Os perdidos

Esta eleição presidencial registou um verdadeiro exército de derrotados. À semelhança do que aconteceu no final do ano, elenco, à medida que me for lembrando, as coisas, os gestos e as pessoas em causa.

  • o discurso de derrota de Jerónimo de Sousa que veio "branquear" a imagem simpática que tinha deixado na campanha ou o regresso do estalinista de Pires Coxe;
  • o discurso de derrota de Louçã, que é candidato a tudo e mais alguma coisa que lhe dê tempo de antena evangélico, prometendo mais "luta";
  • o discurso de derrota de Alegre, interrompido a frio por Sócrates, onde insistiu no seu equívoco vazio que deve ter deixado as "esquerdas" à beira de um ataque de nervos;
  • os cortesãos de Mário Soares, mais do que o próprio;
  • a chorona Helena Roseta que falou na SIC directamente para a estratosfera;
  • as reportagens de Anabela Neves na SIC contra Cavaco;
  • o Padre Melícias que nunca escamoteou o seu odiozinho pouco católico a Cavaco;´
  • a Joana Amaral Dias que é duplamente derrotada, dentro e fora do BE;
  • o Diário de Notícias;
  • a sobranceria das esquerdas acerca de tudo e de todos, particularmente em matéria de subtileza "cultural";
  • Santana Lopes, na sua segunda volta como derrotado;
  • os meus amigos que sobrepuseram a sua "lucidez" política à amizade;
  • o "aparelho" do PS, nas pessoas de Jorge Coelho, Lello, Edite Estrela e outros e de alguns membros do governo que decidiram ir brincar às presidenciais;
  • alguns blogues cujos "discursos" e respectivas ilustrações, muitos já realizados depois dos resultados, mostram pouco discernimento democrático;
    (talvez continue)

Publicado por João Gonçalves 00:52:00  

2 Comments:

  1. Isabel Magalhães said...
    É importante que continue...
    Muito ficou ainda por dizer e eu fico à espera.
    DJ ORAÇÃO said...
    A Louçã e a todos os lutadores resta continuar a bater na tecla de sempre: igualdade de obrigações sociais. Se alguém é contra que faça campanha por isso, logo se vê a acção do feedback negativo!!!
    Porque é que o Zé tem de pagar os seus impostozinhos e os calões que ganham e muito com o ensejo de melhor "vida" de todos os Portugueses, quando se deslocam ao banco para efectuar empréstimos.
    Porque é que o sector mais conservador dos empresários tem de continuar a ser beneficiado, e porque é que esses precisam do estado para fazerem códigos laborais, enquanto os outros empresários de PME's têm de ir pelo sector do conhecimento aplicado, imitando a "roda", que está presente em países desenvolvidos, nos EUA, UK, onde pessoas como o Prof. Gordon Moore (CEO da INTEL, mas fundador da FAIRCHILD) pediram Venture Capital para se lançarem no Hands ON.

    ETC e tal. Quando neste país houver capitalistas suficientes, para "derreter" o empresariado conservador, nem precisamos de partidos de esquerda ou de direita. Mas entretanto surgirão outros problemas...

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