o mal e a cura
quarta-feira, janeiro 25, 2006
Há uma maneira muito simples de se estancar já com a história do fax. Demonstrar que este é objectivamente falso e que, muito menos, não foi mandado da PCM. Há registos, não há ? Fausto Correia, o alegado destinatário, e o alegado remetente, um zombie da PCM, certamente que autorizarão o acesso aos registos telefónicos a uma comissão imparcial ... Não ?
Publicado por Manuel 17:32:00
8 Comments:
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Surpreendido pelo conteúdo desta missiva, Fausto Correia observa imediatamente uma contradição no texto: «Então pedem sigilo e mandam um fax?». As questões do eurodeputado não param: «E já agora, como é que se perde? Como é que se faz de propósito para perder? Isso não faz sentido nenhum. É uma falsificação, uma loucura».
Fausto Correia não tem dúvidas que esta «falsificação» parte do «aproveitamento da situação interna que o PS está a passar, e é feita com grande maldade». E é «alguém que quer tramar o primeiro-ministro, o que é uma perfeita loucura».
O eurodeputado garantiu ainda que se bateu «até ao último momento» na campanha do candidato apoiado pelo PS e, para que «não haja dúvidas», frisa o eurodeputado, Soares «era o candidato do secretário-geral» e José Sócrates «fez uma campanha cuidadosa e séria».
O fax vem assinado por Carlos Guerra, nome que não consta dos serviços da Presidência do Conselho de Ministros"
Isto que vem na notícia do Portugal Diário é importante noticiar para reduzir a "notícia" ao seu valor real.
Porém, no 24Horas, na notícia sobre as disquetes que pôs em alvoroço o país, na semana passada, a substância básica era falsa e isso não coibiu o PR de avançar com audições e avisos.
A falsidade da notícia do 24 Horas, patenteou-se depois. Ainda assim insistiram em clamar que era veradeira, baseados em meias verdades e passando por cima das mentiras avulsas que foram espalhando e de que aqui dei conta.
Enfim. Este fax é uma maldade, provavelmente.
Mas deveria servir de aviso.Mesmo sendo apócrifo.
Isto será uma palhaçada. O caso do 24 Horas é muito mais grave...
Nesse ponto, ganhou.
Sem piedade, li tergiversações depois do desmentido. Ocultações e manipulações.
Julgo ter ficado claro para quem leu e acompanhou.
E também não apontei conspiração contra o PGR. Era tão evidente que desapareceu depois da ida à AR.
1.Escrevi exactamente o que acabou de escrever.
a)que nas disquetes, para além do que terá sido pedido, havia mais informação não pedida e por isso, susceptível de não ser vista e muito menos analisada.
b)Referi a conveniência de um Inquérito para se apurar finalmente como todos os factos do
processo foram investigados.
Vejo agora que o Sindicato do MP vai fazer isso mesmo, proximamente, referindo-se á investigação criminal de modo geral e abstracto e que por isso mesmo pode aplicar-se ao caso concreto.
2. Denunciei a manobra do 24Horas como manipulação e falseamento da verdade aparente e que até agora ainda não foi desmentida com autoridade.
Aliás, do que ouvi ao PGR Souto Moura, na AR, destaco duas ou três coisas funcamentais e que passaram à margem:
1. O PGR não avocou esse processo. Logo, não é responsável directo por tudo o que lá está. Os Magistrados do MP são responsáveis pelo que fazem e apesar de hierarquicamente subordinados, são-no nos termos da lei. E só. Isto não ouvi ao PGR dizer, mas se o dissesse temo bem que entraria no ouvido da maioria dos inquiridores , com particular destaque para a mais agressiva Drago, e sairia logo pelo outro.
2. A PGR não se confunde com o PGR e muito menos com o MP. Essa noção básica do conhecimento institucional, é generalizadamente ignorada.
3. A "procuradoria" não tem processos de Inquérito a correr termos aí. Logo, as fugas ao segredo de justiça nunca poderiam sair de lá, como aventou o comentador Marcelo.
Assim, aquilo de que me imputa, não percebo. Não haverá engano?
SOuto Moura, foi ao Parlamento, oito dias depois da ocorrência. E pediu entretanto elementos sobre o assunto que explicou na medida do possível.
Desafio-o a apontar alguma coisa que eu tenha escrito que não tenha sido clara e que fosse diferente daquilo que o PGR disse na AR- e que escrevi, oito dias antes!