito não pode pôr em causa os direitos fundamentais de arguidos e réus.
Os magistrados têm o direito de constituir e de se filiar em associações e sindicatos de magistrados ou outras associações, nomeadamente para defender os direitos fundamentais, o serviço da justiça e os seus próprios interesses, para promover a sua formação.
Porém, mesmo assim, atendendo àquela ideia primária e primordial de independência, desde há muito que se tornou consensual entre legisladores, políticos e pensadores diversos que os juízes não podem nem devem confraternizar alegremente em convivências políticas, frequentando círculos eleitorais ou tugúrios de conspiração, e muito menos apoiarem listas e concorrentes de partidos com a política em pano de fundo, em campanhas alegres ou reuniões de confraternização, mesmo em noite de vitórias.
Isto que agora transcrevi, já foi escrito por mim, nesta Loja.
Agora, se isso assim acontece com os magistrados que assumem o exercício da profissão com uma bandeira e uma farda ( fardo?) que dizer daqueles que entendem reservar o direiro de nomear publicamente o que fazem profissionalmente, sendo certo que nunca poderiam exercitar o cargo em lugares como estes, nos blogs?!
Parece-me apodíctica, a conclusão de que... nihil obstat.
Publicado por josé 00:57:00
Provavelmente V. e os seus escritos serão daqueles que os pachecos e tavares deste meio pequenino e dançarino, execram particularmente.
Pelo meu lado, é também desses escritos que aprecio. Pelo lado iconclasta, inconformado, lateral a qualquer sistema e libertário no seu todo.
Provavelmente, o que esses sicofantas controleiros pretendem, é abafar toda a divergência de um certo discurso oficioso que perpassa nos media tradicionais.
Para mim, isso é uma reminiscência de uma boa fé antiga: a de que o homem é um ser de bondades originárias e propenso a organizar-se em colectividades produtivas. A melhor definição desse sistema, já foi dada por outros: a cada um segundo as suas necessidades e de cada um segundo as suas capacidades.
Esse aforismo inscrito no subconsciente remoto, condiciona muitas atitudes publicadas.
Uma delas, é a tendência para podar dissenções ao discurso do establishment, mesmo o já radicalizado e aceite como tal, como é o caso daquele produzido pelos vários blocos, à esquerda e direita.
Assim, a qualquer leve sinal de fumo vindo dos lugares de vigia, a tribo reaje em bloco também.
Esta tribo, se houvesse sociólogos dignos desse nome e interessados em mostrar quem somos e o que fazemos como povo, já teria sido identificada e catalogada como os arapahos o estão, respeitando-lhe os direitos mas mostrando-lhes a visibilidade que tentam ocultar, em nome de interesses da vidinha.
Assim, só mesmo no exercício iconoclasta se podem mostrar esses comportamentos lesivos da liberdade de expressão e da ampliação do leque de escolhas políticas que deveria estar sempre assegurado.
É por isso que de há longos anos a esta parte vivemos em circularidades políticas, enquadradas em mesas redondas onde peroram sempre os mesmos e as receitas não mudam.
Resultado:
Somos os mais atrasdos da Europa; os mais pobres; os mais indigentes culturalmente e para isso basta ler os jornais e revistas que temos e ouvir e ler os comentaristas oficiosos, nos quais se incluem com toda a naturalidade os pachecos e tavares, mesmo os ruis.
Somos um país em que a sofisticação pára num discurso tipo brederode.
E não continuo, porque daqui a bocado estão aí à porta desta janela, os censores habituais.
Aproveitem para desopilar o que quiserem, pois é grátis.
Quanto a respostas a provocações, esta foi a última.
E claro para maior coer~encia do discurso, ele é paladino das liberdades e quem o critica é "censor". O homem get a life!
Vem josé apresentar, pena enésima vez, a sua defesa. Agora num tom mais contido e civilizado, quase doce,invocando doutrina,legislação, conclusões de encontros e até mesmo, pasme-se: a Declaração Universal dos Direitos do Homem!
Li com atenção, e não encontrei, explicita ou implicita, em nenhuma das fontes invocadas e abundantemente transcritas, a regra segundo a qual um magistrado pode (ou deve) exercer os seus direitos, de cidadania ou outros, sob ANONIMATO.
Para além de ser duvidoso que neste blogue exerça algum desses invocados direitos, gostava de referir o seguinte:
Não encontrei em lado nenhum alguma regra que lhe permita fazer anonimamente menções a putativas nomeações de pessoas para cargos públicos com a declarada intenção de evitar essas nomeações, como também não encontrei nenhuma regra que lhe permita fazer anonimamente interpretações de actuações de figuras públicas e chamadas de atenção para problemas de simples accountability.
Finalmente, não encontrei nenhuma regra que permita a um magistrado sugerir anonimamente que tem conhecimento de factos eventualmente criminosos.
Lamento muito que o seu conceito de ética inclua tais actuações.
Lamento ainda mais ainda por se tratar de um magistrado.
E, como alguém já disse nestas caixas de comentário, o josé também sabe que é um comportamento eticamente reprovável. Mais ainda por ser magistrado.
Por isso, se preocupa tanto em se justificar e tem vindo a suavizar o seu discurso e o do blogue (salvo quando aparece a tresloucada zazie..)agora, com invocação de textos e leis aparentemente em sua defesa, mas que, muito pelo contrário, o condenam ainda mais.
Rosalia
Anonimo como o José
"Assim, a qualquer leve sinal de fumo vindo dos lugares de vigia, a tribo reaje em bloco também.
Esta tribo, se houvesse sociólogos dignos desse nome e interessados em mostrar quem somos e o que fazemos como povo, já teria sido identificada e catalogada como os arapahos o estão, respeitando-lhe os direitos mas mostrando-lhes a visibilidade que tentam ocultar, em nome de interesses da vidinha."
INTERESSES DA VIDINHA?
FORA O JOSÉ, TUDO É INTERESSEIRO
"Assim, só mesmo no exercício iconoclasta se podem mostrar esses comportamentos lesivos da liberdade de expressão e da ampliação do leque de escolhas políticas que deveria estar sempre assegurado."
AMPLIAÇÃO DO LEQUE DAS ESCOLHAS POLITICAS
PERCEBE-SE MUITO BEM ESTE DISCURSO POLITICO DISFARÇADO
"É por isso que de há longos anos a esta parte vivemos em circularidades políticas, enquadradas em mesas redondas onde peroram sempre os mesmos e as receitas não mudam."
PARA LHE TIRAR A RAIVA DE NÃO LHE LIGAREM NENHUMA, QUE É O QUE O FAZ DOENTE
Um colega que o conhece bem.
Não tenho muitas dúvidas de que a actuação do josé neste blogue é passivel de punição, pelo menos a nivel hierárquico, e de que essa é a verdadeira razão que o leva a esconder o nome.
Anonimo como o José
Se é colega que me conhece bem- o que permito duvidar- é um cobarde, porque sabe quem sou e por isso não sou anónimo para si!
Apareça pessoalmente a dizer-me isso na cara...
E quanto ao que escrevo, e às acusações estúpidas que faz, aponte-me um único caso em que violei qualquer dever que qualquer pessoa que aqui escreve devesse respeitar.
A prova está no facto de mencionar o CSM e de não perceber sequer que quando mencionei processos em curso, refiro apenas aqueles onde os próprios magistrados intervém.
A prova está ainda nos vários blogs com magistrados que assinam nome próprio- SImas Santos( Cum grano salis), Henrique Gaspar ( sine die) Joel Timóteo ( Verbo Jurídico) Francisco Bruto da Costa ( Informártica e Direito) etc etc.
Nenhum deles ao que eu saiba violou qualquer dever de reserva. Nenhum deles se coibe de comentar e criticar abertamente a PGR, de falar sobre processos em curso ( Casa Pia) directa ou indirectamente, algumas vezes de modo mais directo do que aqui, em rrelação a assuntos de interesse e relevância pública.
V. ao insistir em vilipendiar e caluniar, nem sabe o que diz.
O desafio já o lancei.
O meu emai é jmvc@sapo.pt
Se o não fizer, além de cobarde é um caluniador.
Não devia dar o seu e-mail ao lixo todo que por aí aparece. Ainda por cima com tendência a psicopata.
Decididamente, não conseguimos comunicar.
Lamento que não tenha entendido uma linha do essencial que escrevi.
O problema deve ser meu...
Alguém que recusa identificar-se e chama cobarde a outro por não se identificar só pode ter um problema. E grande.
Rosalia
:-)
"It's raining anonymous!..."
P.S. - Obrigado, José, pela palmada nas costas: parabolicamente, lá vamos falando do que há para falar.
Um dia se falará... a sério.
Não são não, eu conheço-os muito bem dos debates na blogoesfera. Nem me interessa saber os apelidos, desde que saiba que são eles com quem estou a falar. Você é que é qualquer um que anda por aí aos caídos.
Calculo que foi com alguma mágoa que abandonaram as penas de papagaios nonós, zezespovinhos e quejandos nicks.
Apareçam sempre que queiram para desopilar essa bilis inflamada de boa fé. Isto aqui, é grátis. Insultos à medida, pessoais, são também de borla.
E por isso não terão troco.
Associando-nos a uma corrente de protesto, iniciada, no Kombate, "The Braganzzzzza Mothers" irá enviar um pedido aos seus blogues mais lidos, para que se associem ao movimento: o processo é simples: envie, por sua vez, o convite aos seus amigos, e eles que mandem, cada um com o seu sotaque próprio, o Pacheco levar na ventoinha.
Afinal o que é que defendem? defendem que se escreva as maiores idioteiras nas primeiras páginas dos jornais, de forma tendenciosa e sem o menor conhecimento do ramo versado?
Dá ideia que sim. Preferem o lixo! preferem o boato jornalístico; preferem a propaganda e o fumo partidário para enganar o povão. Preferem as campanhas manipuladoras e todo o tipo de "ciganice" da cena política.
E gostam de ver na tv os idiotas de sempre.Os idiotas que entendem porque sabem tanto do que falam como eles que os escutam.
É o velho provincianismo tuga que sempre se encostou à mediocridade e que vê logo inveja quando é lançada pedrada no charco.
Não sei, como diz o José, era assunto para sociólogo estudar. Até porque admitindo que estas rosalias, helenas, lagartas xuxialistas e anonymous zezepovinhos, não são tarefeiros a quem se incube o serviço, é caso para perguntar: julgam que à custa disto as seitas do poder lhes vão dar boleia?
Desenganem-se! as seitas do poder sempre precisaram de lacaios e os lacaios querem-se bem estúpidos e no seu lugar.
Como preferem aquele tipo de postes terroristas que se limitam a colocar um encapuçado e com isso prescindem de justificar o que quer que seja.
Agora trabalho intelectualmente correcto como este, está quieto. Para isso não há saber. O vedetismo também não precisa dele.
Desde quando um amontoado de letras num endereço de e-mail é um elemento de identificação?
Alguém pode ter acesso ao nome, endereço, telefone, etc, que correspondem àquele e-mail?
Haverá, eventualmente, quem possa deduzir a sua identidade, mas para a generalidade dos visitantes deste blogue, o José é mais um anónimo.
No dia em que o José assinar os posts com o seu verdadeiro e completamente identificável nome ganhará o direito a exigir a identificação dos anónimos. Até lá não pode ser levado a sério.
Outro Anónimo
Explica! quando assina com o seu verdadeiro nome. O verdadeiro nome deve ter nome próprio e apelidos materno e paterno. Ok.
E como é que sabes que os nomes com apelidos materno e paterno são verdadeiros?!?
explica lá. Dá-me áí uns exemplos de comentadores e bloggers com nome inteiro que sabes que são assim mesmo e tens provas disso.
E de caminho explica-me como é que chegaste às provas que esses nomes correspondem à pessoa. Ok?
depois tenta este exercício se não for demais para a tua cabecinha.
Se conseguires chegar à prova que esses nomes com apelidos viáveis correspondem na realidade à pessoa, se fossem nicks qual era a diferença?
tenta se conseguires e depois volta-me a falar em anonimato em bloggers registados.
Depois conta-me como os conheces pelo nome. Tá bem?
esta passagem é linda! falta é explicar como identificavas e sabias que era assim.
E o mesmo se depreende de ti.
Podes assinar para aí como Zé dos Anzóis ou Anacleto da Porcalhota que vai dar ao mesmo.
Não me ia dar ao trabalho de examinar todos os anzóis ou habitantes da Porcalhota
o único critério é o da boa fé e o do conhecimento à tabela. E esse existe no caso do José e dos membros da GL
Existe e pode ser atestado até pelos seus detractores. Essa é que é a verdade mais caricata.
São os que os conhecem que lançam o boato que eles são anónimos!
Com amigos assim, josé, não precisa de inimigos.
Estes "inteligentes" fulgurantes são os que costumam lidar com os rabejadores. Às vezes aparecem como corneteiros.
Nunca pegam o touro da discussão, pelos cornos sólidos dos argumentos...
Refiro-me às touradas, claro, ...e só o refiro porque sei que as detesta, presumindo que aí inclua também os ditos cujos.
Olhe que está enganado...não fui eu quem lhos pus...
neste blog é só elegãncias
ao que isto deu, o desespero de não poder continuar a fazer as coisas com a mesma impunidade, não é josé e zazie? dois brilhantes "agentes da justiça"
imaginem o que é esta gente com poder para fazer escutas telefónicas!
Olhe que está enganado...não fui eu quem lhos pus... "
Hahahaha!
os mongos também se encornam?
":O))))
Katia – Querida Lola, que pensa de Pacheco Pereira?...
Lola – Filha, no meu trabalho, nós pensamos pouco: eles, ou vêm cá, ou não vêm…
Katia – Quer dizer que Pacheco Pereira nunca cá veio?...
Lola – (pausa) … querida, acha que um homem tão trabalhador, que passa tanto tempo nas televisões, a fazer o papel da virgem indignada, teria tempo para vir dar uma canzanada numa pobre travesti de esquina, como eu?...
Katia – Não seria o primeiro…
Lola – É verdade, coração, nem o último… Mas, olhe, vou ser sincera: eu ADORO Pacheco Pereira. São os dois melhores números de transformismo da Televisão Portuguesa: ele, e a Monchica, quando fazia de “Pilita”. Quando venho para o trabalho, para a minha… sei lá… para a minha quadratura do círculo, que é dar-lhes simultaneamente aquilo de que eles tanto precisam, um mangalhão, mas disfarçado por um bom par de mamas, trago sempre comigo uma t.v. portátil, que, aliás, ponho logo aqui, em cima deste “capot” de carro (aponta para um Volvo cinzento), para o ver, enquanto ele fala na T.V…
Katia – E consegue ouvir alguma coisa?...
Lola – Querida, para dizer a verdade… não, mas só o erotismo de ele pôr aquelas sobrancelhas ao alto, aquele piedoso juntar de mãos, aquele permanente agitar de bumbum na poltrona… dão-me uma tusa… (Lola cora)… Não está a gravar o que eu estou a dizer, pois não?...
Katia – Claro que não, querida.
Lola – … e sabe como eu conheço tão bem a natureza masculina… Vij’e Maria, quando vejo um homem de barba, fico sempre a desejar ter uma vagina, para que ele me… sei lá… para que ele mordesse os bicos e me cuniliguassse a noite toda. E, então, se a barba tiver uns pelitos brancos, ainda mais húmida me põe: à noite, quando me sento no bidé, para as abluções vespertinas e agarro num pelito alvo, fico sempre com a sensação de que tive a boca do Pai Natal entre as pernas… Ai, filha, não custa nada sonhar!…
Katia – Pacheco Pereira está então, para si, muito perto da perfeição.
Lola – (pausa) … olhe, amorosa, se eu lhe tivesse de dar um conselho de imagem, era mesmo só um: lembra-se de como ele põe os olhos em bico e olha para um lado, enquanto junta as mãozinhas e as estende para o outro?...
Katia – Sim… isso é típico da teatrada dele…
Lola – Vou-lhe confessar uma coisa… mesmo de mulher para mulher… sabe, eu, aqui, no Conde Redondo, já abri muitas braguilhas, e…
Katia – E?...
Lola – É assim: quando ele abre aquela boca erotiquíssima e a vira para a direita, apontando as mãos para a esquerda, eu sei que a tomatada, ao mesmo tempo, também se move em sentido inverso, está a ver, tipo uma onda sísmica vertical?... Eu acho que um homem na idade dele não se deve prestar a esses esforços: imagine que um dia se emociona mais e lhe vão as mãos para um lado e os tomates para o outro!... Isso, em directo, na TV, seria… um horror…
Dsicutir assuntos de Justiça é demasiado complexo para que se possam resumir em meia dúzia de comentários.
Assim, poderíamos resumir as ideias gerais, apenas.
V. elenca duas ou três: "eficiência, custos, não competência evidente".
E concordo plenamente consigo!
Mas o meu papel aqui neste blog não é o de observador geral dos problemas da justiça.
Tem sido mais o de crítico dos críticos que quanto a mim, não têm diagnosticado bem os problemas.
A questão básica do funcionamente do sistema não tem a ver com a actuação deste PGR, ao contrário do que alguns entendem.
Nem a questão da independência dos juízes e autonomia do MP é uma questão simples de resolver.
Tenho lido muito pouco sobre este assunto, para além daqueles que não questionam o sistema tal como está.
Entre os que o questionam e procuram agora legislar para lhe introduzir correcções que se me afiguram remendos em roupa velha, não vejo teorias consistentes e principalmente aceitáveis para a polulação em geral.
Restringir o âmbito de escutas telefónicas à arraia miuda , subtraindo essa possibilidade quanto aos poderosos, redunda no contrário daquilo que o 24 Horas defende: protecção dos mais fracos contra os "poderosos"
Estúpido de todo se a afirmação for sincera e hipócrita até atingir as raias da esquizofrenia se o não for...
(rica lembrança)
Será que (ele) já sabe quem andava a brincar aos microfones???
E... chegou a alguma conclusão, ou "estas-coisas-levam-o-seu-tempo"???
www.broncasdocamilo.blogspot.com